É muito comum pessoas quererem adotar um animal de estimação e buscar uma companhia quando se sentem solitárias. Normalmente, os bichos mais adotados são cães e gatos, famosos por serem ótimos animais domesticados. Porém, o que pouca gente sabe é que o periquito, uma pequena ave, é considerado o terceiro mais presente nas casas ao redor do mundo.
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O periquito é na verdade um papagaio de pequeno porte e tem hábitos muito parecidos com o desta outra ave. No geral é prático de cuidar e costuma ser amigável e adora a companhia de humanos - apesar de haver diferentes espécies de periquito , os quais têm personalidades variadas. O mais comum é o australiano e vários lares brasileiros já o tem por perto.Mas uma das principais dúvidas de quem quer adotá-lo é: como cuidar e criá-lo dentro de casa? Entenda, então, quais as principais necessidades dessa ave e pense nela quando for ter um bichinho.
É permitido ter em casa?
Apesar de algumas espécies de aves dependerem da permissão do IBAMA para viver em cativeiro, o periquito australiano não pertence a essa lista, por ser propriamente doméstico, assim como canários e calopsitas .
No entanto, de acordo com a Lei 5197 , Art. 1º, "os animais de quaisquer espécies, em qualquer fase do seu desenvolvimento e que vivem naturalmente fora do cativeiro, constituindo a fauna silvestre, bem como seus ninhos, abrigos e criadouros naturais são propriedades do Estado, sendo proibida a sua utilização, perseguição, destruição, caça ou apanha".
Ou seja, se o objetivo do criador for comercializar e, dependendo do caso, criar uma ave em cativeiro é um crime ambiental - exceto no caso do australiano especificamente. No caso de papagaios, por exemplo, é necessário um registro no IBAMA (Instituto Brasileiro de Animais e Meio Ambiente), responsável por fiscalizar todo processo de compra e doação.
Como e onde adotar um periquito
O ideal é encontrar essa ave em um criadouro já conhecido e onde o bichinho seja bem tratado ao nascer. Não se deve tirá-lo da natureza nem fazê-lo sofrer se ele já estiver acostumado ao ambiente silvestre. Muitos estabelecimentos vendem esses pequenos pássaros e contêm todos os utensílios necessários para seu bem-estar.
Antes de escolher um, analise a personalidade da espécie e se você tem tempo, espaço e dinheiro suficiente para manter um bichinho em casa. Apesar de não precisar de tanta atenção quanto um cachorro, ele também demanda cuidados e um tutor carinhoso.
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Preparação da casa
Esse animal deve viver em um ambiente tranquilo, sem muito barulho, já que precisa descansar bem durante a noite. Tem hábitos diurnos e durante o dia aproveita para buscar alimentos para seus filhotes, no caso de viver na natureza.
Gaiola : a gaiola deve ser de preferência feita de arame e pequena para não se sentirem isolados. Deve conter poleiros proporcionais aos pés da ave, a fim de poder se movimentar, e vasilhas de água e comida. O ideal é haver uma grade separatória no fundo para o bicho não ter contato com as próprias fezes.
Porém, a estrutura do viveiro vai depender da personalidade da ave. Se for mais arisca deve ser totalmente fechada, para evitar fugas. Se for manso, pode ter aberturas nas laterais e na parte de cima, assim ele terá mais liberdade e poderá sair da gaiola em alguns momentos do dia para se exercitar.
Principais cuidados
Normalmente esses bichinhos fazem uma certa bagunça em sua gaiola. Por isso, ela deve ser limpa diariamente, para retirar restos de alimentos e fezes, e o fundo lavado em dias intercalados. É interessante uma vez por mês tirar o pássaro da gaiola e desinfetá-la por inteiro.
A ave não precisa exatamente de banhos, mas é interessante deixar uma pequena banheira de água no viveiro para ela se molhar quando quiser. Até porque, essa é uma forte característica nos pássaros.
A água da vasilha e a da banheira precisam ser trocadas todos os dias para evitar o acúmulo de bactérias e o desenvolvimento de doenças. Além disso, sempre que ele terminar de beber, encha novamente o pote para não deixá-lo desidratado.
Para apresentar boa saúde, as penas do pássaro devem estar brilhantes, narinas secas, sem qualquer secreção, estar sempre alerta e sociável. Sonolência excessiva, penas quebradiças e caindo muito, chiado na respiração e bicos, unhas e pés com escamação podem indicar problemas de saúde .
O que ele come?
A alimentação do periquito não exige muito do tutor. Costuma comer verduras, como almeirão, rúcula, brócolis, chicória ou espinafre, além de grãos do tipo painço e níger. As frutas mais recomendadas são pêra, maça, banana e até goiaba. O australiano não gosta muito da poupa da fruta em si, preferindo suas sementes - mas se o tutor puder evitar dá-las é mais saudável.
Como a ave vive em cativeiro, também é possível oferecer ração - porém deve ser específica para esse bicho. O ideal é comprar as empacotadas, vendidas em estabelecimentos próprios para animais. Comida a granel não é recomendada, à medida que pode estar misturada com de cachorro e gato, as quais fazem mal ao periquito.
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O abacate é considerado um veneno para pássaros, já que solta o intestino e causa diarreia em alguns casos.
Apesar de a dieta de aves à base de semente de girassol ser comum, elas podem intoxicar o bicho e causar sérios problemas de saúde a longo prazo.
Qualquer tipo de carne também está proibida, além de tomate, alface e alimentos cozidos.
Agora que você já sabe tudo sobre como cuidar de um periquito, basta adotar um e estar preparado para receber um bichinho amigável e muito lindo!