Os gatos da raça chartreux têm os pelos em tom azulado
Vincent M.A. Janssen/Pexesl
Os gatos da raça chartreux têm os pelos em tom azulado

A origem da raça Chartreux é incerta, porém ligações apontam para a França, com relatos antigos que dizem que a raça foi criada por monges que viviam em um mosteiro ao sudeste do país europeu, e que esses felinos eram criados de forma seletiva, para que fossem calmos e não vocalizassem tanto, a fim de não atrapalhar a meditação dos espiritualistas.

Até o século 18, gatinhos com a tonalidade de pelos na cor cinza que viviam em colônias naturais em diferentes áreas da França eram chamados de “Chartreux”. O nome fazia uma referência a um tipo de lã espanhola, popular no século 18, que se assemelhava a pelagem desses felinos.

Já na década de 1920, criadores franceses trabalharam para preservar a raça, que foi levada para exposições pela Europa  durante a década de 30.

No entanto, foi apenas na década de 1970 que a Chartreux foi reconhecida como uma raça independente. Na América, mais precisamente nos  Estados Unidos , a raça foi reconhecida somente em 1987. Apesar de suas características singulares, os Chartreux costumam ser confundidos com os gatos das raças Inglês de Pelo Curto e  Azul Russo.

Características físicas

  • Corpo grande, robusto e sólido;
  • Cabeça arredondada e larga, estreitando em direção ao focinho cônico, com os cantos puxados para cima, criando uma espécie de sorriso característico da raça;
  • Orelhas eretas de tamanho médio;
  • Olhos grandes, laranjas e iluminados;
  • Bochechas cheias;
  • Expressão doce e sorridente;
  • Ombros largos e peito profundo;
  • Pernas finas e esbeltas;
  • Patas redondas e de tamanho médio;
  • Cauda flexível, pesada na base e afunilando até a ponta oval;
  • Pelagem azul-cinzelado.


Comportamento

Os gatos da raça Chartreux são muito silenciosos
Wirestock/Freepik
Os gatos da raça Chartreux são muito silenciosos

O Chartreux é um felino de personalidade equilibrada, sendo considerado sociável como um cão e independente como um gato — embora a “independência felina” seja refutada por especialistas.

No geral, a raça é muito dócil, calma e silenciosa, e gosta de estar sempre por perto de seus tutores. Costuma se dar bem com outros gatos, com cães e com crianças. Precisa de atenção contínua e este gatos ficam muito satisfeitos quando se tornam o centro das atenções.

Como é comum entre os gatos, o Chartreux também seguirá o tutor por todos os lugares da casa, ainda que de maneira mais discreta. É uma raça que gosta de escalar e tem fama de ser um grande caçador, um aspecto de sua personalidade que está mais conectado ao passado dos gatos como predadores.

Pouco vocal e emitindo um miado com som suave, o Chartreux é considerado a raça de gatos domésticos mais silenciosa do mundo. Uma característica que, apesar de fofa, requer um certo cuidado por parte dos tutores.

Felinos, de forma geral, não costumam dar sinais de que estão com problemas de saúde e esta raça, por ser mais silenciosa do que o habitual, pode dificultar ainda mais a percepção por parte dos tutores de que alguma questão de saúde importante esteja acontecendo, como alertam os especialistas do gatil Vida de Pet, dos criadores Ricardo Mazzaro e Patricia Abramant Guerbatin.

Cuidados gerais 

O Chartreux tem origens europeias
Cleomar Mattos/Pexels
O Chartreux tem origens europeias

O Chartreux tem uma pelagem que pode ser média ou curta, e conta com bastante subpelo. Sua textura aveludada varia conforme a idade e sexo do felino. Os machos costumam apresentar pelos mais espessos e as fêmeas costumam ter pelos mais finos e sedosos.

Por ter subpelo, a escovação deve ser feita ao menos duas vezes por semana, para a remoção dos fios mortos, o que ajuda a evitar a formação de bolas de pelo no organismo do animal e facilita em sua autolimpeza.

Os criadores da raça apontam que as orelhas do Chartreux requerem atenção especial, já que têm uma segregação auricular maior do que a maioria das outras raças. Por isso, a limpeza deve ser feita semanalmente, com produtos adequados — sempre com o auxílio de um médico veterinário, para evitar acidentes.

É fundamental também oferecer uma alimentação de qualidade, água sempre fresca e manter o cartão de vacinas e vermifugos sempre atualizados, além das brincadeiras diárias.

É necessário dar banhos?

O Chartreux é um pet amável e carinhoso
Txema García/Pexels
O Chartreux é um pet amável e carinhoso

Os felinos são conhecidos por serem animais bastante limpos e higiênicos, tanto com seu ambiente ao redor (como a caixa de areia), como de sua própria higiene, por isso, especialistas não recomendam que sejam dados banhos nos felinos, como acontece com os cães.

Segundo a médica-veterinária Carolina Quaresma, da clínica Feito Gente , os banhos em gatos, de maneira geral, não são necessários. “Somente se o animal tiver alguma particularidade que precise de banho ou se for algum banho por questões terapêuticas”, diz ela.

Carolina explica que os banhos devem ser dados em casos de animais que tenham alguma doença fúngica e que um médico-veterinário tenha prescrito os produtos adequados para o tratamento.

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