Você pode ter ouvido falar sobre microchips para cachorros e gatos, mas sabe como eles realmente funcionam? Veterinário esclarece as principais dúvidas
É um dispositivo do tamanho de um grão de arroz que é inserido sob a pele do animal e contém um número único, que funciona como um RG, permitindo acesso a informações sobre o pet e seu responsável. Atualmente existem também os nanochips, que é uma boa opção para gatos e cães pequenos.
Marcelo Quinzani, veterinário do Pet Care e Consultor de Viagem Internacional com Pets explica que o microchip é importante em duas situações, são elas: localizar o tutor de um pet perdido e viagens internacionais - em países como EUA, todos os países da Europa, Japão, China, Austrália e Nova Zelândia, só é permitida após comprovação de vacinas e microchipagem.
É comum que pensem que o microchip funciona como um rastreador, mas isso não é verdade. O microchip serve para localizar o tutor de um animal perdido – lembrando que é necessário que se tenha um leitor próprio para isso.
O microchip é implantado entre as escápulas com o uso de uma agulha grossa. O procedimento é rápido, dura apenas alguns segundos, e é praticamente indolor. Após a colocação, o pet não sentirá incômodo e poderá seguir sua rotina normalmente.
O microchip pode ser implantado em cães e gatos de qualquer tamanho, idade, raça ou porte. Segundo Marcelo, não há contraindicações, pois "o material é inerte e o pet não terá nenhuma reação". Geralmente é aplicado a partir dos 45/60 dias de vida, junto com a primeira dose da vacina.
Após a implantação do microchip será necessário cadastrar o número em um banco de dados. O veterinário fornecerá a documentação, que é um atestado de microchipagem, e o tutor deverá acessar o sistema do fabricante do microchip com as informações em mãos. Se os dados não forem cadastrados no banco de dados, o chip não terá utilidade. E sempre que mudar de endereço, os dados devem ser atualizados.
Os dados do pet e tutor ficam armazenados em um banco de dados do fabricante do microchip. Ainda não há um banco de dados universal, embora a Abrachip tenha a proposta de unificar todos os registros em um único lugar – que devem ser cadastrados em seu site oficial.
O microchip é lido por meio de um leitor, conhecido como leitor de RFID. Para verificar o número do microchip do pet, basta aproximar o leitor da região das escápulas, como um scanner. A leitura fornece o número de identificação, para obter informações sobre o pet e dados de contato, é necessário acessar o banco de dados onde as informações foram inseridas.
O leitor de microchip deve ser compatível com o tipo de microchip utilizado, pois existem diferentes tecnologias e frequências de leitura disponíveis. O "leitor universal" é capaz de ler os microchips padrão ISO 11784/11785, os únicos aceitos para viagens internacionais.
Além de microchipar o seu pet, o uso da plaquinha de identificação também é recomendado. Nem todas as pessoas que encontram um pet na rua têm o cuidado de levá-lo a uma clínica para saber se ele tem um responsável, nesse caso a plaquinha é mais eficaz. Contudo, o pet pode perder a coleira ou a plaquinha e o microchip será a única maneira de ele ser identificado.
Não há risco algum no procedimento e o microchip dura por toda a vida do animal, não precisa ser substituído e não requer bateria, pois só é ativado pelo leitor. Infelizmente, nem todos os veterinários ou clínicas possuem leitores de microchip e ainda não existe um banco de dados único no Brasil. No entanto, quanto mais animais forem microchipados, maiores serão as chances de reencontros.
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