Malamute do Alasca
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Malamute do Alasca

Natural do Alasca, muito semelhante aos ancestrais lobos,  o Malamute é um dos maiores e mais antigos cães de tração do mundo, o nome é derivado de uma antiga tribo nativa conhecida como Mahlemuts.

Devido ao grande porte, força e resistência, sendo capazes de carregar fardos com mais de 20 kg e percorrer grandes distâncias, a raça era usada por tribos nômades para puxar trenós desde 3 mil anos antes de Cristo.

Com a chegada dos europeus ao Canadá, os Malamutes passaram a carregar grandes cargas pelas regiões montanhosas, e, apesar de todo o trabalho pesado, os cachorros eram muito bem tratados e bastante valorizados pelos esquimós, fazendo com que se tornassem muito dóceis e amigáveis, apesar do tamanho que pode assustar muitas pessoas.

Ao final dos anos de 1800, período que ficou conhecido como “A Corrida do Ouro”, muitos cães migraram para os Estados Unidos, cruzando com animais nativos que, eventualmente, perderam suas origens. Como os Mahlemuts viviam em regiões mais afastadas, o Malamute quase não sofreu com essas alterações.

Nomes como o aventureiro estadunidense, Arthur Treadwell Walden, se especializaram na criação da raça, fornecendo cães para ajudar na famosa expedição do Almirante Richard Byrd na Antártida, em 1933.

Muitos Malamutes foram usados também durante a Primeira e a Segunda Guerra Mundial, até que, em 1945, os números de linhagem de cães da raça diminuíram drasticamente. O reconhecimento do Malamute do Alasca pelo American Kennel Club veio uma década antes, em 1935. Anos mais tarde, o AKC passou a reconhecer também diferentes linhagens da raça.

A grande maioria dos Malamutes registrados atualmente são descendentes de cães nascidos após a década de 1940, de linhagens surgidas em Kotzebue (cidade no Alasca), criados por Milton e Evans Seeley, sucessores de Arthur T. Walden.

A Confederação Brasileira de Cinofilia (CBKC) reconhece raça pelos padrões da FCI, publicados em 1996,  fazendo parte do grupo 5 - o mesmo de raças como o Spitz, Chow Chow e o Huscky Siberiano.

Curiosidades sobre o Malamute do Alasca

Malamute do Alasca
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Malamute do Alasca
  • Um Malamute do Alasca foi o pet da Casa Branca durante a gestão do presidente Herbet Hoover, em 1933.
  • O ator e comediante Robin Williams teve um pet da raça que se chamava Sam.
  • Um dos mais respeitados comportamentalistas e treinador de cães do mundo, o veterinário Ian Dunbar era admirador da raça e tutor de um Malamute do Alasca.
  • A raça não tende a latir, mas é popular por ter uma vocalização bastante alta e engraçada, além de uivos para “conversar” com os tutores.
  • Eles são excelentes escavadores, por isso é recomendado que se tenha uma boa proteção por baixo de muros ou cercas, ou eles podem cavar e fugir do quintal.
  • Mesmo muito parecidos fisicamente, ao contrário do Huscky Siberiano, o Malamute do Alasca não é encontrado apenas nas cores cinza e preto.

A personalidade do Malamute do Alasca

O Malamute do Alasca precisa de atividades físicas para se manter saudável
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O Malamute do Alasca precisa de atividades físicas para se manter saudável

O porte, tamanho e aparência do Malamute podem fazer parecer que se trata de um grande protetor e um feroz cão de guarda, mas está muito longe disso. Eles são cães muito dóceis e agradáveis, podendo fazer amizades com qualquer pessoa.

Mesmo muito gentil e apegada aos membros da família, a raça não é indicada para tutores de primeira viagem, pois, mesmo muito dócil, tem um perfil dominador e precisa de tutores experientes que saibam impor respeito, sem agressividade.

Outro ponto importante a ressaltar é que o tutor de um Malamute deve ser disposto a sair para praticar atividades físicas com o pet todos os dias, e a raça precisa de grandes espaços para gastar energia – não é para casas menores ou apartamentos -, além de não se dar bem com a solidão.

A convivência desse pet com outros animais e crianças pode ser boa, mas é recomendado que se socialize desde filhote. Mesmo sendo um cão muito doce, pelo seu grande porte – que pode chegar a 62 cm – qualquer interação mais desajeitada pode machucar.

Higiene

Malamute do Alasca é um cão de personalidade forte e dominante
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Malamute do Alasca é um cão de personalidade forte e dominante

Como uma raça natural de regiões frias, o Malamute do Alasca tem uma pelagem semilonga composta por duas camadas, capaz de suportar temperaturas de até -15°C sem grandes problemas. Todo esse pelo requer muitos cuidados, com escovações diárias para mantê-lo brilhante e saudável.

No Brasil, por exemplo, em épocas mais quentes, como verão e primavera, a raça perde muito pelo e a escovação se torna ainda mais necessária. Espeço e delicado, o pelo de um Malamute deve ser escovado com pentes indicados para o tipo de pelagem ou escovas cerdas macias.

A raça conta com camadas de proteção natural na pele, por isso banhos frequentes não são indicados, sendo banhos trimestrais ou em casos de maior necessidade. Nunca esquecendo de usar produtos indicados para o tipo de pelo da raça. Aparar os pelos entre 6 a 8 semanas em um pet shop também é recomendado.

Saúde

O Malamute do Alasca costuma ser um cão saudável, mas, por ser um cão de porte grande, pode sofrer com displasia coxofemoral. Problemas renais e oculares, como a catarata, também podem chegar conforme o pet envelhece.

A raça precisa de exercícios regulares e uma boa alimentação para garantir a saúde do animal. Sinais de agressividade também são um alerta para que o tutor procure a ajuda de um médico veterinário.

No Brasil, especialmente em épocas mais quentes, o animal precisa de cuidados especiais, já que se trata de uma raça natural de regiões mais frias.

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