Um estudo publicado na revista Nature Scientific Reports
, produzido pela cientista da Universidade de Helsinque, na Finlândia
, Saara Junttila, e sua equipe, submeteu 1.002 cães a uma série de testes de inteligência para avaliar o desempenho de 13 raças diferentes.
A série de dez testes, conhecida como smartDOG , foi desenvolvida por uma das coautoras do estudo, Katriina Tiira, e examina comportamento exploratório, impulsividade, cognição social, resolução de problemas espaciais, raciocínio lógico e memória de curto prazo dos animais.
Saara conta que um dos resultados surpreendeu os cientistas. "Foi um pouco surpreendente que a memória e o raciocínio lógico não fossem afetados pela raça", disse a cientista ao site Newsweek.
“Pode ser que essas características não tenham sido selecionadas em diferentes raças, ou que os efeitos ambientais – como histórico de treinamento, situação de teste e experiências anteriores na vida – possam influenciar essas características mais fortemente do que a raça”, afirmou.
A raça que teve o melhor desempenho em toda a série de testes foi o border collie , resultado que vai de encontro com as pesquisas realizados por Stanley Coren, autor de "A Inteligência dos Cães" e professor emérito do Departamento de Psicologia da Universidade da Colúmbia Britânica.
“De acordo com minha pesquisa, as sete raças de cães com maior inteligência de trabalho e obediência, começando com os mais brilhantes são: border collie, poodle , pastor alemão , golden retriever , doberman pinscher, pastor de shetland, e labrador retriever ”, disse Coren à Newsweek.
Algo importante que a cientista Saara Junttila enfatiza sobre o estudo da Universidade de Helsinque é que os testes não têm o objetivo de classificar as raças ou ranqueá-las: “O objetivo do estudo era realmente entender como as raças de cães diferem umas das outras em cada uma das características estudadas”, disse ao site.
Saara salienta ainda que o grupo de estudiosos não teve acesso a informações sobre o histórico de treinamento dos cães participantes “embora uma grande proporção deles provavelmente participasse de esportes ou competições caninas”.
“Estudos anteriores mostraram que a participação em esportes caninos, ou a quantidade de treinamento que um cão recebeu, pode afetar os resultados de alguns desses testes, mas também há evidências de que muitas dessas características são hereditárias. Em estudos futuros, investigaremos os efeitos combinados da história da raça e do treinamento”, afirmou a cientista.
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