São muitas as histórias em que cachorros aparecem como grandes heróis após tomarem atitudes que salvaram vidas. Seja ao notar que a algo está errado, como o início de um incêndio em casa, ou ao perceber que alguém da família está passando mal.
Alguns cães são, de fato, treinados para agir em casos específicos, como os famosos cães de serviço, mas em muitos casos se trata apenas do instinto que os animais têm em perceber situações de potencial perigo.
Como explica o comportamentalista canino Eduardo Carmo, os cães têm o que são chamados de “instinto de luta” e “instinto de luta” – natural em todos os animais -, e esses instintos ajudam que o cão perceba situações em que ele esteja correndo algum perigo.
“Quando o cão está em casa deitado e ao lado, na rua, estouram fogos. O cão vai ouvir aquilo e imediatamente o cérebro dele vai mandar que ele corra e se esconda. Em alguns casos o cão também pode ir para cima e latir para o causador desse barulho. Esse é o instinto de luta e fuga”, explica Eduardo ao Canal do Pet.
Segundo o comportamentalista, os cães podem reagir diretamente à potenciais situações de perigo ao serem condicionados para isso, chamado de “comportamento alelomimético”, que é o aprendizado por meio da observação.
Os cães podem aprender ao observar outros cães ou até mesmo observando os tutores. “Muitas vezes observando um ser humano fazendo um mesmo movimento repetidas vezes em uma determinada situação, o animal irá aprender. É o que chamamos de condicionamento clássico”, diz o comportamentalista.
Além desse aprendizado mais espontâneo, os animais também podem ser treinados especificamente para lidar com situações de risco, como os cães que cuidam de pessoas com necessidades especiais, como os cães guia, de acompanhamento e terapeutas. Eduardo diz que esse é o comportamento operante, que é quando “o cão é treinado para identificar qualquer situação na qual precise chamar a atenção de alguém, até mesmo acionar algum alarme. E isso ele faz de acordo com o treinamento”.
Parece cena de filme
Existem situações cotidianas em que os animais agem de forma semelhante aos cães treinados pelo condicionamento operante, sabendo exatamente a hora de buscar ajuda.
Um Pitbull chamado Cosmo conseguiu ajuda para o tutor durante uma emergência médica. Ou Henry, um Boston Terrier, que salvou a vida da filha recém-nascida dos tutores, ao ser o primeiro a notar que a criança estava com dificuldades para respirar.
Uma cadela chamada Sadie arrastou o tutor, qua havia sofrido um derrame, até o celular para que ele pudesse ligar para a emergência. Algo semelhante também acontece com os felinos, como o gato chamado Oggy, que ajudou a tutora a identificar um câncer de mama.
Para o comportamentalista, esses atos dos animais são realmente pouco explicáveis e não se sabe ao certo como ou por que. “São seres individuais e evoluídos. São cães que, de fato, não se entende como ou porque eles conseguem identificar essas situações de perigo”, diz.
Para André, por mais que os cães sejam classificados como seres “irracionais”, eles racionalizam e são verdadeiramente especiais.
“Eles têm alma e estão muito conectados com os seres humano há mais de 15 mil anos, então nós temos que realmente admirá-los por isso”, completa.
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