O Labradoodle surgiu na Austrália com um objetivo bem específico: no final da década de 1980, Wally Conron recebeu uma carta de uma mulher com deficiência visual que moradora do Havaí e que dizia que precisava de um cão guia, mas que o marido dela era alérgico ao pelos de cães e, por isso, tinham dificuldades em adotar um animal.
Wally, que na época estava no comando do programa de melhoramento para o Royal Guide Dogs Association of Australia, pensou em uma forma de unir um cão que tivesse perfeitas aptidões para ser um animal de companhia e, ao mesmo tempo, fosse hipoalergênico.
Foi aí que, a partir do cruzamento das raças Labrador Retriever e Poodle Standard , em 1989, surgiu o primeiro cão da raça Labradoodle reconhecido, que recebeu o nome de Sultan.
O sucesso da nova raça
Com o resultado positivo, sendo apresentado ao mundo pelo Guia de cachorros Victoria, e Sultan exercendo bem o seu trabalho como cão guia – e hipoalergênico -, foi natural que outros criadores pelo mundo decidissem continuar com a raça, que logo se tornaria muito popular pelo mundo.
Na Austrália, os clubes Australian Labradoodle Association e o International Australian Labradoodle Association ainda buscam o reconhecimento oficial da raça em outras associações, como a Federação Cinológica Internacional (FCI) e o American Kennel Club (AKC).
Um grande arrependimento
Em uma entrevista concedida a um podcast da rede australiana ABC em 2019, Wally Conron disse ter se arrependido de ter criado o Labradoodle. Segundo ele, a tendência de se criar raças híbridas expõe os animais a uma série de doenças e afirmou ter “aberto a caixa de pandora”.
"As pessoas estão virando criadoras por dinheiro. Profissionais inescrupulosos estão cruzando poodles com raças inapropriadas simplesmente para dizerem que foram os primeiros a fazer isso", disse Wally.
A personalidade do Labradoodle
Considerando ser uma raça criada exatamente para servir de animal de companhia (em especial, ser cão-guia) é natural que seja um cão dócil, inteligente, leal e que se dê bem com toda a família, com pessoas de todas as idades e com outros animais de estimação.
Seu temperamento, unido ao fato de ser hipoalergênico, o torna um cão muito querido em hospitais e clínicas de repouso, por serem ótimos como cães de terapia e assistência. Quando bem socializados e adestrados desde filhotes, eles tendem a exercer muito bem todas essas funções.
Para que se mantenham saudáveis e felizes, esses cães precisam praticar atividades físicas, cerca de 30 a 60 minutos diários. Eles amam brincar e correr, então, a menos que o tutor tenha disposição para suprir as necessidades desse companheiro peludo, o mais indicado é que eles vivam em ambientes mais espaçosos.
Cuidados básicos
O Labradoole não costuma soltar tantos pelos, então uma escovação semanal já pode ser o bastante para manter os belos brilhosos e saudáveis. Os banhos também não requerem tanta frequência, sendo suficiente um ao mês ou há cada 15 dias, de acordo com a necessidade.
É preciso ter uma atenção especial com a região das orelhas, para evitar possíveis inflamações de ouvido.
Cuidados com a saúde
O Labradoodle tem predisposição a algumas doenças comuns nas raças Labrador e Poodle, como infecções no ouvido, alergias, displasia da anca e da retina, epilepsia.
A raça também pode sofrer de uma condição conhecida como Doença de Addisson, que afeta as glândulas do animal , prejudicando a formação de hormônios e causando sérios problemas no metabolismo.
Por isso é necessário conhecer a origem do seu pet e fazer um acompanhamento com um médico veterinário ao longo da vida do cachorro.
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