Realizar a castração de animais domésticos, como cães e gatos, é recomendado por muitos protetores de animais e por médicos veterinários, pois o procedimento evita questões como a superpopulação de animais abandonados e também ajuda a prevenir uma série de doenças.
A castração é segura para cães e gatos, machos ou fêmeas, mas também requer certos cuidados específicos que os tutores devem levar em conta, como a idade do animal, estado de saúde e cuidados pré e pós operatórios para os pets machos ou fêmeas.
Para cuidados essenciais com cães e gatos, incluindo cirurgias de emergência, os tutores podem contar com a ajuda e segurança do iG Pet Saúde, o plano de saúde do seu pet.
Idade certa para castrar
Ao Canal do Pet, a médica veterinária Priscila Brabec explica que, para as fêmeas, estudos mostram que as chances de uma cadela desenvolver um tumor de mama é de 0,5% se for castrada antes do primeiro cio e de 9% paras as gatas.
“Recomenda-se, de forma geral, que a castração seja realizada entre o primeiro e o segundo cio, mas cada caso deve ser discutido com o médico-veterinário, a fim de avaliar os benefícios para cada paciente”, diz.
Priscila alerta que a história conhecida de que cadelas e gatas precisam ter ao menos uma cria antes de castrar não passa de um grande mito e acaba gerando crias indesejadas que, muitas vezes, acaba em abandono de filhotes.
“Além disso, diferentemente do que é observado em mulheres, a amamentação não previne o tumor de mama em cadelas e gatas e ter uma cria não tornará a fêmea mais saudável”, diz.
No caso dos machos, a castração poderá ser feita próximo aos seis meses de vida, de maneira geral, após concluir o esquema vacinal do animal.
Não existe uma idade máxima para a castração, contanto que o animal esteja em boas condições de saúde, segundo o médico veterinário responsável. Importante para quem adota animais já adultos ou mesmo idosos.
O que ter em mente antes de castrar o pet
A castração é um procedimento cirúrgico, a veterinária alerta que é importante que o tutor tenha isso em mente e esteja disposto a cuidar do pet, macho ou fêmea, de forma mais ativa nos dias seguintes ao procedimento.
“As fêmeas tendem a ter um pós-cirúrgico um pouco mais prolongado do que os machos, levando sempre em conta que os procedimentos são diferentes, mas os machos também precisam de cuidado”, explica.
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A diferença entre os procedimentos
A cirurgia realizada cadelas e gatas é por meio de um corte feito na região abdominal, para que seja possível alcançar o útero e os ovários, que serão retirados no procedimento. É uma cirurgia com caráter mais invasivo do que a realizada em animais machos.
Para os cães e gatos, o acesso é feito diretamente pela bolsa escrotal, tendo os dois testículos retirados. “Em alguns casos em específico, quando um ou ambos os testículos não desceram pelo canal inguinal, pode ser realizado um procedimento semelhante ao da fêmea, mas não é a maioria dos casos”, esclarece a veterinária.
A castração na prevenção de doenças
Priscila explica que, no caso das fêmeas, a castração auxilia a prevenir o tumor de mama e também tumores de útero e ovário, já nos machos ajuda na prevenção de câncer de próstata e testículos.
“Isso devido à redução de estímulo de produção de hormônios que podem contribuir para o aparecimento desses tumores”, explica.
Os cuidados após a cirurgia
Com o animal já castrado e de volta para a casa do tutor, é importante que todas as prescrições passadas pelo médico veterinário sejam seguidas à risca, respeitando os horários para as medicações e a limpeza correta do local do corte cirúrgico, além de ser necessário o uso da roupinha cirúrgica por alguns dias.
“Da mesma forma, como são procedimentos cirúrgicos e que leva um determinado tempo para que haja a cicatrização total do local, é recomendado evitar esforços por parte do pet, como subir em móveis altos, subir escadas ou realizar passeios prolongados na rua. É um pós-cirúrgico, então repouso é essencial”, alerta a veterinária, que lembra que o tutor deve retornar ao veterinário na data estipulada, para que o profissional possa avaliar a cicatrização e retirar os pontos.
Caso o animal apresente alguma condição que requeira cuidados diferenciados, o médico veterinário responsável irá conduzir o tutor para que realize os cuidados específicos para as necessidades do pet.
O procedimento cirúrgico para cães e gatos é essencialmente o mesmo, valendo para machos e fêmeas.