A medicina veterinária vem evoluindo e a cada diz dispõe de mais recursos que auxiliam os animais a manterem uma boa saúde, ou mesmo a se recuperarem caso haja algum problema de saúde ou mesmo um acidente, contudo, nem todo mundo pode pagar tratamentos mais modernos e caros, como é o caso do tratamento de células-tronco.
A fisioterapia, mesmo que demande algum tempo e exija certa dedicação para ser realizada é capaz de trazer grandes efeitos na recuperação de uma série de problemas de saúde, acidentes ou mesmo para ajudar a amenizar os efeitos da idade.
De acordo com a lesão ou problema de saúde que esteja afetando o animal de estimação, o médico veterinário indicará a melhor técnica para o tratamento do cachorro ou do gato, a fisioterapia realizada em animais tem o mesmo objetivo dos seres humos, em que visa recuperar o condicionamento físico e reabilitação do paciente. A única diferença entre os tratamentos é que, no caso dos pets, tudo é adaptado para seguir as necessidades corporais desses animais.
Modos de fisioterapia
Embora seja comprovadamente útil e eficaz para todas as espécies, cada uma tem um perfil único e se adequa melhor para determinados tipos de tratamento. A médica veterinária Priscila Brabec explica que os cães costumam ter mais paciência e facilidade nas sessões de fisioterapia devido à característica da espécie, o tipo de fisioterapia aplicado dependerá da necessidade do animal.
Para os gatos são adaptados de acordo com as características do comportamento e também com as características únicas de cada animal. Alguns gatos aceitam com mais, outros podem ficar mais estressados em um ambiente diferente, portanto a análise do comportamento será importante para o bom andamento da sessão.
(continue a leitura logo abaixo)
Leia Também
“Cada caso é um caso, que será analisado pelo médico veterinário e as sessões, serão direcionadas de acordo com o objetivo pretendido”, diz.
Algumas técnicas são: hidroterapia, uso de frio, uso de calor, eletroterapia, acupuntura , laserterapia, sempre claro, de acordo com o objetivo e condição do animal.
- Cinesioterapia (exercícios): essa técnica consiste em uma série de exercícios terapêuticos e alongamentos para a reabilitação. Podem ser usados pistas, cones, pranchas e bolas que ajudam nos movimentos.
- Hidroterapia: tratamento por meio de modalidades aquáticas, traz vários efeitos benéficos para a saúde, especialmente em casos de animais idosos ou mais pesados, já que a água oferece menos impacto.
- Magnetoterapia (a preferida entre os felinos): utiliza campos magnéticos que pulsam no tratamento de dores crônicas e também dores agudas.
- Laserterapia: conta com um efeito analgésico e anti-inflamatório, podendo até mesmo substituir o uso de medicamentos para dor, ou auxiliar no efeito dos mesmos.
- Eletroterapia: usa correntes elétricas no tratamento de dores, aliviando os efeitos e ajudando a fortalecer os músculos e recuperação de massa muscular.
- Radiofrequência: ajuda na dilatação dos vasos e no aumento da circulação sanguínea, há também estímulo do aporte de nutrientes e oxigênio, acelerando a eliminação do catabolismo.
- Uso de frio e calor: são utilizadas para auxiliar no tratamento de lesões e no alívio de inflamações como dor e inchaço. Geralmente são utilizadas bolsas de gelo ou de água quente.
Quando é indicado
Conforme explica a médica veterinária, a fisioterapia veterinária pode ser indicada em casos de redução de mobilidade do animal devido a problemas articulares, lesões ortopédicas, na recuperação de cirurgias, para o tratamento de obesidade, alterações neurológicas e também para prevenção em animais com predisposições a doenças como displasia e melhora do condicionamento físico.
- É indicado para problemas como
- Recuperação das sequelas da cinomose;
- Contraturas, distensões e outras lesões musculares;
- Fraqueza e atrofia muscular secundária a outras patologias;
- Tendinites e Osteoartroses;
- Para hernia de disco;
- Para ruptura de ligamentos
Priscila diz que o uso de suplementação alimentar pode ajudar no processo, desde que seja recomendado pelo médico veterinário. “Suplementos específicos para contribuir com as articulações e musculatura, por exemplo podem ser aliados dos pets durante e mesmo após a fisioterapia”.
É importante lembrar que apenas profissionais capacitados podem exercer a fisioterapia, mesmo que a técnica utilizada em seres humanos e animais sejam quase as mesmas, é necessário conhecer a anatomia do paciente para que seja realizado o tratamento adequado. Por isso, mesmo que o tutor deseje que o animal reaja ao tratamento de forma mais rápida, não deve fazer nada além do que for recomendado pelo profissional.
“O tutor tem uma importância muito grande na observação e adaptação (se necessária) do ambiente que o pet vive para auxiliar no processo”, completa.