Ração industrializada também pode ser natural; entenda como
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Ração industrializada também pode ser natural; entenda como

Quando ouvimos sobre oferecer uma  alimentação natural para os nossos animais de estimação, é comum que se pense em comidas caseiras , com  legumes e frutas que os pets possam comer.

No entanto, ao contrário do que muita gente pensa, mesmo uma ração industrializada pode ser um alimento natural, tudo depende da forma como é preparada e da qualidade do produto, como é o caso das conhecidas “Super Premium Natural” – que também costumam ser um pouco mais caras.

Para esses alimentos, os ingredientes são colocados ainda frescos e in natura nas máquinas de produção.

E como isso funciona?

De acordo com o gerente de P&D (Pesquisa e Desenvolvimento) da BRF Pet, Danilo Ferreira de Souza, um alimento industrializado natural é composto por ingredientes naturais de alta qualidade – carnes, peixes, legumes, frutas e vegetais – que são processados de forma branda para que sejam mantidas todas as características nutricionais de casa ingrediente, sem a necessidade de corantes ou aromas artificiais.

“O processo de produção se inicia, basicamente, com a pesagem de cada ingrediente, seguido pelas etapas de mistura e processo térmico”, conta o especialista ao Canal do Pet.

Danilo explica que hoje “as tecnologias disponíveis para a produção de um alimento natural industrializado são: extrusão, para alimentos secos; forneamento, para alguns tipos de snacks; e autoclavagem, para alimentos úmidos. Todos são exemplos de processos que cozinham os alimentos, deixando-os estáveis por um tempo maior quando comparados ao seu estado in natura”.

Para oferecer alimentos industrializados naturais de alta qualidade para cães e gatos, Danilo explica que é preciso seguir um critério rigoroso para receber somente as melhores matérias primas junto aos fornecedores.

“As frutas e legumes frescos utilizados na produção são recebidos higienizados, sem casca ou sementes. Após o recebimento, as frutas são mantidas em câmara fria, separadas por variedades até que chegue o momento da sua utilização”, diz, que afirma que os fornecedores são verificados para que o padrão de qualidade em cada recebimento seja o mesmo.

“Periodicamente são feitas visitas aos fornecedores, para certificar que os procedimentos de preparo estão sendo seguidos. As entregas também são feitas de acordo com a demanda de produção, assim não temos estoque grande desses ingredientes e garantimos o frescor dos ingredientes”, diz Danilo.

O especialista diz que todos os ingredientes são inspecionados antes de cada produção, para garantir que estejam em boa qualidade e íntegros, o que também ajuda a determinar a qualidade do produto – ou seja, a ração que o seu pet come.

Como são selecionados os nutrientes que o seu pet precisa em cada fase da vida

Danilo explica que há um corpo técnico composto por uma equipe multidisciplinar, “com engenheiros, médicos-veterinários nutricionistas e zootecnistas especialistas em Nutrição Animal, que está sempre se atualizando e buscando opções inovadoras de ingredientes que atendam de forma otimizada os requisitos nutricionais dos pets”.

“Seguimos diretrizes internacionais de nutrição (FEDIAF, AFFCO, NRC) para garantir que todos os nutrientes sejam oferecidos em quantidades ótimas, sem deficiências ou excessos, considerando idade, porte e algumas necessidades específicas, como é o caso de alimentos light e para animais castrados”, afirma.

A ração fresca pelo maior tempo possível

Para que a ração do seu pet esteja sempre em boas condições, além de mantê-la bem armazenada. Por isso é fundamental comprar o alimento sempre em sua embalagem original, pois é nela que se encontram não apenas os dados referentes à nutrição, como a data com o prazo de validade do produto. E como esse prazo é definido?

“Durante o desenvolvimento dos produtos, são feitas diversas avaliações de estabilidade oxidativa e perda de nutrientes durante o tempo. Estes testes avaliam o tempo de vida de prateleira dos produtos, garantindo que durante sua vida útil as características nutricionais e organolépticas (textura, aroma, coloração) dos produtos se mantenham”, explica o especialista.

Danilo diz que alguns dos protocolos implementados nesse desenvolvimento envolvem testes acelerados, expondo os produtos a diferentes condições de temperatura e umidade, além de verificar sua “sobrevivência” durante esse período de tempo.

“Nestes testes deixamos os alimentos em condições de temperatura e umidade controlada, acelerando possíveis reações oxidativas que, quando o alimento não está devidamente protegido com antioxidantes, podem alterar as características dos produtos. Além dos testes acelerados, utilizamos metodologia de prateleira, no qual o produto é acompanhado por tempo igual ao seu prazo de validade e, os avaliamos periodicamente”, explica.

Danilo aponta que os testes são feitos com os produtos tanto em suas embalagens intactas, quando em produtos com a embalagem já aberta, para simular também o tempo e condições em que ele resistirá quando já estiver na casa dos tutores.

“Os resultados de todos os tipos de avaliação se complementam e os produtos só são entregues ao mercado após certeza de que as recomendações de validade e consumo são seguras”, completa o especialista.

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