A depressão é uma doença psiquiátrica muito comum em pessoas, mas que também pode se manifestar nos pets , como cães e gatos. Ela pode ser desencadeada por diversos fatores externos a eles. A principal causa é a ausência do dono, como aponta a médica veterinária Ana Carla Bruscki .
Ela explica que além disso, outros fatores que venham a modificar a rotina e o relacionamento entre o animal e dono, como mudanças de hábitos, horários, novo integrante na família ou na casa podem causar ou agravar o quadro depressivo nos bichinhos.
Segundo a veterinária, a depressão nesses animais pode ser identificada por meio de alguns sinais dados pelos pets, como a apatia e a falta de apetite. Mas, fique tranquilo porque tem tratamento. Veja a seguir como identificar e curar a depressão em animais com as dicas da profissional e confira quais raças merecem uma atenção a mais em relação à doença.
Principais causas da depressão em animais
Uma das principais causas da depressão em animais é a falta do dono. Por conta do cotidiano corrido, trabalho, faculdade e outros compromissos, muitas vezes o pet é deixado sozinho em casa por bastante tempo.
A chegada de outro animal também pode ser a causa da doenças . Assim como o nascimento de uma criança. Isso porque toda a atenção que era para o único cachorro, a partir de então vai ser dividida.
Outro fatores, como mudança de hábitos na rotina, alteração dos horários de passeios e de alimentação, mudança de casa ou ambiente que o animal já estava acostumado e até perda de algum ente querido também podem levá-los ao quadro depressivo.
Durante, e também pós-quarentena, é importante que os donos ensinem e introduza os novos hábitos com muita calma e paciência, além de ficarem atentos com os sinais. Isso porque o home office, e posteriormente o trabalho fora de casa, mudam completamente a rotina dos pets, que podem vir a apresentar sinais de depressão.
Sintomas
Algumas mudanças de comportamento do animal podem apontar a doença, como lamber e morder as patas de forma excessiva. O aparecimento de dermatites, perda de peso, apatia, isolamento e distanciamento dos donos e outros animais, falta de apetite e ânimo para brincar e passear também são alguns sinais de que ele pode estar com a doença.
Tratamento
Caso seja diagnosticada a depressão em animais por um veterinário, é preciso mantê-lo ativo com brincadeiras, passeios ao ar livre, enriquecimento ambiental e adestramento.
Além de atenção, você precisa procurar um veterinário para confirmar a necessidade de prescrição de remédios e, também, a visita de um terapeuta de cães para dar as orientações necessárias.
No caso dos felinos, é bom deixá-los em locais onde possam escalar ou se esconder. Pois, quando estão depressivos podem apresentar um comportamento agressivo e miados altos e frequentes.
Remédios
No mercado veterinário existem florais, homeopatia e remédios alopáticos para depressão e outros problemas psicológicos. A consulta com um profissional da área é indispensável para uma prescrição adequada do medicamento. Além disso, os florais são menos agressivos e apresentam menores custos aos donos.
Como evitar
Prevenir sempre é melhor que remediar. Para a depressão não acontecer é preciso dar mais atenção ao pet. Levá-lo para passear e praticar exercícios pelo menos uma vez ao dia, acostumá-lo à rotina e horários do dono, enriquecer o ambiente com brinquedos e petiscos.
Muitos pets são criados dentro de apartamento. Nesse caso é necessário fazer com que ele se sinta mais animal do que humano, deixando-o roer ossos, cavando buracos na terra e sentindo cheiros e outras sensações que vão além do ambiente interno.