Muitos donos já estão cansados de escutar sobre determinados cuidados que precisam ser tomados com seus cachorros durante o verão. Oferecer mais água e não sair para passear na rua com o sol à pino são duas das regrinhas que já estão na ponta da língua, ou pelo menos deveriam estar. Mas, algumas outras que são tão importantes quando ainda são um pouco desconhecidas.
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Uma informação importante e que poucas pessoas sabem, por exemplo, é que tanto cães, como gatos, fazem as trocas de calor apenas pela para e pela língua, regiões muito pequenas quando a temperatura ambiente atinge elevados números. Para evitar a hipertermia (aumento brusco da temperatura corporal), principal problema apresentado pelos cães durante o verão, o veterinário Eduardo Gianini Xavier, da Clínica Cão.com, listou alguns hábitos que precisam ser mudados nessa época do ano.
Abolir os sapatinhos dos passeios
Como muitos animais têm livre acesso às áreas comuns e íntimas da casa, alguns tutores optam por sapatinhos na hora dos passeios. Podem estar evitando sujeira, mas estão fazendo mal aos bichinhos. O acessório dificulta a troca de calor através das patas.
Protetor solar
Mesmo tendo um cobertor de pelos em cima da pele, os animais sofrem queimaduras solares, principalmente os que possuem cores claras. Em algumas raças o problema é mais comum, como Bull Terrier e Bulldog. A solução para isso é utilizar protetor solar de uso veterinário principalmente em volta dos olhos, em cima do nariz e dentro das orelhas. Nessas regiões é importante passar não apenas quando for passear, mas diariamente, pois muitos pets gostam de ficar esticados no sol.
Frequência do banho
No verão, a vontade é dar vários banhos por semana nos bichinhos, uma forma de aliviar o calor e aproveitar o fato que ele vai secar mais rápido. Mas, cuidado, banho em excesso, ao invés de ajudar, pode prejudicar a saúde do bichinho. A água e os produtos utilizados removem a gordura natural que o organismo produz, sem essa proteção, a pele fica ressecada e frágil, propensa a uma série de problemas, como alergias e infecções bacterianas e fúngicas. O indicado é no máximo um banho semanal. Se o pet não fica com mau cheiro facilmente, pode ser a cada duas semanas.
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Tosa
A dica é manter a tosa curta, que além de proporcionar bem-estar para o bichinho, facilita a perda de calor e a identificação da presença de parasitas.
Cuidado com os parasitas
No verão ocorre o aumento da população de vermes. Carrapatos e pulgas encontram no ambiente quente e úmido o local perfeito para seu desenvolvimento. A recomendação é manter as medicações e vacinas em dia, principalmente daqueles que costumam ter contato com outros animais e passear frequentemente. Utilizar repelente veterinário e coleiras que servem como repelente também são uma opção.
Gelo e frutas congeladas
Do ponto de vista nutricional, não é preciso alterar em nada a alimentação do seu pet no verão, mas você pode usar a criatividade para brincar e refrescá-lo. A sugestão é colocar pedras de gelo no pote de água ou mesmo oferecê-las para ele lamber. Se preferir, pode picar frutas e congelar junto com a água nos cubos. Mas fique atento às permitidas, evite as ácidas e com sementes. Banana e maçã estão liberadas para todas as raças.
Carro
É comum alguns tutores deixarem o cachorro sozinho no carro por alguns minutos enquanto vão ao mercado ou padaria. Jamais, sob hipótese alguma, faça isso, nem que seja rapidinho. Ambiente quente, fechado e associado a estresse é problema na certa.
Queimaduras nas patas
No verão é necessário estar bastante atento à temperatura das superfícies onde os animais caminham. A sugestão é colocar a mão sobre ela para sentir se é suportável. Asfalto no calor, nem pensar.
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Hidratação
Os casos de desidratação em pets são raros, mas podem acontecer em animais que apresentam doenças como diabetes e renais. Um cão sadio bebe diariamente entre 40 e 60ml por cada quilo que possui. Entretanto, a hidratação é importante durante e após caminhadas e exercícios em horários mais quentes, pois ajuda a baixar a temperatura corporal, evitando a hipertermia.
Passeios
Muitas pessoas caminham com o pet no sol forte, uma atitude perigosa para si e para ele. É preciso respeitar a fisiologia do animal de estimação. O horário entre 10 horas da manhã e 4 horas da tarde não é aconselhado, principalmente se ele tem a pele e pelo claros. Programe-se para sair no início da manhã ou no fim da tarde, não só no verão, mas em todas as épocas do ano.