Muito se fala sobre qual é a ração ideal para cada pet, se o alimento seco ou úmido, se a ração vendida a granel é ou não saudável para o animal e também quais alimentos, como frutas e qual tipo de “comida humana” podemos dividir com cachorros e gatos em nosso dia a dia. Porém não é só a qualidade da ração que deve ser levada em conta na hora de alimentar os bichinhos, é preciso levar em conta também o comedouro no qual é servida a refeição. Questões como a altura, modelo e material do qual é feito o comedouro são bem mais importantes do que parece.
É muito comum que cães e gatos se alimentem em potinhos que ficam apoiados diretamente no chão, o que, ao longo do tempo, acarreta em diversos problemas à saúde do animal. Ao comer nessa posição, o pet é obrigado a forçar as articulações, o que aumenta bastante os riscos de desenvolver doenças como artrite, artrose, problemas renais e na coluna.
Além disso, ao se abaixar para comer, o pet força o estômago, que se “dobra” e fica acima do esôfago, o que pode causar torções gástricas, refluxos, vômitos, entre outros problemas.
O tamanho ideal
O recomendado, tanto para cachorro quanto para gatos, é que o comedouro fique na altura do cotovelo do animal, assim ele poderá se alimentar mais confortavelmente.
Além da altura, deve ser considerado também questões relevantes como as laterais e a profundidade dos comedouros. Para gatos, recipientes com bordas podem atrapalhar a alimentação do felino, por causarem atritos com os bigodes do pet, que são muito sensíveis. Por isso, comedouros para gatos devem ser mais rasos, para evitar esse problema e não ficar sempre sobrando ração pelas bordas do potinho.
Para os cães não é muito diferente. Cachorros com orelhas mais longas precisam de um recipiente com “paredes” um pouco mais elevadas, para que as orelhas do animal não fiquei raspando no alimento. Cães com o focinho mais comprido também precisam de potinhos mais fundos, já raças braquicefálicas – de focinho achatado – precisam de potinhos mais rasos, ou vão acabar sofrendo pressão na garganta, o que pode gerar vômitos e engasgamentos.
O volume de ração que cada comedouro suporta também é essencial, para que o animal receba a quantidade adequada a cada refeição. Por isso, ao comprar um comedouro para o animal de estimação, o tutor deve considerar a raça, o porte e até mesmo a idade do pet, os idosos, por exemplo, precisam de cuidados ainda mais especiais – que podem começar enquanto ele ainda é jovem.
O material mais indicado
Os comedouros e bebedouros mais comuns no mercado, em sua maioria, são feitos em plástico ou alumínio e, em contrapartida, são os piores. Esses materiais soltam resíduos no alimento e na água que serão ingeridos pelo animal e, a longo prazo, podem causar sérios danos à saúde, como doenças neurológicas. O plástico ainda pode acumular bactérias com muita facilidade e precisa ser higienizado com maior frequência.
Comedouros de inox, embora sejam bem semelhantes ao de alumínio, são bem mais seguros. O inox não soltará resíduos na comida e na água e são bem mais fáceis de limpar. Há também opções em vidro, cerâmica e porcelana, sendo essas excelentes opções para os animais. São mais higiênicas, não acumulam bactérias e são bem mais fáceis de lavar. O problema é que, além de serem mais caros, também são mais fáceis de quebrar e acabar machucando o animal.
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Bebedouros
Embora a maioria dos tutores utilize um recipiente exatamente igual ao bebedouro para a água do animal, existem opções mais adequadas. Para os cachorros existem diversos bebedouros do tipo fonte, que a água permanece corrente e outros que utilizam garrafas, para que assim a água seja constantemente renovada a cada vez que o animal mata a sede.
No caso dos gatos, o mais indicado, geralmente, são as do tipo fonte, já que agrada mais aos bichanos tomar água corrente em vez de água parada – por isso muitos gatinhos amam beber água na torneira da pia.
Higienização
Tendo em vista todos os benefícios de um bebedouro mais elevado, independente de qual material seja produzido, também é preciso que o tutor lave bem esses recipientes diariamente. Ninguém come no mesmo prato várias vezes sem lavar, o mesmo deve valer para os animais de estimação.
O ideal é que se lave com esponja e detergente neutro, para evitar o acúmulo de bactérias que podem alterar até mesmo o sabor da comida e da água que o pet irá consumir.
Não é preciso gastar tanto
Embora existam opções mais “chiques” de comedouros e bebedouros com suportes que elevam os recipientes para a altura mais adequada para cada animal, há também opções mais personalizadas feitas em madeira e outros materiais mais estilizados, o tutor não precisa desembolsar uma fortuna para garantir o conforto do animalzinho.
Levando em conta o porte e peso de cada pet, o tutor poderá adaptar o recipiente o colocando sobre uma caixa de sapatos, por exemplo. Ou algum material que tenha mais acessível em casa, desde que corresponda ao tamanho adequado.
Embora, para o bem-estar dos animais de estimação, sempre valerá mais a pena investir em algo o mais apropriado possível. Em petshops já se encontram facilmente comedouros com o fundo mais elevado.
Lembrando que, independendo de raça, porte, se é cão ou gato, cada animal é único e tem necessidades únicas. Na dúvida, vale sempre pedir a ajuda de um médico veterinário.