Em 2019 muitos acontecimentos estão deixando as pessoas devastadas. O incêndio no centro de treinamento do Flamengo que acabou com a morte de 10 adolescentes, problemas de enchente no Rio de Janeiro e em São Paulo e, o mais recente, o ataque na escola Raul Brasil, onde dois adolescentes entraram atirando e mataram 8 pessoas antes de se suicidarem. Mas, mesmo assim, a história de um cachorro renovou as esperanças de Everton Teodoro.
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Na sexta-feira (15), o rapaz foi até a UPA Zona Noroeste de Santos e percebeu que um cachorro ficou na porta da unidade de saúde durante todo o tempo que esteve lá. Ele perguntou sobre o animal para funcionários que o informaram que ele estava ali desde que o dono havia dado entrada, na quarta-feira (13). O problema é que o dono havia ido a óbito no mesmo dia e o cão continuava ali e recusava qualquer ajuda.
"Com tanta coisa ruim que aconteceu naquela semana, como o ataque da escola em Suzano, no momento que soube da história pensei 'Everton, nem tudo está perdido, acredite'. Eu não podia fazer mais nada além de tentar buscar ajuda para ele. Publiquei a foto no Facebook para divulgar a história e passar uma mensagem de amor para todos", conta Everton que tentou oferecer comida e água para o cão, mas sem sucesso.
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A publicação do segurança patrimonial no Facebook gerou comoção e muitas pessoas e ONGs se prontificaram a ajudar o animal. O texto dizia: "Em meio a tantas maldades causadas por seres que se dizem racionais, eu me deparo com uma prova de amor pura, esse cão desde quarta feira passada espera seu dono sair de dentro da UPA.. não aceita comida nem água de ninguém, fica deitado somente com o olhar triste e cansado a espera do dono.. O dono faleceu no mesmo dia que deu entrada (quarta - feira) já foi velado e enterrado e o cão a sua espera !! Tem prova de amor maior que essa?".
Ontem, domingo (17), Everton passou novamente em frente a Unidade de Pronto Atendimento para ver se o cão ainda estava por lá e não o encontrou. Ele não sabe se o animal foi resgatado, mas acredita que sim pela quantidade de pessoas que queriam ajudá-lo. "Infelizmente não consegui acompanhar de perto porque trabalho por turnos, 12 horas, no trabalho", explica o rapaz.
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A redação entrou em contato com a UPA Zona Noroeste de Santos, mas os funcionários não souberam informar se o cachorro foi resgatado ou adotado. Apenas confirmaram que ele não está mais no local.