
O envelhecimento canino exige mudanças no ambiente doméstico para garantir segurança e conforto. Com a idade, cães podem desenvolver dificuldades de locomoção, sensibilidade ao frio e maior risco de quedas. Pequenas adaptações no lar podem fazer toda a diferença na qualidade de vida do pet.
Pisos, escadas e móveis: os principais riscos
Pisos lisos, como cerâmica e porcelanato, tornam-se perigosos para cães com artrose, artrite ou fraqueza muscular. Tapetes antiderrapantes em áreas de circulação ajudam a evitar escorregões. Escadas e degraus também exigem atenção — portões de segurança, semelhantes aos usados para bebês, podem prevenir acidentes.
Móveis com quinas afiadas representam outro risco, especialmente para cães com visão comprometida. A dica é reposicionar esses objetos ou utilizar protetores de silicone para reduzir impactos.
Conforto sem grandes reformas
Nem todas as adaptações exigem obras. Substituir a cama comum por uma ortopédica, por exemplo, alivia a pressão nas articulações. Modelos com revestimento térmico são ideais para proteger do frio. Comedouros elevados facilitam a alimentação, evitando desconforto no pescoço, e espalhar potes de água pela casa incentiva a hidratação.
Mobilidade e acompanhamento veterinário
Para cães que ainda desejam subir no sofá ou na cama, rampas ou escadas com apoio lateral podem ser úteis. O treino com reforço positivo — como petiscos e elogios — ajuda o animal a se adaptar.
No entanto, essas mudanças devem ser acompanhadas por um veterinário, que pode identificar condições como a Síndrome de Disfunção Cognitiva (equivalente ao Alzheimer em humanos), que afeta cerca de 30% dos cães acima de 11 anos, segundo estudo do Journal of Veterinary Behavior (2012).
Além disso, uma dieta balanceada, com proteínas de alta digestibilidade e antioxidantes, é fundamental para a saúde do pet idoso. Com esses cuidados, é possível proporcionar bem-estar e segurança em todas as fases da vida do animal.
Com informações de reportagem do iG publicada em 17/02/2025