O colesterol alto é um preocupação com a saúde rotineria de muitos humanos, principalmente os que estão acima do peso. Mas, será que os donos de cachorro também devem se atentar à essa taxa no pet? A resposta é sim, mas não há necessidade de entrar na linha de "humanização do animal" - a maioria dos peludos é menos suscetível e mantém ótimos níveis durante a vida.
Quando o colesterol alto em cães acontece, ele se caracteriza por um aumento anormal dos lipídeos no sangue. O problema é conhecido como "hipercolesterolemia". Na mesma linha, o cachorro também pode apresentar “hipertrigliceridemia”, que influencia na taxa dos triglicerídeos.
Leia também: Conheça os cuidados necessários com a alimentação de cães castrados
No organismo dos cachorros os lipídeos colesterol e triglicerídeos possuem funções vitais. O primeiro é componente das membranas celulares e bainhas de mielina, além de precursor para hormônios esteróides e sais biliares. O segundo representa o principal constituindo do tecido adiposo e responde pela reserva de energia do corpo. Ambos são sintetizados no corpo, principalmente no fígado - o que sobre vem dos alimentos.
Em outras palavras, a presença de tanto colesterol, quanto triglicerídeos no organismo do cachorro é importante, o problema é quando está em excesso - o que acontece, principalmente, por meio dos alimentos de uma dieta não balanceada.
Para saber se o cachorro possui triglicerídeos e colesterol altos é necessário fazer um exame em jejum para medir a concentração deles. O mais indicado é que isso seja algo rotineiro, já que é uma forma de auxiliar no diagnóstico de outras doenças.
Quando o problema é constatado, o tratamento deve começar atacando a causa primária: o nível de lipídeos. Para isso, a alimentação adequada é a forma mais prática e eficaz - que também vai atacar as causas secundárias da doença, como obesidade e/ou endocrinopatias.
A alimentação natural como aliada no tratamento
O cão diagnosticado com colesterol alto deve receber uma alimentação completa e balanceada, com baixo teor de gordura. Para isso, a alimentação natural é a mais indicada, principalmente por que o tipo de gordura utilizada na formulação também contribui para o controle da concentração de lipídio na corrente sanguínea. Evitar dar petiscos industrializados e criar uma rotina de exercícios físicos também é importante.
O tutor deve sempre consultar o veterinário para elaborar uma dieta natural, que tenha todos os ingredientes necessários para atender às características do animal (raça, idade, tamanho etc) e balancear a quantidade de gorduras, que são benéficas quando consumidas em quantidades e qualidade adequadas. Por exemplo, as gorduras são fontes de ácidos graxos essenciais e necessárias para a absorção de vitaminas lipossolúveis: A, D, E e K.
Das três fontes de energia (proteínas, carboidratos e gorduras), a gordura é a maior - um grama produz aproximadamente 9 calorias, contra 3,5 das proteínas e carboidratos. Apesar das gorduras de origem animal serem bem digeridas pelos cães, deve-se alternar com ácidos graxos ômega 3 e 6 (encontrados em peixes de águas frias e profundidade média) para evitar exageros.
Os exames periódicos devem ser feitos sempre.