Com o verão se aproximando, toda rotina do bichinho de estimação muda. Os passeios ao ar livre aumentam, o animal fica mais tempo no quintal de casa, brincar na água se torna rotina e às vezes o pet vai até viajar com os tutores. Porém, passar tantas horas em ambientes externos aumenta a exposição a doenças caninas.
Leia também: Vai à praia com seu animal de estimação? Cuidado com o verme do coração!
Diversos patógenos se multiplicam e se proliferam com maior facilidade nos meses mais quentes, fazendo com que os pets fiquem vulneráveis a várias doenças caninas . Por isso não é estranho encontrar seu bichinho enfermo durante o verão.
Sabendo disso, é essencial tomar algumas medidas preventivas, evitando que a diversão do verão represente um risco ao bem-estar do peludo. Conheça, então, a principais doenças que podem afetar o canino e como evitá-las. Lembre-se sempre de consultar um veterinário de confiança quando observar mudanças no comportamento e aparência de seu companheiro.
Problemas de pele
A pele dos cães é extremamente sensível e, quando as temperaturas aumentam, também eleva a quantidade de riscos que o pet está exposto. Intensidade dos raios solares, proliferação de ectoparasitas, sal do mar e substâncias químicas da piscina são exemplos de situações que causam problemas na pele.
A tendência é que isso provoque queimaduras, inflamações e infecções cutâneas, sobretudo nas raças com pouco pelo. Quando não tratados, os problemas podem evoluir para algo mais grave. Por sorte, algumas medidas simples ajudam a evitar tais situações.
A principal dica é usar protetor solar específico para cachorros. A exposição excessiva à luz solar é perigosa para todos os seres vivos e, além de causar sérias queimaduras de pele, aumentam as chances de desenvolver um câncer.
Leia também: Como lidar com queimadura de sol em cães e gatos
Dessa forma, o uso de filtro solar é essencial para garantir a boa saúde do peludo. Lembre-se de jamais aplicar nos cães os protetores criados para os seres humanos. Já existem produtos especializados para a espécie e podem ser encontrados em pet shops.
É muito importante, também, reforçar a desparasitação nessa época. Pulgas, carrapatos, ácaros e mosquitos se reproduzem intensamente no verão, aumentando a probabilidade do peludo ser infectado. Além de causar muita coceira e inflamação de pele, esses parasitas transmitem sérias doenças.
A melhor forma de evitar tais situações é levando seu canino ao veterinário regularmente e mantendo atualizada a desparasitação. Aproveite também para verificar se as vacinas então em dia.
Por último, evite o acúmulo de umidade para impedir a proliferação de fungos e bactérias, os grandes culpados das infecções e inflamações cutâneas. Depois de um dia na piscina ou um banho refrescante, não permita que o canino seque ao ar livre. Utilize a toalha e um secador para eliminar toda a água da pele e dos pelos.
Infecções gastrintestinais
O sistema digestivo do peludo também é uma vítima das altas temperaturas. As alterações no tempo, calor e mudanças na dieta são os causadores de infecções gastrointestinais. Isso acontece também com os humanos, uma vez que nosso organismo fica mais sensível durante o verão.
Leia também: Os cuidados específicos que o dono deve ter com o cachorro durante o verão
A melhor forma de prevenir isso é prestando atenção na comida oferecida ao pet. Evite oferecer alimentos pesados ou alterar a dieta sem prescrição médica. Peça ajuda de um profissional caso perceba problemas gastrointestinais do bichinho. E claro, não se esqueça de oferecer bastante água durante o dia todo.
Otite
Otite é uma inflação que atinge o ouvido dos peludos. A mais comum é a externa, quando ocorre do tímpano para fora, mas existe também a interna, quando afeta a membrana e suas terminações. É extremamente comum no verão e a negligência dessa doença pode levar a uma infecção severa, provocando perda de audição.
O motivo para a otite ter maior incidência nos meses mais quentes está na frequência com que os animais ficam molhados. Os banhos aumentam, já que os cães se sujam mais e eles adoram se refrescar no mar ou piscina. Isso favorece o acúmulo de umidade na região das orelhas e a proliferação de bactérias e fungos.
A consequência é a inflamação e infecção na região externa ou interna do ouvido. Raças com orelhas grandes, muitos pelos no ouvido ou canais auditivos pequenos são mais propensas a ter essa doença. Cocker Spaniel Inglês, Beagles, Basset Hounds, Yorkshires Terrier, Border Collies e Pastores Alemães são alguns exemplos.
O jeito correto de evitar esse problema é secando bem os ouvido após o banho ou um dia divertido na piscina ou mar. É aconselhável utilizar gazes secas ou um pano limpo na hora da secagem. Se o veterinário permitir, coloque algodão no ouvido do peludo antes dele se molhar. Isso irá impedir que água entre por onde não deveria.
Outra dica é verificar as orelhas do pet a cada dois ou três dias, ficando de olho em qualquer tipo de alteração. Recomenda-se fazer uma limpeza quinzenalmente para manter a higiene desta área. Peça ajuda a um profissional caso não saiba higienizar da maneira correta.
Leia também: Já ouviu falar de otite canina? A doença é muito comum entre os pets
Tomando todos os cuidados e aplicando medidas preventivas, as doenças caninas de verão não atingirão o peludo. Não deixe que a negligência atrapalhe a diversão do seu melhor amigo.