É de conhecimento comum que os animais prestam um grande apoio emocional para as pessoas e, principalmente, para os tutores que possuem um animal de estimação em casa. Diversas pesquisas apontam que, com o início da pandemia e, por consequência, do isolamento social, essa relação pet-tutor se tornou ainda mais forte.
A sensação de solidão, agravada pelo isolamento, pode levar a quadros de ansiedade, estresse e depressão e os pets exercem papeis de companheirismo, com grande influência no bem-estar e na autoestima de quem convive com eles. Não por acaso, existem diversas terapias em que os animais oferecem suporte emocional , o bem que um pet faz à saúde mental é comprovado cientificamente.
Um estudo elaborado pela Human Animal Bond Research Institute, com duas mil pessoas que possuem algum pet em casa, 74% relataram uma melhora na saúde emocional, devido à relação com o animal de estimação. Já outros 75% disseram sentir a melhora também em algum amigo ou familiar, por conta da convivência com um animal.
O convívio com o pet, além de amenizar a sensação causada pelo isolamento, transmite sensações positivas ao organismo humano, estimulando a produção e a liberação de endorfina e serotonina, o que proporciona bem-estar e relaxamento.
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O relacionamento ainda mais próximo
Uma nova pesquisa realizada entre os dias 16 e 18 de julho de 2021, pela Hibou, com 2.069 brasileiros, mostrou que o período de pandemia afetou a relação entre humanos e animais de estimação também em relação ao comportamento de consumo. Os animais se tornaram essenciais devido ao suporte emocional oferecido durante todo o período de isolamento social. Além disso, mostra o comportamento das pessoas sobre a percepção dos maus-tratos contra animais.
O estudo teve como filtro pessoas que possuem animais domésticos em casa, sendo que a maioria tem como pet os cachorros (87,9%), seguido pelos gatos (33,7%), pássaros (11%), roedores e répteis (2,5% e 2,6%, respectivamente). 0,2% afirmaram ter o porco como seu animal de estimação.
Além daqueles que já possuíam animais de estimação em casa, durante o isolamento, cerca de 17% dos entrevistados adotaram um animal. Para 54,9% (do total de entrevistados) afirmaram que os pets foram fundamentais durante o período de pandemia. 48,9% das pessoas afirmaram que se apegaram ainda mais aos pets, devido ao maior convívio. Além disso, o suporte emocional não foi uma via de mão única, pois 33,1% das pessoas também relataram que seus bichinhos ficaram mais calmos.
Atividades diárias também se ampliam ao ter a companhia do pet, os cachorros se tornaram um grande incentivo para a prática de atividades físicas, além de brincadeiras e outras atividades a serem realizadas em casa. Para muitos tutores, os passeios com o cachorro se tornaram a única atividade externa praticada durante todo o isolamento social. Já os gatos prestam uma grande companhia, pois gostam de ficar no mesmo cômodo que os tutores e até mesmo ajudarem a aquecer no frio – os gatos amam ficar no colo.
Direito dos animais
A pesquisa também questionou os entrevistados sobre quais deveriam ser as penas para crimes de maus-tratos contra animais, 69,5% das pessoas afirmaram que deveria haver prisão perpétua e ser crime inafiançável. Entre as outras opções foram apontadas penas mais brandas, como a proibição de possuir um animal doméstico e a prestação de serviços comunitários em ONGs, relacionadas ou não à causa animal.
Os bichos também possuem capacidade emocional para sentir medo, alegria e criar uma relação empática com seus donos. Estabelece-se, assim, uma relação de confiança e suporte emocional, capaz de diminuir a ansiedade e trazer conforto. Por todas essas razões, o vínculo entre os pets e humanos é tão forte, a ponto de significar um salto de qualidade na saúde mental de quem adota um animal de estimação.