Um cachorro com ciúme exagerado é prejudicial para a convivência e para o próprio animal
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Um cachorro com ciúme exagerado é prejudicial para a convivência e para o próprio animal


Muitas vezes quando um cachorro demonstra sinais de que é um pet ciumento os tutores e as pessoas em volta achem que é algo fofo ou mesmo engraçadinho, no entanto esse comportamento está longe de ser positivo e pode prejudicar a convivência do pet com outros membros da família – que não sejam o “predileto” – ou mesmo com visitas.

O pet também pode ser ciumento com objetos como brinquedos, ossos e o pote de ração. É importante que o tutor deixe claro desde o início (com o pet filhote ou logo que adotar o novo amigo) quem é que manda na casa e que ele (o tutor) pode mexer onde quiser e quando quiser, sem que o pet fique irritado com isso – afinal, não é nada agradável ir pegar o pote de ração do cachorro e receber um rosnado como resposta.

É importante que o pet entenda que todas as pessoas da casa são os líderes, para que ele respeite a todos igualmente, quando o tutor não estiver por perto. O animal também deve se sentir tranquilo com a presença de todas as pessoas, já que o fato de o pet rosnar quando percebe que estão indo retirar o pote de ração é que, de alguma forma, ele se sente ameaçado e está protegendo o que ele entende como posse, o que se torna um problema quando ele entende que a casa toda é o território dele.

Sendo mordido por ciúme

São diversas as situações em que um pet pode apresentar os “sintomas” do ciúme, seja quando alguém desconhecido para o animal passa a se aproximar demais, como quando o tutor começa um novo relacionamento. O pet pode chegar a ameaçar até mesmo a morder a nova pessoa.

O ciúme também pode ser de um outro pet, sendo o mais indicado apresentar os dois cães em um ambiente neutro e deixar que eles se aproximem gradativamente, sem pressa e respeitando o tempo de cada animal – o que pode levar algum tempo, até mesmo dias.

Caso o novo pet seja um gato,  também vale uma aproximação lenta e respeitando os dois animais, para não assustar o gato ou fazer com que o cão entenda que o animal menor possa ser uma presa para ele.

Outra situação que pode também ocasionar o ciúme do pet é o instinto de proteção, caso ele sinta que o tutor está sob qualquer tipo de ameaça, o animal não hesitará em protege-lo. Uma brincadeira que muitos fazem é simular que o tutor está sofrendo algum tipo de agressão para ver a reação do pet. Algo não muito recomendado, já que o animal pode acabar associando a outra pessoa como uma ameaça em potencial e não a aceitar mais com tanta facilidade.

Esse sentimento também pode estar relacionado a objetos, não somente a pessoas.

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É preciso ter cuidado para que o pet não se torne um cão possessivo
Reinhard Kremmling/Pixabay
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Ao notar que o pet está dando sinais de ciúme, o tutor deve ficar atento para identificar quais são as possíveis causas, muitas vezes podem ser desencadeadas pelo comportamento do próprio humano que, mesmo que sem perceber, pode deixar o animal de estimação de lado, por algo (ou alguém) que seja novidade.

Tutores com mais de um animal de estimação também devem estar atentos para que todos os pets sejam tratados igualmente e recebam a mesma atenção, para que um não sinta que está ficando de lado.

As pessoas tendem a humanizar os animais, atribuindo aos pets sentimentos que são comuns nos seres humanos, como o ciúme, mas a verdade é que, nesses casos, o mais provável é que o pet esteja com instinto de liderança e posse agindo. O que ocorre é que, ao notar que o tutor não tem o controle de determinadas situações, o animal assume o controle.

O recomendado é que o tutor tenha pulso firme e mostre ao pet quem é que dá as ordens na casa. A melhor forma de agir nesses casos, como indicam adestradores comportamentais, é o uso de adestramento com reforço positivo, quando o bom comportamento do animal é recompensado com algo que ele goste, como carinho, brinquedo ou petiscos.

Lembrando também que, quando o pet tem um mal comportamento, o mais indicado é que se use palavras firmes e curtas e até mesmo se “ignore” o cãozinho. Jamais agredindo o animal. Muitas pessoas acabam dando petiscos para que o cachorro se comporte, ou mesmo dê broncas (o que o pet pode aceitar, já que está recebendo atenção e ele adora isso) e entenderá que aquele comportamento ruim atrai algo que ele gosta, é importante ter cuidado.

Quando o ciúme pode ser positivo

Para quem tem um cão que, além de pet de companhia, também atua como cão de guarda, esse sentimento de posse – seja pelo ambiente em que vive ou pelas pessoas da família – se torna mais eficaz do que com um cão que se dá bem com qualquer pessoa.

Mas é preciso cuidado, por ainda assim este ciúme não deve ser exagerado a ponto de prejudicar o animal. Por isso o ideal é que o pet seja bem socializado e receba o adestramento necessário para determinada função.

Caso o cachorro já tenha adquirido um comportamento que os tutores não consigam reverter, o ideal é buscar a ajuda de um adestrador profissional.

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