Bobi, o cachorro português que ficou conhecido após conquistar o título de “o cão vivo mais velho do mundo” , pelo Guinness World Records (GWR), perdeu sua nomeação após suspeitas terem sido levantadas por veterinários.
O título havia sido suspenso após médicos-veterinários e especialistas apontarem dúvidas sobre a real idade de Bobi, que supostamente nasceu em 11 de maio de 1992.
Em entrevista ao The Guardian, o médico-veterinário Danny Chambers, de Winchester (Reino Unido), afirmou que Bobi ter vivido até os 31 anos seria o equivalente a um ser humano viver até os 200 anos.
“Nenhum dos meus colegas veterinários acredita que Bobi tivesse realmente 31 anos. Isso equivale a um ser humano viver mais de 200 anos. Não é plausível”, afirmou Danny.
Em comunicado oficial divulgado quinta-feira (22), o Guinness informou que, após revisão, foi concluído que não havia evidências necessárias para sustentar a reivindicação de Bobi como detentor do recorde.
“Temos muito orgulho em garantir da melhor maneira possível a precisão e integridade de todos os nossos títulos de recordes. Na sequência das preocupações levantadas por veterinários e outros especialistas, tanto a nível privado como público, e as conclusões das investigações conduzidas por alguns meios de comunicação, consideramos importante abrir uma revisão do registro de Bobi”, disse Mark McKinley, diretor de Registros da GWR, que conduziu a análise.
“O centro da evidência de Bobi eram os dados do microchip provenientes do banco de dados do governo português, o SIAC, que, ao que parece, quando chipado em 2022, não exigia prova de idade para cães nascidos antes de 2008”, continua a nota.
O comunicado esclarece que: “Sem qualquer evidência conclusiva disponível neste momento, simplesmente não podemos manter Bobi como detentor do recorde e reivindicar honestamente que mantemos os altos padrões que estabelecemos para nós mesmos.”
O Guinness ainda informou que o tutor de Bobi foi informado sobre a decisão. A publicação acredita que ainda deva levar algum tempo até que um novo detentor do título de “cão vivo mais velho do mundo” apareça.
“Vai levar muito tempo para que a adoção de microchips em todo o mundo alcance a posse de animais de estimação, especialmente de pets mais velhos. Até lá, exigiremos provas documentais de todos os anos de vida de um animal de estimação, continuaremos solicitando depoimentos de veterinários e testemunhas e também consideraremos dados de microchip, quando disponíveis”, disse Mark McKinley.
O diretor de recordes completa: “É por esta razão que ainda não estamos em condições de confirmar um novo detentor do recorde, embora certamente esperemos que a publicidade em torno do título do recorde incentive os donos de animais de estimação de todo o mundo a entrar em contato.”
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