Muitos tutores não gostam muito da ideia de deixar os animais de estimação dentro de caixas de transporte por longas horas e consideram até maldade fazer isso com o animal. O uso dessas caixas, também chamadas de kennel, é importante para diversas situações, já que, na maioria dos casos é a única forma de se levar o animal de estimação em uma viagem de avião.
Mas se engana quem acredita que as caixas de transporte servem apenas para levar os animais em segurança de um ponto ao outro. Elas ajudam até mesmo a garantir o bem-estar dos pets. Antes de usar a caixa, o tutor deve assegurar de que ela será adequada para o animal de estimação, tanto em material quanto em tamanho.
As mais comuns são as de plástico rígido. O ideal é que não tenha espaço para que o cachorro consiga morder partes da casinha – que além de representar perigo para a saúde, pode ajudá-lo a abrir a porta – e o tamanho deve ser o suficiente para que o pet possa ficar em pé e se movimentar livremente. A recomendação é que, ao comprar para um filhote, o tutor leve em conta o tamanho que o animal ficará quando adulto. Algumas caixas vêm com adaptadores para ajustar o tamanho de acordo com o crescimento do animal, mas costumam ser mais caras.
O tempo limite
Outra questão importante é saber o tempo máximo em que o animal pode ficar dentro da caixa fechada. Um cão adulto, por exemplo, deve ficar de duas a três horas, no máximo. Em casos de viagens mais longas, é fundamental que se retire o pet em pausas de 15 minutos para que ele possa “esticar as canelas”, beber água e fazer as necessidades.
Bons motivos para se usar a caixa, além do transporte
Muitos cães usam caixas de transporte em casa ou gaiolas próprias para cães, que têm uma estrutura parecia com a de uma casinha. Deixar a caixa fazer parte do ambiente comum do cachorro já é uma ótima forma de fazer com que ele se acostume com ela e que não se torne algo estranho quando houver a necessidade de usar para o transporte.
A caixa de transporte pode ser usada pelo animal como uma espécie de abrigo ou toca em momentos de medo (como épocas de fogos de artificio). O pet poderá se abrigar por ali enquanto estiver assustado para, assim, se sentir mais protegido.
Passo a passo
- Para começar o treino, é importante ter um espaço tranquilo e que faça parte do dia a dia do pet. Se possível, vale deixar a caixa no local por alguns dias para que ela faça parte do cotidiano do cachorro e se torne familiar para ele.
- Nunca se deve forçar o cachorro a entrar na caixa. Isso pode fazer com que ele associe aquilo a algo negativo e irá atrapalhar o treinamento. É preciso deixar que ele se acostume e leve o próprio tempo para entrar.
- Colocar objetos que o pet goste, como almofadas para deixar confortável ou um brinquedo que ele goste, pode ajudar bastante.
- Sempre que o cachorro se aproximar da caixa ele deve ser encorajado e premiado. Receber carinho, petiscos e elogios o deixará mais confiante no treinamento e fará com que entenda que aquela caixa trará algo positivo.
- Espalhar petiscos ou até mesmo grãos de ração em volta e dentro da caixa pode ajudar a despertar o interesse do animal.
- Quando o cão começar a entrar dentro da caixa, o tutor pode tentar fechar a porta devagar, sempre aos poucos, para ver qual será a reação do cão. Caso ele reaja bem, pode-se ir aumentando o tempo, de 5, 10, 15 minutos por vez – mas nunca faça isso já na primeira vez que o pet entrar na caixa.
- Enquanto o cão estiver lá dentro, o tutor pode jogar um pouco de ração ou petiscos para agradar o pet. Assim ele saberá que estar ali dentro não significa algo ruim para ele.
- Com o tempo ele se acostumará com o uso da caixa, mas é importante não ultrapassar o tempo limite e ter paciência até que ele se acostume. Como em todo treinamento, o importante é ter paciência e usar sempre o reforço positivo.
O treinamento na prática
O adestrador comportamental André L. Almeida realiza o treinamento de um filhote ao uso da caixa usando alguns grãos de ração para estimular as ações da cadela Nikita. Ele também usa o acessório de treinamento chamado Clicker para dar os comandos.
O Clicker serve para marcar o comportamento do cão. Então quando o adestrador faz a marcação, o cão entende que chegou ao objetivo e volta para pegar a comida, seja na mão ou no chão.
Onde a recompensa será dada não faz diferença. O truque está na forma como o Clicker é utilizado para passar a informação para o cachorro.
- Um clique: o cão entende que deve permanecer.
- Dois cliques: libera o cão para que ele saia, seguido da recompensa.
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