O Rafeiro do Alentejo é um cão de origem portuguesa, mais precisamente da região do Alentejo , onde estão localizadas cidades famosas, como Évora, Elvas, Estremoz e Sines. Também conhecida como Mastim Português ou Mastim do Alentejo, acredita-se que a raça seja descendente de grandes cães molossos do Oriente Médio.
Sua aparência se assemelha a de um São Bernardo , embora sua função tenha sido inicialmente voltada para a caça e, posteriormente, para a proteção de rebanhos. Foram muito utilizados por povos cuja subsistência dependia da pecuária. Esses cães não apenas guiavam, como protegiam os rebanhos de possíveis ameaças durante viagens entre regiões de serra e planície, para fugir das temperaturas mais frias do inverno.
Por essas viagens acredita-se que a raça tenha se desenvolvido e se espalhado pela região. À medida que a população se acomodava, os cães ficavam nas pradarias do sul, nas planícies alentejanas, onde se adaptavam e passavam a ser usados também para a guarda de propriedades.
O nome Rafeiro do Alentejo passou a ser usado apenas no século 19 e seu padrão oficial foi estabelecido pela primeira vem em 1953 em Portugal. A raça quase desapareceu durante o século 20, durante o processo de industrialização da região. Esforços de criadores admiradores da raça impediram que isso acontecesse.
Em 1954 foi aceito pela Federação Cinológica Internacional (FCI). Em 2005 e 2006 foi aceita também pelos American Kennel Club (AKC) e United Kennel Club (UKC), respectivamente. Pela Confederação Brasileira de Cinofilia (CBKC) a raça teve seu padrão oficial publicado em 2008.
Personalidade
O Rafeiro é um cão de expressão calma e segura, não é tímido e, apesar de utilizado como cão de guarda, não é um cachorro agressivo – a menos que sinta alguma ameaça à sua família ou território. Inclusive tende a manter sua personalidade de filhote até cerca de três ou quatro anos de vida, quando começa a apresentar um comportamento mais maduro.
É um cão muito afetuoso e costuma ser bastante paciente e gentil com crianças. Convive bem com outros animais de estimação. As interações com os pequenos devem ser sempre supervisionadas, por ser um cão de grande porte - podendo medir até 74 cm e pesar 60 kg -, podem machucar sem querer durante as brincadeiras.
Para lidar bem com pessoas e animais estranhos é importante a socialização desde filhote, pois é um cachorro territorialista e com instinto de proteção muito forte. Por ser um cão de tamanho grande é recomendável que se faça um adestramento desde cedo, sempre com reforços positivos.
Cuidados básicos
Com uma pelagem de tamanho curto ou médio, não precisa de tantos cuidados especiais, bastando escovações semanais para evitar nós e a remoção de fios soltos.
Os banhos podem ser ocasionais, entre um e dois meses, ou em casos de necessidade, como sujeira excessiva após passeio ou brincadeiras, ou recomendações de um médico-veterinário.
Cuidados com a saúde
O Rafeiro do Alentejo geralmente é um cão saudável – não à toa um cão da raça chamado Bobi conquistou o recorde de cão mais velho do mundo aos 30 anos e 266 dias em 1º fevereiro de 2023. A estimativa de vida da raça é de 14 anos, o que faz de Bobi um cão ainda mais impressionante.
Claro que para manter o pet sempre saudável é necessário que se realize passeios diários e brincadeiras para que se mantenham ativos e gastem energia, mas sem exagerar nos exercícios, pois, como uma raça de grande porte, é predisposto a sofrer de doenças nas articulações , como a displasia coxofemoral.
O mais indicado é que vivam em casas com quintais espaçosos para que tenham liberdade para correr e brincar sempre que quiserem.
Oferecer sempre água fresca e uma alimentação de qualidade e balanceada para raças de grande porte, com vacinas e vermífugos sempre em dia e visitas frequentes a um médico-veterinário.
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