A rinotraqueíte, conhecida popularmente como “gripe dos gatos”, pode ocasionar complicações mais graves e até mesmo levar o animal ao óbito. É possível encontrar pela internet diversas dicas com receitas caseiras, como hortelã batido com leite, mas para saber como lidar com essa doença, o Canal do Pet traz dicas concretas do médico veterinário Luiz Cesar Moretti.
Como identificar se o gato está com essa gripe?
Os sinais clínicos são simples de identificar, explica o veterinário. Entre os sintomas estão: espirros constantes, corrimento nasal, falta de apetite, febre alta, prostração e até mesmo ao afetar a região ocular do felino, podendo evoluir para uma conjuntivite.
Normalmente causada por vírus ou bactérias, a gripe em felinos apresenta sintomas bem semelhantes aos da gripe humana.
Receitas caseiras realmente ajudam a tratar a doença?
O tutor precisa tomar muito cuidado com as medicações caseiras, pois não possuem comprovação científica. É recomendável dar ao pet apenas os medicamentos transcritos pelo médico veterinário.
"Quando o felino apresenta sintomas de rinotraqueíte, a medicação errônea pode agravar a doença e, em muitos casos, o problema acaba sendo irreversível", explica.
É extremamente importante levar o gato ao médico veterinário para que seja realizado um diagnóstico correto para, assim, ser indicado um tratamento eficaz.
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O tratamento para a gripe dos felinos é feito basicamente para sintomas clínicos. Antibióticos para infecções secundárias, mucolíticos, analgésicos, antitérmicos e estimulantes de apetite e, em alguns casos, a indicação de antivirais e imunomoduladores. Geralmente a evolução do tratamento é percebida após cerca de 10 dias.
Quando ela pode se tornar fatal para o animal
Se o tratamento começar tardiamente o risco de ser fatal é muito grande, independentemente da idade do animal. Por isso, é importante que o tutor leve o gato ao veterinário assim que perceber alguns dos sinais da doença.
Como prevenir a rinotraqueite
Geralmente tutores de gatos sempre têm mais um felino em casa. Por isso, antes de adquirir outro gato, deve-se realizar quarentena antes de introduzir o novo pet, que pode estar incubando a doença, para evitar a contaminação dos gatos saudáveis.
A prevenção mais eficaz é por meio da vacina e está no protocolo de vacinação da quádrupla felina. O reforço da vacinação é anual, principalmente em casos de animais com maior risco de exposição ao vírus, que são os animais que têm acesso à rua.
Protocolo vacinal
O protocolo vacinal de felinos não é tão custoso, podendo variar de acordo com a região e do serviço veterinário. O protocolo vacinal é administrado de duas ou três doses com intervalos de 21 a 30 dias. Na primeira vez e no reforço anual é administrada somente uma dose.
O veterinário reforça a importância de consultar o seu veterinário para saber qual o melhor protocolo para cada caso e de manter sempre a carteirinha de vacinação atualizada do seu pet!