Dia Mundial Contra a Raiva: especialista alerta sobre riscos da doença

Médica veterinária explica as causas e prevenções tanto aos animais, quanto aos humanos

Foto: Divulgação
Os animais de estimação devem estar com as vacinas sempre atualizadas para prevenção da raiva e diversas outras doenças

O Dia Mundial Contra a Raiva , celebrado nesta quinta-feira (28), tem como propósito conscientizar sobre as consequências da raiva, doença com alto nível de fatalidade entre os animais, trazendo informações sobre a melhor maneira de preveni-la – lembrando sempre que a doença se trata de uma  zoonose, ou seja, pode também afetar humanos.

Neste ano a data ganha ainda mais importância depois que um caso de raiva canina foi  registrado na cidade de São Paulo, o primeiro após um período de 40 anos, sendo identificado pelo Instituto Pasteur, em um cachorro no bairro do Butantã.

Diante deste cenário, a capital reacende um alerta da importância de manter a vacinação dos animais em dia para evitar uma transmissão contínua.

De acordo coma  médica veterinária Jenessa Martinez, coordenadora do curso de Medicina Veterinária da Faculdade Anhanguera, o registro em  São Paulo é preocupante para um aumento de casos, principalmente em cachorros.

“A raiva é uma doença viral grave que afeta o sistema nervoso central de mamíferos, incluindo cães, gatos e humanos, e é transmitida principalmente pela mordida de animais infectados. Portanto, a doença afeta não só os pets, como também pode ser uma grande ameaça à saúde humana”, alerta.

Para Janessa, diversas são as causas que podem ser atribuídas a esse registro: “Uma das principais razões para esse caso após 40 anos sem nenhum indício de raiva canina é a falta de vacinação adequada aos animais de estimação. Antigamente, eram feitas campanhas constantes em diversos pontos locais de cada região para vacinação, hoje é menos comum, o que pode resultar em novos casos.”

A veterinária ainda aponta que a  vacina contra a raiva é altamente eficaz na prevenção da doença, no entanto, muitos tutores ainda negligenciam essa medida crucial de proteção: “Além disso, a movimentação crescente de animais entre áreas rurais e urbanas também pode contribuir para a disseminação do vírus.”

A médica veterinária traz algumas dicas de cuidados essenciais para a saúde dos pets, para evitar que novos casos de contaminações aconteçam.

Vacinação Obrigatória

Todos os cães e gatos em São Paulo e demais regiões devem ser vacinados contra a raiva. O tutor deve consultar o veterinário regularmente para garantir que o animal de estimação esteja atualizado com as vacinas.

Identificação

É essencial que o cão tenha uma identificação clara, como uma  coleira com etiqueta de identificação e microchip . Isso facilita a  localização do tutor em caso de perda.

Supervisão

É preciso evitar que o cão vagueie livremente pela rua. O tutor deve  mantê-lo sob supervisão adequada , ou usar uma coleira e guia quando estiver em locais públicos. Lembrando que os felinos também contraem a doença,  não se deve deixar que os gatos tenham acesso livre à rua.

Observação de Comportamento

O tutor deve se manter atento a quaisquer mudanças no comportamento do animal, como agressividade , salivação excessiva, dificuldade em engolir ou convulsões . Caso observe algum desses sintomas, deve consultar um veterinário imediatamente.

A raiva é uma doença de rápida transmissão, sendo crucial que os tutores e população tomem cuidado inclusive para sua saúde.

“No caso dos humanos é recomendado evitar contato direto com animais suspeitos, evitar tocar em cães ou outros bichos que pareçam estar doentes, agressivos ou que não tenham um tutor. Além disso, caso for mordido ou arranhado por algum pet suspeito de estar infectado com raiva, lave a ferida com água e sabão e procure assistência médica imediatamente. A vacinação para esse paciente ferido pode ser necessária também”, finaliza Jenessa.

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