É sabido que o câncer está entre as doenças mais perigosas, tanto para os humanos quanto para os animais. E um dos maiores problemas dessa enfermidade é que nem sempre há possibilidade de cura. Como afeta várias partes do corpo, a doença vai ganhando diferentes denominações, como é o caso do tumor hormonal.
Leia também: Câncer em cães: prevenção, diagnóstico e o tratamento da doença
Um tumor hormonal pode ser benigno ou maligno, mas o que torna essa doença diferente é o fato de estar vinculado a determinadas hormonas. Ou seja, esse tipo de tumor contém receptores hormonais e, quanto mais ele captar, mais irá crescer, independente da natureza do mesmo.
Vale lembrar que nem todo tumor é considerado um câncer. Esse termo é utilizado para designar um crescimento anormal a partir de uma massa que, de forma natural, já estava no organismo do cachorro . A partir disso, essa anomalia se divide em benigna e maligna.
Um tumor benigno não apresenta risco de metástase, ou seja, expansão. Seu maior risco é a pressão exercida sobre órgãos e tecidos adjacentes, assim como o incômodo e transtornos que pode provocar na saúde do bichinho.
Porém, quando o tumor deixa de ser apenas um crescimento anormal da massa e se torna algo mais grave, é denominado maligno ou cancerígeno. Nesse caso, existe um grande risco de metástase, fazendo com que as células cancerígenas se reproduzem e migrem para outros tecidos. Quando o tumor tem essas características, pode ser chamado de câncer.
De acordo com a nomenclatura médica, os dois tipos de tumores ganham nomes diferenciados. Se for benigno, é chamado de adenoma, mas quando é maligno, ganha o nome de carcinoma. É importante saber diferenciá-los para ter uma noção de como agir caso seu canino seja afetado pela doença.
Leia também: Quais são as vantagens e desvantagens de castrar o cachorro?
Os tumores hormonais que atingem os cães
Existem três tipos de tumores hormonais que são bem comuns em cães: o adenoma perinal sebáceo, adenocarcinoma perinal sebáceo e o adenocarcinoma perianal sebáceo de glândulas apócrinas. Observando o prefixo dos nomes, é possível concluir que os dois últimos são malignos, ou seja, são cânceres.
O primeiro, adenoma perinal sebáceo, é benigno e menos grave. Contudo, não significa que o cachorro está livre de sofrimentos. Essa doença também provoca incômodos já que está atinge o redor do ânus, dificultando a evacuação das fezes e por vezes provocando sangramento.
Os animais mais atingidos com esses tumores são os machos idosos não castrados, pois dependem muitos dos níveis hormonais, sobretudo na época de reprodução. A melhor forma de evitar o problema é através da castração. Por mais que alguns donos não concordem com esse método, pode trazer vários benefícios para a saúde do pet.
No entanto, as fêmeas também podem desenvolver tumores perianais. É bastante raro, pois as únicas afetadas são aquelas esterilizadas por ovarioisterectomia (extração cirúrgica do útero e dos ovários). A atenção maior para evitar essa doença deve ser destinada aos machos.
Formas de tratamento
Antes de determinar o melhor tratamento, é preciso descobrir qual é a natureza do tumor. Para isso, o veterinário fará uma biópsia, ou seja, extrairá uma pequena amostra do tecido afetada para análise. Só assim poderá dizer se as células que se encontram no tecido são cancerígenas ou não.
Quase sempre é recomendado uma extração cirúrgica, mas é uma medida bastante agressiva. Nesse procedimento, todas as arestas devem ser limpas para evitar que o tumor volte a nascer. Costuma ser bastante efetivo quando o problema é benigno.
Quando for tumor cancerígeno, é preciso examinar as dependências dos níveis hormonais com precisão. O tratamento conta com cirurgia de extração e quimioterapia para impedir que o câncer retorne. O animal precisará de bastante amor e carinho quando passar por isso.
Leia também: Cirurgia em animais: como preparar o pet para o procedimento?
Infelizmente, não tem como prever se o cachorro irá se curar de um tumor hormonal . A precisão do tratamento, a duração e o prognóstico variam conforme o nível da doença. Por isso que o recomendado é sempre fazer exames de rotina para detectar os problemas no estágio inicial.