O Guinness World Records revogou o recorde de Bobi, após especialistas questionarem sua validade
Reprodução/Guinness World Records 11.05.2023
O Guinness World Records revogou o recorde de Bobi, após especialistas questionarem sua validade

Bobi, o cachorro português que ficou conhecido após conquistar o título de “o cão vivo mais velho do mundo” , pelo Guinness World Records (GWR), perdeu sua nomeação após suspeitas terem sido levantadas por veterinários.

O título havia sido suspenso  após médicos-veterinários e especialistas apontarem dúvidas sobre a real idade de Bobi, que supostamente nasceu em 11 de maio de 1992.

Em entrevista ao The Guardian, o médico-veterinário Danny Chambers, de  Winchester (Reino Unido), afirmou que Bobi ter vivido até os 31 anos seria  o equivalente a um ser humano viver até os 200 anos.

“Nenhum dos meus colegas veterinários acredita que Bobi tivesse realmente 31 anos. Isso equivale a um ser humano viver mais de 200 anos. Não é plausível”, afirmou Danny.

Danny Chambers foi um dos profissionais que questionou a veracidade do recorde de Bobi
Reprodução/Instagram - 27/07/2023
Danny Chambers foi um dos profissionais que questionou a veracidade do recorde de Bobi

Em comunicado oficial divulgado quinta-feira (22), o Guinness informou que, após revisão, foi concluído que não havia evidências necessárias para sustentar a reivindicação de Bobi como detentor do recorde.

“Temos muito orgulho em garantir da melhor maneira possível a precisão e integridade de todos os nossos títulos de recordes. Na sequência das preocupações levantadas por veterinários e outros especialistas, tanto a nível privado como público, e as conclusões das investigações conduzidas por alguns meios de comunicação, consideramos importante abrir uma revisão do registro de Bobi”, disse Mark McKinley, diretor de Registros da GWR, que conduziu a análise.

“O centro da evidência de Bobi eram os dados do microchip provenientes do banco de dados do governo português, o SIAC, que, ao que parece, quando chipado em 2022, não exigia prova de idade para cães nascidos antes de 2008”, continua a nota.

O comunicado esclarece que: “Sem qualquer evidência conclusiva disponível neste momento, simplesmente não podemos manter Bobi como detentor do recorde e reivindicar honestamente que mantemos os altos padrões que estabelecemos para nós mesmos.”

O Guinness ainda informou que o tutor de Bobi foi informado sobre a decisão. A publicação acredita que ainda deva levar algum tempo até que um novo detentor do título de “cão vivo mais velho do mundo” apareça.

“Vai levar muito tempo para que a adoção de microchips em todo o mundo alcance a posse de animais de estimação, especialmente de pets mais velhos. Até lá, exigiremos provas documentais de todos os anos de vida de um animal de estimação, continuaremos solicitando depoimentos de veterinários e testemunhas e também consideraremos dados de microchip, quando disponíveis”, disse Mark McKinley.

O diretor de recordes completa: “É por esta razão que ainda não estamos em condições de confirmar um novo detentor do recorde, embora certamente esperemos que a publicidade em torno do título do recorde incentive os donos de animais de estimação de todo o mundo a entrar em contato.”

