A Justiça negou o pedido de indenização feito pela empresária dona do canil Céu Azul. O estabelecimento funcionava em um sítio na cidade de Piedade, interior de São Paulo, e foi fechado pela Polícia Militar Ambiental, em uma ação na qual esteve presente a ativista Luisa Mell .
A ação foi movida contra o instituto, a Prefeitura de Piedade e polícia militar. A empresária pediu que fosse impedida a doação e castração dos 1.700 cães que foram resgatados do canil e a devolução dos animais. Ela também quis a condenação do Instituto Luisa Mell por danos morais e pediu um indenização de R$ 5 milhões. De acordo com informações do G1, o juiz Ricardo Augusto Galvão de Souza negou os pedidos.
O magistrado determinou que o canil não tinha as condições necessárias para manter os cães e alguns deles também estavam doentes. "Importante anotar que, os animais sob a posse da autora, não eram tidos como de estimação, mas sim, utilizados comercialmente e deste forma deverão ser tratados para fins de direito, ressalvando-se a proteção a eles conferidas face a sua natureza biológica", o juiz disse na decisão.
Luisa Mell se pronunciou sobre a vitória na Justiça nas redes sociais. "Ela entrou com uma ação contra mim, contra o Instituto Luisa Mell, contra o município de Piedade, a polícia militar, enfim, contra todo mundo que participou da apreensão, alegando que não havia maus tratos e que a operação foi ilegal. Pediu mais de R$ 5.000.000,00 de indenização somente contra o Instituto Luisa Mell. Mesmo com tantas evidências, sem ter carteira de vacinação dos cães, veterinário responsável no local, com medicamentos vencidos, restos de ossos em um incinerador de corpos irregular, tendo os laudos de saúde dos animais apresentado diversas doenças, ela insistiu na ação", a ativista postou nas redes sociais.
"Hoje, saiu a sentença e estou muito feliz em dizer que o juiz indeferiu todos os pedidos dela e reconheceu as irregularidades no local e os maus tratos. Mais, criou um precedente sobre o fato de que animais apreendidos não podem ficar sob tutela até o fim do processo, pois trata-se de vidas", ela continuou. Luisa Mell ainda falou que os mais de mil animais resgatados já estão adotados e bem.