Por mais que os pelos dos bichinhos sejam um isolante térmico, não é por isso que eles estão totalmente protegidos do frio. É importante mantê-los aquecidos das melhores formas possíveis a fim de evitar doenças nos pets e oferecer o máximo de conforto que merecem.
Uma das opções mais populares entre os tutores é colocar roupinhas nos pets, pois além da proteção, eles podem ficar mais estilosos também. O médico veterinário Pedro Teles, explica tudo o que você precisa saber sobre o uso das vestimentas, além de esclarecer como você pode escolher a perfeita para o seu bichinho.
De acordo com o especialista as roupinhas são altamente recomendáveis para os pets de todos os tipos, pois nem sempre a pele e os pelos são capazes de protegê-los o suficiente. Isso ainda pode aumentar se o animal possuir uma baixa concentração de gordura corporal e naqueles com pelagem curta. Neles, a vestimenta pode ser ainda mais quentinha.
Porém, como cada pet é um pet, primeiramente é necessário que o tutor fique de olho no comportamento dele. "Caso percebam que o animal fica sempre procurando abrigo em mantas, cobertas ou regiões mais quentes da casa, poderá optar por essa opção", afirma Pedro. Agora, se o animal não parece sentir tanto a necessidade de algo externo para se proteger, ou até parecer se incomodar com o acessório, ele não deve ser forçado.
Pedro ainda evidencia que há diferenças entre cães e gatos. Os felinos, diferentemente dos cães, são animais com o instinto mais aguçado, portanto, dependendo do gato, pode ser mais difícil mantê-lo confortável com a roupinha podendo ocasionar até um estresse comportamental.
"Mais uma vez, ressalto que o termômetro entre utilizar ou não a roupinha será o tutor. Ele vai reconhecer o temperamento do seu pet frente ao uso da roupinha", diz o especialista.
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Se o seu bichinho tem a pelagem comprida, é necessário que ele fique um tempo sem a roupinha pelo menos uma vez ao dia, momento em que você escovará o pelo dele. Esse procedimento é necessário para evitar os nós no animal e futuros problemas.
Como escolher a roupinha?
Usar materiais hipoalergênicos e que permitam o fluxo de ar é essencial. Também é imporante se atentar ao tamanho. Se possível, o animal deve ser levado junto na hora da compra a fim de experimentar o produto e não ter nenhum problema com o conforto. Aberturas nas partes íntimas do pet são obrigatórias, visto que não podem ter dificuldades na hora de fazer as necessidades.
O médico veterinário ainda atenta para o exagero na vestimenta. "Quando se fala em roupinha, imediatamente as pessoas já pensam em utilizar os animais como modelos de passarela, com o uso de acessórios extravagantes". Roupinhas que possuam acessórios que prejudiquem a mobilidade ou tragam desconforto para o animal podem desenvolver estresse nele. "Acredito que o principal critério que o tutor deve utilizar é cumprir o propósito do uso da roupinha: evitar a perda de calor corpóreo", conta.
Além disso, é importante salientar que mesmo utilizando um bom material, e se atentando a esses cuidados, a roupinha deve ser higienizada com uma frequência semanal a fim de evitar aglomeração de ácaros - um dos principais agentes que podem promover dermatopatias.