Em alguns períodos do ano e dias esporádicos, as temperaturas aumentam por causa da incidência mais forte do sol.  Os animais gostam de ficar na varanda, recebendo os raios solares no corpo e se esquentando. Apesar de estarem habituados com isso, exposição em excesso pode acabar causando uma insolação. 

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A hipertermia é o termo utilizado para descrever o aumento da temperatura corporal dos bichinhos. Se o cão ou o gato ficar exposto a um ambiente muito quente, o esgotamento e a insolação podem levar a hipertermia. Esse problema é bem grave e os donos precisam ficar atentos quando as temperaturas se elevam.

Por que a insolação é tão grave?

Os animais, diferente dos humanos, não possuem glândulas sudoríparas, ou seja, não suam através da pele como acontece com os humanos. Por isso é muito difícil para eles liberar o calor acumulado. Os cães e os gatos, por exemplo, suam através das almofadas dos pés e pela respiração ofegante do nariz. 

Os animais não suam como os humanos, então tem dificuldades para eliminar o calor acumulado
reprodução shutterstock
Os animais não suam como os humanos, então tem dificuldades para eliminar o calor acumulado

O problema é que esses meios não são suficientes para diminuir a temperatura no caso de insolação. Isso faz com que o calor interno aumente e o organismo não consiga diminuir a temperatura por si só. 

A temperatura corporal normal dos pets é entre 37-38º C. No caso de uma insolação moderada, a temperatura não passa dos 40 ou 41º C. Se o animal receber os primeiros socorros e for atendido rapidamente por um veterinário, as chances de recuperação são altas. Em situações mais extremas, quando a temperatura passa dos 41º C, a assistência médica deve ser urgente ou a insolação poderá ser fatal. 

O grande problema dessa condição é que os donos demoram a detectá-la. Por isso, é importante saber reconhecer os sinais para prevenir, impedindo que a insolação aconteça. Quanto mais demorado for o atendimento, menores são as chances de recuperação. 

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Sinais de insolação

A primeira coisa que dono deve fazer é perceber se o pet fica muito tempo exposto ao sol. Isso não significa que ele está com insolação, mas pode vir a acontecer. Depois, comece a perceber se o pet age de maneira diferente, como ofegar excessivamente, respirar muito rápido, a língua começar a ficar da cor vermelho vibrante, a saliva pegajosa, demonstrar enjoos, vômitos e diarreia aparecem, tremores musculares e cambaleia, ritmo cardíaco elevado e dificuldades digestivas. Tudo isso fará com que o animal fique fraco e preguiçoso.

Se você tem raças braquicefálicas, como Pug, Boxer e Buldogue, cães de pelo longo ou aqueles que provêm de climas frios, como Husky Siberiano, São Bernardo e Samoieda, atenção! Esses pets sofrem bastante com insolação e os cuidados devem ser redobrados. 

O mesmo vale se você tem cão ou gato obeso, filhotes ou em idades avançada. Todos têm dificuldades de regular a temperatura de forma apropriada, sendo mais suscetíveis a hipertermia. 

Primeiros socorros

Se perceber que seu animal está sofrendo de insolação, o primeiro passo é tirá-lo da área de calor. Você deve ir imediatamente ao veterinário, mas antes é importante realizar os primeiros socorros para abaixar a temperatura corporal.

Se notar que seu pet esta com insolação, realize os primeiros socorros e leve-o ao veterinário
reprodução shutterstock
Se notar que seu pet esta com insolação, realize os primeiros socorros e leve-o ao veterinário

Com muita delicadeza, pulverize água em temperatura ambiente (para não causar choque térmico) com um spray ou aplique compressas entre 10 e 15 minutos na cabeça, pescoço, ventre, peito e patas. No caso de filhotes e idosos, utilize água morna. Cheque se há feridas pelo corpo e, caso tenha, envolva-as com um pano suave e molhado. Também funciona colocar um ventilado para circular o ar em torno do animal. 

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O retorno da temperatura normal será progressivo. Se ela diminuir de repente fique atento, porque não é um bom sinal. Assim que o pior passar, leve o animal para o médico. Ele determinará o tipo de tratamento de acordo com a gravidade do problema e do dano causado ao corpo pela insolação. Se não existir um procedimento específico, o profissional tentará minimizar os sintomas. 

Tratamento em casa

No melhor dos quadros, o animal ficará bem e poderá voltar para casa. Você deve seguir as dicas dadas pelo veterinário para continuar o tratamento. Além disso, existem algumas medidas que podem ser tomadas para ajudar o bichinho. 

Não deixe o animal no quintal ou varanda durante os primeiros dias. Ele ainda esta sensível e é melhor evitar o contato direto com o sol. Pode ser uma boa ideia manter o ventilador ligado no cômodo que o pet estiver para manter a temperatura amena. 

É importante fazer com que ele beba água para se manter hidratado. Se notar que está se recusando, umedeça a boca dele, mas sem o obrigar a beber. Ligue para o veterinário e avise da situação. 

Nesse período, é importante comprar um termômetro para animais. É uma maneira de monitorar a temperatura e ver se ela está voltando ao normal. Se o tratamento não resolver e o corpo não estiver resfriando, leve-o novamente ao médico.

Evite que seu animal fique muitas horas exposto ao sol nas estações mais quentes
reprodução shutterstock
Evite que seu animal fique muitas horas exposto ao sol nas estações mais quentes

Prevenindo a insolação

A melhor maneira de evitar a insolação é prevenindo-a. Por isso, nas épocas mais quentes, deixe sempre água fresca à disposição do bichinho. Coloque a caminha ou casinha numa zona fresca e arejada da casa, assim, quando se sentir saturado do sol, sabe que existe um local onde tem sombra. 

Evite que o animal tenha acesso aos raios solares durante as horas de mais calor, entre 12h e 17h. Faça os passeios somente na parte da manhã ou final da tarde. Jamais deixe seu companheiro fechado em carros exposto ao sol e nem em espaços quentes sem ventilação. Por fim, se tiver um cão, aproveite essa época para tosar o pelo. 

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Seguindo essas pequenas dicas, dificilmente terá que se preocupar com insolação. Apesar disso, não deixe de ficar de olho e agir rapidamente se alguns dos sintomas surgir.

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