Bobi , o cão mais velho do mundo, morreu aos 31 anos e 165 dias, em Portugal. Desde maio de 2022, quando fez 30 anos, ele está no Livro Guinness dos Recordes.  Reprodução: Flipar
Olha ele aí ao lado do certificado: é o cão com a vida mais longa em todos os tempos. A veterinária de Bobi, Karen Becker, o homenageou nas redes sociais.   Reprodução: Flipar
“Ontem à noite (21/10), esse menino querido ganhou suas asas. Apesar de ter sobrevivido a todos os cães da história, os seus 11.478 dias na terra nunca seriam suficientes para aqueles que o amavam. Boa sorte, Bobi. Você ensinou ao mundo tudo o que deveria ensinar.” Reprodução: Flipar
Bobi era um cão Rafeiro do Alentejo. A expectativa de vida dessa raça fica entre 10 e 14 anos. Reprodução: Flipar
 Por isso, o fato de Bobi chegar a 31 anos é algo que impressiona. Um caso único na história.  Reprodução: Flipar
Antes de Bobi, o detentor do título no Livro Guinness dos Recordes era Bluey, cão australiano que viveu 29 anos e 5 meses (morreu em novembro de 1939) Reprodução: Flipar
Bobi nasceu na vila de Conqueiros, na cidade de Leiria (foto), em 11 de maio de 1992.  Reprodução: Flipar
O Alentejo é uma região no Centro-Sul de Portugal, com vasta paisagem natural. É a região mais extensa, a quarta mais populosa e a sétima mais densamente povoada do país.  Reprodução: Flipar
Leonel contou que tinha 8 anos quando Bobi nasceu - junto com outros 3 filhotes. O pai de Leonel deu os cães, mas o garoto conseguiu manter um:  Bobi.  Reprodução: Flipar
A data de nascimento de Bobi foi atestada pelo Serviço-Veterinário de Leiria e pelo Sindicato Nacional dos Médicos-Veterinários.   Reprodução: Flipar
Leonel, que costumava celebrar os aniversários do pet, fez uma legítima festa portuguesa e recebeu até convidados de outros países no 31º ano de vida do cão.  Reprodução: Flipar
Leonel falou da despedida. Bobi estava fraco, com dficuldade de mobilidade. Chegou a ser hospitalizado, mas não resistiu.  Reprodução: Flipar
Essa raça - Rafeiro do Alentejo - também é chamada de mastim português ou mastim do Alentejo.  Reprodução: Flipar
Trata-se de uma antiga raça canina originária justamente desta região alentejana de Portugal, utilizada como cão de guarda de rebanhos bovinos.  Reprodução: Flipar
As fêmeas têm entre 64 a 70 cm e os machos vão desde os 66 até aos 74 cm. O peso varia em torno entre os 35 e os 45 kg nas fêmeas e entre os 40 e os 50 kg nos machos. Reprodução: Flipar
Este cão é considerado calmo, seguro e gosta de crianças. Mas só fica tranquilo no ambiente familiar.   Reprodução: Flipar
Se ele detectar alguma ameaça, aí ele pode virar uma fera. E, por isso, é considerado um bom cão para a defesa da família.  Reprodução: Flipar
Os tutores, portanto, devem estar atentos para evitar problemas quando recebem visitas.  Reprodução: Flipar
Por ser corpulento e ágil, ele também é bastante indicado para a caça.  Reprodução: Flipar
O pelo curto a médio do Rafeiro do Alentejo não exige muita manutenção. Escovagens semanais são suficientes para manter o pelo bem tratado.  Reprodução: Flipar
O banho deve ser dado apenas quando necessário, pois a água e os produtos de higiene afetam a camada oleosa de proteção da pele desses cães. Reprodução: Flipar
O rafeiro não é propenso a muitas doenças. Os tutores devem ter cuidado para evitar problemas nas ancas do animal e otites (inflamações nos ouvidos). No mais, são cães bastante saudáveis quando bem tratados.  Reprodução: Flipar
Mas, afinal, qual foi a alimentação do Bobi que fazia tão bem a ele? Em primeiro lugar, ele adorava peixe grelhado, seu prato favorito (principalmente peixe da espécie dourado). Bobi só recebia a mesma comida das pessoas, em vez de ração.  Reprodução: Flipar
Além disso, gostava de batatas, que combinavam bem com o peixe (até com um toque de azeite)  Reprodução: Flipar
Também gostava de broa portuguesa. O tutor triturava o pão e acrescentava à refeição do Bobi.  Reprodução: Flipar
Ele também se esbaldava quando havia brócolis na tigela.   Reprodução: Flipar
E pra finalizar, uma cenoura cozida sempre caía super bem.  Reprodução: Flipar
Descanse em paz, Bobi! É o desejo de todos que curtem muito esse cachorro tão querido.  Reprodução: Flipar
Foto: Reprodução: Flipar

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