Originário do Reino Unido, o Norfolk Terrier foi criado perto das cidades de Norfolk e Norwich no início de 1800. Não é certo quais raças deram origem a esses cães, mas acredita-se que tenha surgido de cruzamentos entre as raças Border Terrier, Carirn Terrier e Irish Terrier.
Até 1979 havia apenas uma raça, o Norwich Terrier, com dois padrões diferentes, sendo um com as orelhas eretas e outro com as orelhas caídas. Divergências entre criadores que não aceitavam os cãezinhos com orelhas caídas como a mesma raça, resultou em uma divisão que passou a reconhecer os filhotes de orelhas caídas como Norfolk Terrier.
O cãozinho foi criado por muitos anos para ser um pequeno caçador de ratos, sendo adquirido por estudantes da Universidade de Cambridge que estavam com problemas de ratos nos dormitórios. O que trouxe muito reconhecimento para a raça, embora tenha sido chamada por alguns nomes diferentes ao longo dos anos , como Cantab Terrier, Trumpington Terrier e Jones Terrier.
A variação se deve aos diferentes criadores da raça, que comercializavam filhotes entre estudantes e, posteriormente, os exportaram para outros países, como os Estados Unidos, fato que ocorreu pela primeira vez em 1914.
Muitos cães foram usados como reprodutores para vendas de filhotes, como uma cadela que seria sacrificada e foi resgatada por Lewis Low, o filho de um veterinário de Norwich. A cadela recebeu o nome de Ninety (Noventa, em português) por ter uma expressão que lembrava uma “velhinha”.
Ninety foi cruzada com um cão chamado Rags e vários dos filhotes foram comprados por Frank Jones (daí o nome Jones Terrier), que passou a criar e vender filhotes para outros criadores. Um desses criadores foi RJ Read, que realizou outros cruzamentos com diferentes raças, até conseguir o padrão que queria em 1929, dando o nome de Horstead Mick a um dos filhotes, que se tornou um dos reprodutores mais famosos da raça.
A raça foi reconhecida apenas como Norwich Terrier pelo American Kennel Club em 1932, havendo uma distinção entre os padrões (as orelhas). Somente em 1979 o Norfolk Terrier foi reconhecido como uma raça única nos Estados Unidos. O Englad Kennel Club já havia dado seu reconhecimento ao Norfolk em 1964.
Personalidade do Norfolk Terrier
Os Norfolks são definidos por aqueles que os conhecem como companheiros extrovertidos, alegres e brincalhões. São cães cheios de energia e muito protetores, eles têm como característica o fato de se darem muito bem com crianças e idosos, o que faz deles excelentes animais de estimação para qualquer família.
Apesar de, como qualquer raça de cachorro, eles precisarem de uma boa socialização desde filhote, eles costumam se dar muito bem com outros pets, como cães e gatos, o único, porém são animais menores, como roedores e pássaros, pois esses pequenos terriers podem entendê-los como presas.
Um Norfolk dificilmente apresentará qualquer agressividade, mesmo com pessoas estranhas eles tendem a fazer amizade com muita facilidade . Eles são cães muito inteligentes e dispostos, podendo aprender truques com certa facilidade, desde que o tutor tenha paciência e carinho para ensinar, pois esse filhote pode ser bastante teimoso às vezes.
Esses cães se adaptam bem a qualquer ambiente, desde que possam praticar atividades físicas regularmente, algo importante para que não fiquem entediados e mantenham sua saúde em dia. Eles são muito independentes, mas não gostam de ficar sozinhos, estar na companhia dos tutores é fundamental para esse pet.
Cuidados básicos
O Norfolk tem uma pelagem de camada dupla, com uma externa mais dura e um subpelo mais macio, que ajuda a manter a temperatura corporal. Os pelos desses cães precisam ser escovados ao menos duas vezes por semana, para a remoção de fios mortos e eventuais embaraços.
Quanto aos banhos, o recomendado é que sejam dados apenas uma vez por mês ou em caso de necessidade. Deve-se apenas ter uma atenção maior com as orelhas, que precisam de cuidados semanais para evitar o acúmulo de bactérias.
Cuidados com a saúde
O Norfolk Terrier é um cão bastante saudável e fácil de cuidar, podendo viver em ambientes com diferentes espaços (desde fazendas, até apartamentos) desde que possam suprir sua necessidade de exercícios físicos, como passeios e brincadeiras.
Não podem ser deixados sozinhos por muito tempo sem nenhuma atividade, é essencial que tenham um ambiente enriquecido para que não fiquem entediados e adquiram um comportamento destrutivo.
A raça é propensa para alguns problemas de saúde comuns em cães Terrier e pode sofrer com algumas doenças oftalmológicas e ortopédicas, como a displasia coxofemoral , podem ter maior sensibilidade à vacinação , doenças sanguíneas, e uma complicação cardíaca conhecida como insuficiência valvar mitral (MVD).
É importante que o tutor tenha cuidado com o pet, oferecendo uma alimentação de qualidade e visitas regulares ao médico-veterinário.
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