O inverno chegou e, com ele, o clima frio e seco. Assim como nós, nossos pets também podem ficar mais gripados nessa época do ano. Cães podem desenvolver a tosse canina , enquanto os gatos, a rinotraqueite que, se não tratada corretamente, pode resultar em sérios prolemas aos felinos. Tatiane Manzano, veterinária da Animed Hospital Veterinário, traz tudo o que você precisa saber sobre essa doença.
A rinotraqueite é popularmente conhecida como "gripe felina". É uma doença do trato respiratório superior de felinos, e causada pelo herpesvirus felino 1 (HVF-1), vírus da família Herpesviridae. Essa virose é responsável por 40 a 45% das infecções respiratórias dos bichanos e ocorre o ano todo. Porém, o clima seco exige uma maior atenção dos tutores.
Sintomas
Os sintomas são bem parecidos com os da gripe humana. Os bichanos apresentam mais comumente problemas respiratórios e oculares, ou seja, costumam ter secreção ou corrimento nasal e ocular, inflamação dos olhos, espirros e as vezes tosse. Outros sintomas, como anorexia (perda do apetite), febre, e desânimo também costumam estar presentes.
A veterinária ainda atenta que em alguns filhotes, que são mais suscetíveis à doença, o quadro pode ser ainda mais grave, causando pneumonia e, em certos casos, levar à morte. Sinais clínicos menos frequentes são: quadros de lesões da cavidade oral, dermatites e úlceras de pele, além de problemas neurológicos.
Transmissão
O vírus da Rinotraqueíte Felina é transmitido facilmente, sendo considerado altamente contagioso. Os gatos podem se contaminar com um simples contato com secreções ou objetos (camas, comedouros e bebedouros, caixa de areia) de um outro felino infectado.
O tempo que leva desde o contato com o vírus até aparecerem os primeiros sintomas é de cerca de duas semanas. É importante o tutor ficar atento, pois, o animal que transmite nem sempre fica doente, isto é, alguns gatos podem ser contaminados sem apresentar sintomas e seguir transmitindo a gripe para outros animais.
É importante ainda ressaltar que os felinos não podem transmitir a doença aos humanos, nem para outras espécies de animais.
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Tratamento
Pelo fato da doença ser causada por um vírus, o tratamento é feito através de medicamentos para aliviar os sintomas, como: uso de antitérmicos para febre, analgésicos para dor, corticóides, vitaminas para estimular o apetite, inalação e às vezes colírios, lembrando que sempre, acompanhados de um médico veterinário.
"Vale lembrar que carinho e descanso são sempre bem vindos quando falamos de recuperação dos animais de estimação", explica ainda, Tatiane.
Prevenção
A doença pode ser prevenida pelas vacinas quadrupla ou quíntupla felina. O reforço da vacinação deve ser realizado todo ano, principalmente em casos de animais com maior risco de exposição ao vírus (bichanos com acesso à rua ou em abrigos). Além disso, animais contaminados devem ficar em quarentena, para que não transmitam o vírus a outros felinos.