O Mau Egípcio é um gatinho bastante singular, devido ao seu padrão único de cores e agilidade, considerado o mais ágil entre os gatos domésticos. Especula-se que a raça exista desde os tempos do Egito Antigo e seu nome “Mau” era a tradução local para gato ou sol.
Especula-se que a raça seja uma das mais antigas do mundo (entre os gatos doméstico), devido às evidências em pinturas, esculturas que mostram que gatos semelhantes já viviam naquela época, como uma tumba de 1400 a.C encontrada em Tebas, cidade na Beócia, na Grécia Central, representando um gato malhado capturando um pato para um caçador egípcio.
A raça, no entanto, foi aprimorada em 1956 por uma princesa russa, Nathalie Troubetskoy, que estava exilada em Roma , Itália . Ela encontrou um gato e, acreditando que ele corria perigo, decidiu criá-lo.
Em 1956, Nathalie emigrou para os Estados Unidos , levando com ela duas fêmeas cor prata. A raça não demorou a ganhar popularidade entre criadores que se dedicaram a reproduzir a raça, que recebeu seu reconhecimento em 1979 pela Tica (sigla em inglês para Organização Internacional de Gatos).
No Brasil, o Mau ainda é bastante raro, mas também já conquistou seus admiradores como Flavio Vicente Machado, que tem experiência com criação de gatos no Gatil da Serra, em Paty do Alferes (RJ). Ele convive com felinos da raça há sete anos e diz que "são gatos carinhosos e brincalhões".
Comportamento
“Eles adoram contato humano, se jogam nos pés dos donos para pedir carinho”, continua Flavio em entrevista ao Canal do Pet.
Além de brincalhões, os gatos da raça são ativos e muito inteligentes. São ainda bastante sociáveis com outros pets e gostam de se divertir com brinquedos. Apesar de sociáveis e curiosos, podem preferir manter distância de estranhos.
“Quando vivem com outros pets, eles preferem ficar sempre juntos de outros Maus Egípcios [se houver no ambiente]. Se não tiver outro gato da raça, aí farão amizade e brincarão com os outros pets da casa”, afirma Flavio que salienta também que uma das principais características do Mau Egípcio é a carência e amizade com os donos: “São verdadeiros e leais companheiros”.
Cuidados
“Por terem pelos curtos, não requerem nenhum cuidado específico. O gato, de uma forma geral, não precisa tomar banho, pois eles mesmos se limpam frequentemente”, diz Flavio.
A informação, no entanto, é controversa e até mesmo veterinários costumam divergir em relação a necessidade de banhos em gatos – à exceção de banhos medicinais ou em casos de sujeira excessiva.
Características físicas
- Corpo musculoso e com excelente habilidade de salto e velocidade;
- Cabeça em forma de cunha ligeiramente arredondada;
- Orelhas médias;
- Olhos groselha verde;
- A linha da testa, junto ao conjunto dos olhos, forma um olhar naturalmente preocupado;
- Pernas traseiras ligeiramente mais longas que as dianteiras;
- Patas pequenas e delicadas; a impressão é que ele sempre está na ponta dos pés, o que lhe confere elegância e graça;
- Cauda de comprimento médio, grossa na base e afinando até a ponta, que é escura;
- Pelagem manchada em prata, bronze ou fumaça; as manchas são distintas, de vários tamanhos e formatos;
- O Mau Egípcio possui algumas características singulares que tornam sua aparência única, entre elas o M característico marcado na testa e duas linhas de “rímel” que começam no canto dos olhos e continuam ao longo da bochecha.
Saúde
O cruzamento entre diferentes raças para a criação de um novo padrão de gato pode trazer alguns problemas de saúde. O Mau Egípcio é umas das exceções, sendo uma raça pura e sem indícios de doenças.
O tutor de um gato Mau deve se atentar ao fato de que ele não tolera mudanças bruscas de temperatura, em especial nas regiões mais frias, e pode sofrer de problemas comuns, como atrofia progressiva da retina, dermatites e doenças cardíacas ou respiratórias quando estiver mais idoso.
Antes de comprar ou adotar um exemplar da raça, peça ao criador informações sobre a incidência de problemas de saúde na linhagem e quais testes foram feitos para detectar a natureza genética.
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