Logo quando uma pessoa adota um cachorrinho, deve dar todas as vacinas e garantir um ambiente saudável e bem higienizado para não ter doenças. Porém, nem sempre apenas essas medidas são suficientes e o animal pode ter problemas de saúde não contagiosos, mas bem graves - como é o caso da leucemia, um tipo de câncer que afeta o sangue .
A principal questão é: como identificar a doença? Afinal, esse tipo de enfermidade surge de forma silenciosa e só costuma se manifestar em estágios avançados, assim como em seres humanos. Por isso, é importante saber o que fazer em uma situação dessas e como funciona o tratamento. Confira tudo sobre a leucemia em cães e não esqueça de estar sempre de olho na saúde do pet.
O que é leucemia?
A leucemia linfoide atinge os glóbulos brancos ( leucócitos ) do sangue de forma a aumentar seu número significativamente. A medula óssea fica carregada de células jovens anormais. É uma doença bastante grave e não tem uma causa aparente - o que dificulta sua identificação por parte do tutor. Todas as raças estão suscetíveis à essa complicação.
Costuma afetar muito mais os cães ainda jovens, assim como no caso de humanos os bebês e crianças são os mais prejudicados pelo problema. Normalmente, as células hematopoiéticas (do sangue) produzem glóbulos brancos, vermelhos, eritrócitos, plaquetas, neusófilos, mastócitos e macrófagos.
Há, ainda, um tipo de leucemia chamada mieloide, mais comum em cachorros idosos e adultos. Ela prejudica as células mieloides, também chamadas de glóbulos brancos. Assim como no caso da linfoide, pode surgir na forma aguda ou crônica.
Quando tem essa doença, o animal fica com a imunidade baixa e suscetível a pegar infecções. Por isso, deve ser mantido em ambientes bem higienizados e evitar o contato com outros animais - em especial se eles também estiverem enfermos.
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Apesar de não se saber a origem da doença, estudos mostram que uma alteração no DNA pode ser a responsável pela anomalia e formatos estranhos das células. Substâncias cancerígenas e exposição à radiação são possíveis fatores de risco para a saúde do pet. Por isso, apesar de em alguns casos os exames como tomografia ou raio X serem necessários, de certa forma o acúmulo dele ao longo da vida não é saudável.
Sintomas da leucemia em cães
A leucemia não é tão silenciosa, o que a torna mais fácil de identificar. Tem alguns sintomas típicos, como a fraqueza, dor nas articulações, febre , gânglios inchados (linfonodos), perda de peso e de apetite.
As gengivas ficam sem cor, esbranquiçadas e com aparência ruim. Hemorragias e o aumento do volume de alguns órgãos como fígado e baço são comuns. Também apresenta o coração acelerado e respiração ofegante ou dificuldade de inspirar e soltar o ar.
As lesões na pele também podem aparecer e dependendo de quanto o cachorro emagrece ele chega à anorexia. Em casos ainda mais graves ocorre vômito
e diarreia
.
Para evitar que o pet fique desidratado nessa situação é essencial sempre manter o bebedouro dele cheio e com água fresca.
É comum o cachorro ficar bastante abatido, sem energia e apático a tudo à sua volta. Se perceber que ele não quer mais brincar, está com o sistema imunológico perturbado, leve-o em um veterinário imediamente.
Diagnóstico
Só o médico pode fazer uma avaliação correta do animal e dizer qual o quadro de saúde dele. Mas só isso não é suficiente, precisa de exames laboratoriais sanguíneos para se obter o número de leucócitos presentes na corrente sanguínea. Se estiver muito acima do normal, ele está doente.
Também algumas radiografias abdominais, do baço e do fígado, são solicitadas em certos quadros. Se estiver desconfiado de que é câncer, o médico vai pedir biópsias (amostras) das células do animal, um teste preciso, mas dolorido para o animal e o qual exige anestesia. Normalmente a amostra da medula é retirada da região do quadril.
Além disso, o tutor deve saber todo o histórico de saúde do animal para informar o médico. Dependendo do tipo de problema que ele já teve, pode ser determinante para diagnosticar a leucemia.
Por isso, tenha em mãos sempre a carteirinha de vacinação do pet e o histórico de exames e consultas ao veterinário.
Como tratar a leucemia?
A parte principal dessa doença é o tratamento , que sem dúvida deve ser feito com cautelo e investimento. É preciso muito amor, atenção, tempo e dinheiro quando um cão está doente. Ele precisa muito do dono e de todos os cuidados possíveis - então se o cachorrinho fica muito tempo sozinho em casa, sem companhia, talvez seja hora de repensar essa situação.
Basicamente o animal será tratado com sessões de quimioterapia e receberá alguns medicamentos para ajudar a amenizar dores e possíveis sintomas, como os citados acima. O acompanhamento com o médico veterinário deve ser constante para acompanhar de perto o caso.
O ideal é buscar um profissional especializado em oncologia, área sobre câncer, para ter um tratamento ainda mais profundamente.
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Há prevenção?
Não tem exatamente como evitar essa doença - até por ser difícil identificar o que a causa. Mas o tratamento tem muito mais sucesso quando a leucemia em cães é descoberta ainda nos primeiros estágios. Isso significa que o ideal é levar o pet pelo menos uma vez a cada dois meses ao veterinário, para fazer check-up e se necessário exames.
Às vezes ele está doente e o tutor não sabe pelo fato de não demonstrar sintomas aparentes, ainda. Então nada melhor do que um profissional especializado para identificar a leucemia em cães. Observe o pet sempre dentro de casa e se tiver mudanças bruscas de comportamento e apresentar qualquer um dos sintomas, não hesite em procurar ajuda médica.