A panleucopenia felina é popularmente conhecida como a cinomose dos gatos, devido à alta periculosidade e danos que causa à saúde dos animais. Mesmo que chamada pelo mesmo nome da doença dos cães, ela se trata de duas doenças causadas por vírus completamente diferentes.
Estudos apontam que o parvovírus felino mata cerca de 80% dos animais infectados , é altamente contagioso e se espalha com grande velocidade, especialmente em ambientes onde há uma maior população de gatos, como em abrigos.
Segundo a médica veterinária Daniela Baccarin, felinos de qualquer idade que não sejam vacinados podem ser acometidos pela doença, mas gatos mais jovens têm maior propensão de se infectar e desenvolver sintomas ainda mais graves da doença.
Como a Panleucopenia felina é transmitida
A doença é transmitida entre gatos pelo contato direto ou indireto entre animais mais suscetíveis e doentes, que já estejam com o sistema imunológico enfraquecido por alguma outra enfermidade, por meio de secreções como urina, fezes, vômitos e outras.
É importante evitar que os felinos compartilhem utensílios como vasilhas de alimento e até brinquedos. Em caso de suspeitas, o tutor deve colocar o pet em um local separado dos outros gatos e buscar ajuda de um médico veterinário.
“Gatas gestantes que estejam infectadas podem transmitir o vírus por via transplacentária para os filhotes, que logo ao nascerem já podem apresentar alterações em decorrência da infecção”, diz a veterinária.
Panleucopenia em humanos e outros animais
A panleucopenia não é uma doença zoonótica, portanto não afeta seres humanos – lembrando que, caso tenham contato com o vírus, tutores podem acabar levando a doença para o gatinho de estimação, então é sempre importante lavar bem as mãos antes de ter contato com o bichano em casa.
Já os cães também podem ser afetados pelo Parvovírus, mas não pelo parvovírus felino. “Neste caso, estamos falando sobre o parvovírus canino, embora sejam similares, não são os mesmos vírus”, explica Daniela.
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Os principais sintomas
A cinomose dos gatos provoca depressão, anorexia, vômitos e febre alta, podendo levar a uma desidratação severa do animal e aparecem com mais frequência no verão. Entre os principais sintomas estão:
- Desidratação intensa;
- Icterícia (pela amarelada);
- Diarreias;
- Anorexia;
- Febre alta;
- Vômitos;
- Depressão.
“Os filhotes podem apresentar febre, falta de apetite, vômito, diarreia, desidratação, danos cerebrais, como tremores e andar cambaleante, e até mesmo morte súbita. Já nos adultos, normalmente a doença é branda ou assintomática e nas gatas podemos ter como principais sintomas a infertilidade e o aborto”, explica a veterinária.
Como prevenir e tratar
Não existe um tratamento eficaz contra a panleucopenia felina, sendo tratados apenas os sintomas, com o uso de antibióticos, antieméticos e restrição alimentar e água via oral. Se o paciente felino apresentar desidratação severa será realizada fluidoterapia via intravenosa.
O meio mais eficaz para proteger o pet contra a doença é pela vacinação, a vacina tripla felina também protege o animal de outras doenças graves, como a rinotraqueíte.
O parvovírus felino pode sobrevier no ambiente por períodos de até um ano e é bastante resistente a alvejantes. Caso a pessoa tenha tido um caso de panleucopenia felina em casa é fundamental fazer um controle do ambiente antes de pensar em adotar outro gato. A vantagem é que, uma vez curado, o gato passa a ser imune à doença.
“Converse sempre com o médico veterinário de sua confiança para que ele faça a melhor orientação, possibilitando que o pet fique protegido contra essa e outras doenças que podem afetá-lo, garantindo assim uma vida mais longa e com muito mais qualidade para o seu gatinho”, completa.