A tutela de um cachorro vem sendo alvo de uma briga entre Antonio Carlos, de 21 anos, e uma ONG de proteção animal chamada 𝗔𝘀𝘀𝗼𝗰𝗶𝗮çã𝗼 𝗔𝗯𝗿𝗶𝗴𝗼 𝗔𝗺𝗼𝗿 𝗗𝗲𝗺𝗮𝗶𝘀, localizada na Praia Grande, litoral do estado de São Paulo, desde a semana passada. O jovem, que é autônomo, chegou a registrar um boletim de ocorrência para conseguir ver o cachorro, o que ainda não aconteceu.
O jovem, que é autônomo, afirma que o animal que está no abrigo pertencia ao padrasto que faleceu, e que foi deixado de herança para a família. Ele afirma que o cão, da raça husky siberiano , se chama Snoopy e desapareceu no início de junho, dia em que seu suposto antigo dono faleceu. Ele ainda afirma que estavam muito abalados resolvendo as papeladas e que, por esta razão, não conseguiram ir atrás do cachorro no mesmo dia. As informações são do G1.
Ao ser encontrado pela ONG, uma publicação procurando pelos tutores foi compartilhada pelas redes sociais, na qual mostrava o cachorro, muito semelhante ao Snoopy, que, sem nenhum contato dos possíveis donos, o cão havia sido resgatado das ruas e colocado para a adoção. O jovem encontrou a publicação apenas um mês depois e entrou em contato.
Antônio explicou a situação para os representantes do abrigo e pediu o animal de volta, mas foi informado de que deveria apresentar documentos que provassem que era o verdadeiro tutor do animal. Mesmo sem apresentar os documentos solicitados, ele insistiu em ver o animal pessoalmente, o pedido foi negado.
Por outro lado, uma representante do abrigo, diz que o jovem não possui nenhuma prova da tutela do animal, como fotos ou carteira de vacinação e que não o devolverá para a situação de “maus-tratos” à qual o cão estaria submetido.
Na ONG, o animal recebeu o nome de Lion e, segundo afirmam, tinha sinais de abandono e estava faminto. No período em que esteve no abrigo o cachorro recebeu tratamentos veterinários e foi vacinado. Os representantes do abrigo apontam que o animal se trata de um Pastor Belga .
Briga Judicial
Daniela Dias de Freitas, advogada que representa a ONG, apontou que o autônomo não apresentou nenhuma evidencia de que se trata do mesmo anima, e que nem memso ele teria certeza disso. Além disso, ela ressalta que os protetores tentaram encontrar o verdadeiro dono do cachorro, assim que o receberam, mas que não encontraram nenhuma publicação que indicasse o sumiço do pet. E Antônio Carlos é acusado de utilizar o cão para procriação.
"Se ele tem as condições para ter um animal assim, tudo bem. Se ele fosse um criador regulamentado, sem problema nenhum. O problema é que estamos lidando com uma pessoa que está colocando o animal em situação de maus-tratos", opina a advogada.
O cachorro passou por castração e as protetoras temem que, sem poder ser utilizado para a procriação – como acusa a ONG, o animal seja devolvido para as ruas. O caso repercutiu nas redes sociais e há comentários em apoio e contra ambos os lados. Até o momento, Anônio Carlos não conseguiu visitar o cachorro ou provar que é o verdadeiro dono. O animal não está mais disponível para a adoção, enquanto o caso não for esclarecido.
Os representantes da ONG afirmam que não deixam o jovem visitar o cachorro pois a possível “festa” do animal não provaria que aquele é o verdadeiro tutor. A Polícia Civil está no caso.