Nanismo hipofisário é uma doença hormonal que gera um crescimento anormal em cães e gatos. Isso acontece devido a uma deficiência congênita do hormônio do crescimento, chamado GH. Consequentemente, o animal não cresce de forma proporcional à idade e raça dele. Assim, ele permanece pequeno, um “eterno filhote”.
De acordo com a médica veterinária Priscila Maldonado, a síndrome é causada devido a uma mutação genética que impede a formação normal da hipófise. Esta é uma glândula endócrina, responsável pela produção de outros hormônios e pelo bom funcionamento do metabolismo. “Esse fator ocasiona alterações em todos os hormônios que essa glândula produz”, explica.
Além da estatura pequena, o nanismo hipofisário também pode gerar alterações dermatológicas no animal. “Eles podem apresentar alopecia simétrica bilateral, doença que provoca perda de pelos, principalmente em regiões como o tronco, o pescoço e as coxas. A pele fica extremamente fina, pigmentada e os pelos podem ser facilmente arrancados”, pontua. A veterinária ainda salienta que, enquanto as fêmeas podem apresentar alterações no cio, os machos manifestam atrofia testicular.
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Segundo Priscila, o diagnóstico é feito por meio de exames laboratoriais. “O mais utilizado é o teste da função hipofisária por meio da estimulação hormonal com o hormônio do crescimento (GH)”, diz. Entre os sintomas que são observados em cães e gatos com nanismo, estão a redução proporcional do porte do animal e problemas de pele.
A doença pode ocorrer em qualquer raça de cães e também em gatos. “O nanismo é observado principalmente em cães da raça Pastor Alemão. No mais, existem alguns relatos em cães das raças Lulu da Pomerania e Pinscher”, completa.
Por mais que não exista um tratamento definitivo da doença, a mais recomendada é a administração de doses de GH, ou seja, hormônio do crescimento. Os hormônios utilizados são o humano e o suíno, uma vez que o hormônio canino não é disponível na indústria farmacêutica.
Os medicamentos induzem a produção de GH, mas podem causar acromegalia ou diabetes. Por isso, os cães com nanismo devem ser monitorados por um veterinário constantemente. O tratamento permite que haja melhora no aspecto dermatológico dos animais, os pelos adultos crescem e os pets ganham peso.