Assim como os humanos, cães também podem desenvolver doenças ao longo de sua vida. Muitas delas são conhecidas pelos donos, mas algumas podem ser mais silenciosas e passarem desapercebidas até se tornarem graves. Por isso, a veterinária Thais Matos, da DogHero, listou 5 dos problemas mais comuns que os cachorros podem.
Doença do carrapato
A erliquiose e a babesiose, que são as formas mais conhecidas da doença do carrapato, são muito comuns e podem ser letais para o pet. A melhor prevenção para essa doença são as vacinas e os repelentes dos vetores, que são carrapatos infectados com o parasita.
"Caso o cãozinho apresente febre, falta de apetite e perda de peso, o tutor deve procurar um veterinário e realizar o exame de sangue. Quanto mais cedo descobrir a doença, mais chances de sucesso no tratamento", diz Thais.
Dermatite
Esse problema pode ser causado por diversos fatores e acontece, principalmente, em cães de pelagem longa, como Golden Retriever e Border Collie. Dentre os sintomas, estão: perda de pelo, coceira, vermelhidão na pele, lambidas e mordidas no lugar afetado, inchaço e pele seca.
O tratamento pode ser de remédios via oral ou injetáveis, em alguns casos até tópicos, como pomadas e sprays.
Otite
Muito comum em cachorros com orelhas caídas, a otite é causada por bactérias que ficam acumuladas no canal auditivo por causa da umidade e cera presente no local. Fungos, parasitas e ácaros também podem causar esse problema no ouvido dos cães principalmente das raças beagle, basset, daschunds. Pets com essa doença apresentam coceira, feridas na parte de trás da orelha, cera escura e com cheiro forte e vermelhidão.
Para cuidar da doença, o veterinário irá receitar o medicamento adequado de uso tópico, e ensinará o tutor a higienizar a região corretamente. "Para prevenir a otite canina, os pais e mães de cães de orelhas caídas devem sempre higienizar a orelha, pelo menos uma vez por semana, e caso o animal tenha pelos longos, é recomendado sempre apará-los", explica Thais.
Parvovirose
Potencialmente mortal, a parvovirose é causada por um vírus que está presente nas fezes e vômitos de cães infectados, que entram em contato com animais saudáveis contagiando-os. A doença aparece de duas formas: atacando o coração ao causar uma miocardite aguda e, em geral, é responsável por morte súbita em filhotes, e via gastrointestinal grave.
Os sintomas são febre, letargia, vômito, diarréia, falta de apetite, hipotermia, taquicardia, desidratação, perda de peso e fraqueza. Para ser tratada com chances de sobrevivência do cão, é preciso identificar o problema logo. Para prevenir a doença, basta vacinar seu pet com a V8 ou V10 canina. "É essencial manter o local que o animal vive sempre limpo com água quente, água sanitária e sabão. Além da higienização correta dos brinquedos e objetos do cãozinho em água fervente", completa a veterinária.
Obesidade
Um grande agravante da obesidade canina é o dono do animal, que provavelmente está alimentando o pet de forma incorreta. Alguns cães têm predisposição ao aumento de peso, principalmente fêmeas castradas e, por isso, os tutores devem sempre estar de olho no peso e na quantidade de comida que o animal está ingerindo e a frequência de exercício físico que o cachorro faz.
Raças como Akita, Beagle, Buldogue inglês e francês, Dachshund, Labrador, Pug e Rottweiler são as que mais têm chances de ficarem obesas. "O recomendado é evitar o máximo de petiscos industrializados, pois eles são ricos em gorduras e carboidratos, pobres em nutrientes e tiram o apetite para a ração equilibrada. O ideal é que o tutor opte por petiscos naturais, recomendados por um especialista", finaliza Thais.