Com a evolução dos cuidados com os animais de estimação, a expectativa de vida geral de cães e gatos aumentou consideravelmente e alguns fatores passaram a ser mais bem estudados e reconhecidos durante os últimos anos.
Com os pets vivendo mais e ficando mais velhos, a saúde física tende a ficar mais frágil, mas não é só isso, a saúde cognitiva também requer maiores cuidados e tudo isso pode começar a partir de uma boa alimentação.
“É muito comum a gente observar comportamentos diferentes nos pets mais velhinhos e atribuir à idade, e é isso mesmo”, diz Pamela Meneghesso, médica-veterinária da Avert Saúde Animal.
Pamela explica que, com o passar do tempo, o cérebro também sofre algumas alterações em sua estrutura e em seu funcionamento, que na maioria das vezes são progressivas e irreversíveis. Esse processo é chamado de “disfunção cognitiva”.
O que é a disfunção cognitiva?
Essa disfunção se trata de uma síndrome comportamental, onde o animal passa a apresentar déficit de aprendizado, piora sua percepção de espaço, alteração no padrão de sono/vigília, perda de memória e dificuldade de interagir com outros animais e pessoas.
Alguns animais que apresentam disfunção cognitiva também passam a fazer as necessidades fisiológicas em locais impróprios e a vocalizar (chorar, latir, miar) mais.
A doença acontece devido a diversos fatores como estresse oxidativo, aumento de depósito da substância Beta-amilóide no cérebro (relacionado a doenças como o Alzheimer ), redução na produção de neurotransmissores, entre outros.
O diagnóstico para o quadro de disfunção cognitiva pode demandar diversos exames para descartar outras patologias, e a utilização de um questionário avaliativo, que ajuda na detecção precoce e no acompanhamento das mudanças comportamentais ao longo do tempo.
“A disfunção cognitiva não tem cura, mas os sinais clínicos podem ser reduzidos com o tratamento apropriado, que inclui medicação, enriquecimento ambiental e uma dieta rica em nutrientes com função neuroprotetora e antioxidante”, elucida a veterinária.
Pamela continua: “Vale lembrar que a nutrição tem um peso importantíssimo em todas as fases da vida do pet, e que também pode auxiliar na prevenção de doenças que tendem a aparecer quando estes animais estão mais velhos, como diabetes e hipercolesterolemia ”.
Ela destaca que fornecer os nutrientes adequados é cuidar da saúde do pet como um todo, começando de dentro para fora.
Uma nutrição adequada para os animais de estimação é formulada com nutrientes essenciais que são capazes de retardar a progressão de doenças degenerativas ou mesmo impedir o seu início, proporcionando uma melhor qualidade de vida aos pets e, quando possível, aumentando a expectativa de vida.
“O fornecimento de ácidos graxos essenciais na dieta, como o Ômega-3 , tem ação anti-inflamatória no organismo, auxilia na absorção de outros nutrientes importantes para o desenvolvimento e fortalecimento dos órgãos e tecidos, e é uma fonte de DHA, que melhora o desenvolvimento do cérebro e protege a função neurológica”, explica Pamela.
Além de uma dieta rica em Ômega-3, os pets sêniores se beneficiam com o aporte de Vitaminas C e E, que agem como potentes antioxidantes, e Vitaminas do complexo B, que restauram e fortalecem a síntese de importantes neurotransmissores. Frutas e vegetais ricos em flavonoides, carotenoides e outros antioxidantes também auxiliam na proteção cerebral e redução dos sintomas da disfunção cognitiva nos pets.
“O envelhecimento não é uma doença, mas uma consequência natural do tempo na vida de cada animal. Uma boa nutrição de acordo com a necessidade de cada fase de vida do pet, em conjunto com todos os cuidados veterinários que eles demandam, permite que eles tenham uma vida mais longa, feliz e saudável”, finaliza.
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