Quando se pensa em manter um cão bem estimulado e saudável, provavelmente, a primeira opção que vem à mente da maioria dos tutores é a hora do passeio. Uma boa caminhada não apenas ajuda o pet a gastar energia, como o mantém dentro do peso. Mas há algo a mais que deve ser considerado e é de extrema importância para os cães: o faro.
É comum que os tutores queiram treinar os cães para que andem sempre ao lado e, dessa forma, utilizam guias mais curtas e fazem passeios mais acelerados, mas é importante que se dê a oportunidade para o animal farejar e sentir os diferentes aromas por onde passa, o olfato dos cães é muito poderoso e é por meio deles que colhem informações do ambiente.
“Os animais precisam gastar energia física e mental. O passeio tem essas duas funções”, diz o médico veterinário Raphael Clímaco ao Canal do Pet.
“A energia física está ligada à atividade em si, o ato de caminhar. Já a energia mental está ligada aos sentidos do cão: a visão, a audição e, principalmente, o olfato – o paladar quase não é usado no passeio e nem é indicado que o animal experimente nada do chão ou de qualquer tipo que não seja dado pelo tutor”, explica.
Farejar é relaxante, mas é preciso manter cuidados
Embora manter o animal próximo, com uma guia que ajude a manter o controle seja importante para a segurança, escolher uma área mais tranquila, como gramados, onde o animal possa andar com uma guia mais longa, ou mesmo solto, e deixa-lo explorar à vontade é uma ótima forma para o pet relaxar e o capacita positivamente.
Raphael explica que os maiores benefícios estão em trabalhar a saúde física e mental, mas é preciso manter a atenção para que o pet possa explorar os diferentes cheiros sem que ele chegue muito perto ou lamba os resíduos que estão no solo.
“Mesmo em ambientes onde o animal possa ficar mais à vontade, quando o tutor deixa o cão solto para ele cheirar à vontade, muito provavelmente ele vai ingerir ou lamber algo que tenha um cheiro mais atraente, e isso não é legal”, o veterinário alerta. “Pode ser que ele lamba secreções, ou restos de alimento que já não estão mais viáveis, e isso pode causar doenças, inclusive doenças graves”.
Entre os cuidados que o tutor precisa ter é não deixar que o cão encoste o focinho no chão, que pode conter resíduos e secreções (urina, fezes, saliva, sangue, entre outras), restos de alimento, lixo ou até mesmo contato com outros cães que também estejam passeando e possam ter tido contato com tais resíduos que podem estar contaminados.
“E aí o animal lambe o outro, ou cheira e explora as partes genitais de outro cão e isso pode causar doenças, além de por em risco a própria integridade física do pet. Alguns animais tendem a ficar agressivos quando outros chegam perto”, completa.
Um passeio mais lento e com mais oportunidades de farejar pode deixar o cachorro mais cansado e satisfeito do que uma longa caminhada com ritmo mais acelerado. Além dos benefícios já citados, recolher todas as informações pelo olfato durante o passeio ajuda a evitar que o animal fique entediado e tenha comportamentos destrutivos enquanto estiver em casa.
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