O coelho costuma ser aquele animal de estimação adotado por pessoas que buscam um companheiro fofinho e de pequeno porte. Quando se tem pouco espaço em casa para abrigar um animal,  este pode ser uma boa escolha - afinal sempre há um cantinho para abrigar ele e sua gaiola. 

Esses coelhos fofos vão te inspirar para a Páscoa
Reprodução/ Redes Sociais
Esses coelhos fofos vão te inspirar para a Páscoa

Mas, depois que já se tem um coelho em casa, é necessário ter uma série de cuidados e aprender a criá-lo da melhor forma . Isso evita problemas de saúde e complicações entre tutor e pet. Porém, também é importante saber quais as principais doenças que atingem esse animal, como previni-las e quais os possíveis tratamentos.

Conjuntivite

conjuntivite afeta os coelhos ainda filhotes, na maioria das vezes, e essa inflamação nos olhos os deixam bem inchados e quase fechados. Além disso, ficam cheios de um líquido amarelo e seroso, como se fosse uma remela contínua; ao escorrer, ele endurece rapidamente e fica grudado na pele. A infecção acaba retirando o brilho dos olhos, que aos poucos fica opaco, caracterizando o quadro de queratite.

Esse problema é desencadeado geralmente pelo forte cheiro do amoníaco presente na urina e das fezes do animal. A falta de higiene e de cuidados com o bichinho são também responsáveis por isso. Para tratar, é necessário limpar bem a região e levar o pet com urgência ao veterinário. 

Sarna auricular

Essa doença é causada por dois parasitas que ficam dentro do ouvido do coelho, em uma parte profunda da pele. É comum entre esses animais devido ao fácil contágio.

Os sintomas são: irritação forte no interior do ouvido, inflamação e formação de uma secreção espessa, serosa e amarelada. Aos poucos vai engrossando cada vez mais e torna-se uma crosta, grudando na pele e fechando totalmente o ouvido do animal. Quando está em um estágio avançado, apresenta pus, sangue e mau cheiro. A reação natural do bicho é coçar a região com as patas constantemente. 

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Esses coelhos fofos vão te inspirar para a Páscoa

O tratamento apropriado envolve a limpeza do ouvido. Com o uso de uma pinça é póssível retirar as partes endurecidas da secreção. Em alguns casos é indicado o querosene para amolecer e facilitar o trabalho, mas somente um veterinário pode recomendar a melhor solução. Há no mercado pet sprays sarnicidas, ou seja, próprios para combater esse problema - outro produto que deve ser consultado com um especialista.

Para previnir é necessário fazer a higiene cotidiana, em especial nas coelheiras e onde houver uma grande quantidade de animais. Se um deles estiver doente o ideal é separá-lo para não contagiar e desinfetar a gaiola que ocupa. O pet deve ser examinado por um médico com certa frequência e, por prevenção, dar uma aplicação mensal de sarnicida.

Torcicolo

Também chamado de pescoço torto, essa complicação é muito comum em coelhos e causa uma torção total da cabeça para um lado só. É como se os músculos estivessem contraídos constantemente e o animal passa a ter dificuldade para andar, ao tentar se mover começa a girar sempre na mesma direção.

As causas podem estar atreladas tanto à falta de vitamina B na alimentação do pet, quanto à uma consequência da sarna auricular. É necessário verificar com o veterinário o que pode ter ocasionado e quais os possíveis tratamentos.

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Coriza

A coriza acomete mais as coelheiras e pode ocorrer em qualquer época do ano. É caracterizada por uma abundante secreção da mucosa do nariz, inodora e aquosa, e espirros constantes. O animal faz de tudo para coçar a região com as patinhas dianteiras. 

Pode ser benigna ou infecciosa. A segunda, considerada grave, aparece mais em casos de infecção geral ou lesão nos pulmões. Passados dois ou três dias, provoca falta de apetite, deixando o pet enfraquecido, apático e com os pelos arrepiados - ao contrário da primeira que normalmente só gera secreção. 

Conheça as principais doenças que atingem o coelho
Reprodução
Conheça as principais doenças que atingem o coelho

Se não for tratado a tempo, o problema pode evoluir para um corrimento aquoso nos olhos e um espessamento da secreção do nariz, correndo o risco de obstruir as narinas e asfixiar o pet.

Ambientes expostos ao sol, à chuva ou ao excesso de umidade são mais propícios para o animal desenvolver a coriza, assim como as mudanças bruscas de temperatura. Da mesma forma, a má alimentação, falta de higiene e até a poeira são possíveis desencadeadores.

Por isso, o ideal é manter o bichinho sempre em local arejado, mas fechado e longe do vento, além de garantir uma dieta rica em vitaminas A e D, além de grãos e sais minerais.

Mixomatose

Essa enfermidade é considerada uma das graves para o coelho. Os sintomas envolvem corrimento nasal progressivo, olhos congestionados e inflamados e aos poucos surgem tumores no nariz,  nos lábios e na base da orelha; a cabeça fica bem inchada.

Depois de certo tempo, os tumores espalham-se em grande quantidade pelo ânus e região genital. Estes apresentam um líquido rosado quando abertos. Pode apresentar uma febre rápida, perde peso e, se não cuidado, morre entre 4 e 8 dias. 

Já há vacina para prevenir essa doença e o melhor, no caso de já ter a doença, é buscar um médico imediatamente e encontrar o tratamento mais eficaz.

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Cocciose Hepática

Esse problema de saúde costuma atingir vários coelhos de uma vez. Atinge de preferência animais entre 2 e 4 meses; os adultos que têm a doença são mais resistentes e sobrevivem, mas vão sempre carregar em seu organismo o micróbio da cocciose, eliminado em suas fezes. Por isso, a contaminação é rápida e fácil, por meio de água, alimentos e até o mesmo ambiente em que vivem outros coelhos. 

Demora de 3 a 4 dias para esse microrganismo começar a transmitir a moléstia aos animais saudáveis. Antes disso, o contato com ele ainda não caracteriza doença. 

Se você desconfia que o pet está doente, observe os seguintes sinais: falta de apetite, apatia, desânimo, diarreia, pelos arrepiados, ventre inchado. Dependendo da gravidade é possível ocorrer convulsões e paralisia das patas.

O diagnóstico é dado por meio de exames laboratoriais e os animais doentes devem ser isolados do restante. Para evitar essa complicação as coelheiras devem ser limpas diariamente e desinfetadas, instaladas em locais secos e amplos, sem excesso de umidade ou calor - fatores propícios para o desenvolvimento de microrganismos. Deve haver uma tela no fundo da gaiola para separar os excrementos do contato com o coelho. 

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