O câncer está entre as principais causas de morte em cachorros, gerando cerca de 5,3 mil óbitos para cada 100 mil animais. Os dados são de estudos realizados nos Estados Unidos, mas números similares também podem ser encontrados no Brasil: segundo uma pesquisa da Universidade Federal de Santa Maria, um em cada cinco cães vai desenvolver câncer.
O motivo da alta incidência, no entanto, é positivo. Com uma expectativa de vida crescente, os animais se tornam mais suscetíveis à doença, algo que também acontece com os humanos.
Segundo a médica veterinária Letícia Fratini, não se pode prever quais animais vão desenvolver câncer, mas, assim como com os humanos, existem fatores de risco, como estilo de vida e predisposição genética. A veterinária explica também que a incidência é maior em indivíduos mais velhos, algo que acontece em humanos e animais.
Contudo, para os cachorros, existem outros fatores que também podem interferir. “Cães de grande porte e de raças puras, por exemplo, têm mais propensão a doenças”, explica a profissional.
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Os sinais
A veterinária Raquel Michaelsen aponta que é possível ficar atento a certos sinais de que o cão esteja doente. Segundo ela, o câncer se manifesta principalmente na pele, nas mamas e nas genitais dos cachorros. “Alguns indicativos de que há um tumor são inchaços que não somem ou continuam crescendo, feridas que não se fecham, sangramentos e perda de peso”, detalha Raquel.
Além disso, dificuldade para respirar, se alimentar e fazer as necessidades e até de se movimentar também podem apontar para problemas. A veterinária também explica que exames de rotina, os check-ups, dos animais de estimação não incluem exames de sangue ou de imagem, como os de humanos. Por isso, é importante que o tutor fique atento aos sinais para verificar se o cachorro está doente.