Bobi morreu aos 31 anos, em Portugal
Reprodução/redes sociais
Bobi morreu aos 31 anos, em Portugal

O Guinness World Records suspendeu o título de cão mais velho do mundo para Bobi, cão da raça  Rafeiro do Alentejo que morreu em outubro de 2023. O motivo, de acordo com o livro dos recordes, foi uma desconfiança apontada por médicos-veterinários, que estão investigando o caso.

Segundo informações da agência de notícias norte-americana Associated Press (AP), o título ainda não foi totalmente revogado, mas está em status de revisão, até uma conclusão final por parte dos especialistas.

Bobi, que supostamente tinha 31 anos,  vivia com seu dono, Leonel Costa, em uma quinta na aldeia de Conqueiros, em Portugal . O cão foi anunciado como o cão vivo mais velho do mundo e o cão mais velho de todos os tempos em fevereiro do ano passado, aos 30 anos. Bobi  teria nascido em 11 de maio de 1992.

“Enquanto nossa revisão está em andamento, decidimos pausar temporariamente o título de cão mais velho do mundo, até que todas as nossas descobertas estejam em vigor”, disse o Guinness World Records à AP por e-mail.

A expectativa média de vida da raça Rafeiro do Alentejo é de cerca de 10 a 14 anos, fazendo com que Bobi (de acordo com sua família) tivesse vivido ao menos o dobro disso. Houve tentativas de contato com o dono do cachorro, mas as ligações não foram atendidas e ele não respondeu às mensagens de texto.

Embora os 31 anos de Bobi pareçam suspeitas, o recordista anterior era um cão da raça Pastor Australiano , que morreu aos 29 anos e cinco meses — a expectativa de vida dessa raça é de 16 anos.

A história de sobrevivência de Bobi

Bobi , o cão mais velho do mundo, morreu aos 31 anos e 165 dias, em Portugal. Desde maio de 2022, quando fez 30 anos, ele está no Livro Guinness dos Recordes.
Olha ele aí ao lado do certificado: é o cão com a vida mais longa em todos os tempos. A veterinária de Bobi, Karen Becker, o homenageou nas redes sociais.
“Ontem à noite (21/10), esse menino querido ganhou suas asas. Apesar de ter sobrevivido a todos os cães da história, os seus 11.478 dias na terra nunca seriam suficientes para aqueles que o amavam. Boa sorte, Bobi. Você ensinou ao mundo tudo o que deveria ensinar.”
Bobi era um cão Rafeiro do Alentejo. A expectativa de vida dessa raça fica entre 10 e 14 anos.
 Por isso, o fato de Bobi chegar a 31 anos é algo que impressiona. Um caso único na história.
Antes de Bobi, o detentor do título no Livro Guinness dos Recordes era Bluey, cão australiano que viveu 29 anos e 5 meses (morreu em novembro de 1939)
Bobi nasceu na vila de Conqueiros, na cidade de Leiria (foto), em 11 de maio de 1992.
O Alentejo é uma região no Centro-Sul de Portugal, com vasta paisagem natural. É a região mais extensa, a quarta mais populosa e a sétima mais densamente povoada do país.
Leonel contou que tinha 8 anos quando Bobi nasceu - junto com outros 3 filhotes. O pai de Leonel deu os cães, mas o garoto conseguiu manter um:  Bobi.
A data de nascimento de Bobi foi atestada pelo Serviço-Veterinário de Leiria e pelo Sindicato Nacional dos Médicos-Veterinários.
Leonel, que costumava celebrar os aniversários do pet, fez uma legítima festa portuguesa e recebeu até convidados de outros países no 31º ano de vida do cão.
Leonel falou da despedida. Bobi estava fraco, com dficuldade de mobilidade. Chegou a ser hospitalizado, mas não resistiu.
Essa raça - Rafeiro do Alentejo - também é chamada de mastim português ou mastim do Alentejo.
Trata-se de uma antiga raça canina originária justamente desta região alentejana de Portugal, utilizada como cão de guarda de rebanhos bovinos.
As fêmeas têm entre 64 a 70 cm e os machos vão desde os 66 até aos 74 cm. O peso varia em torno entre os 35 e os 45 kg nas fêmeas e entre os 40 e os 50 kg nos machos.
Este cão é considerado calmo, seguro e gosta de crianças. Mas só fica tranquilo no ambiente familiar.
Se ele detectar alguma ameaça, aí ele pode virar uma fera. E, por isso, é considerado um bom cão para a defesa da família.
Os tutores, portanto, devem estar atentos para evitar problemas quando recebem visitas.
Por ser corpulento e ágil, ele também é bastante indicado para a caça.
O pelo curto a médio do Rafeiro do Alentejo não exige muita manutenção. Escovagens semanais são suficientes para manter o pelo bem tratado.
O banho deve ser dado apenas quando necessário, pois a água e os produtos de higiene afetam a camada oleosa de proteção da pele desses cães.
O rafeiro não é propenso a muitas doenças. Os tutores devem ter cuidado para evitar problemas nas ancas do animal e otites (inflamações nos ouvidos). No mais, são cães bastante saudáveis quando bem tratados.
Mas, afinal, qual foi a alimentação do Bobi que fazia tão bem a ele? Em primeiro lugar, ele adorava peixe grelhado, seu prato favorito (principalmente peixe da espécie dourado). Bobi só recebia a mesma comida das pessoas, em vez de ração.
Além disso, gostava de batatas, que combinavam bem com o peixe (até com um toque de azeite)
Também gostava de broa portuguesa. O tutor triturava o pão e acrescentava à refeição do Bobi.
Ele também se esbaldava quando havia brócolis na tigela.
E pra finalizar, uma cenoura cozida sempre caía super bem.
Descanse em paz, Bobi! É o desejo de todos que curtem muito esse cachorro tão querido.
Foto: Reprodução: Flipar

Bobi  passou toda a vida na aldeia rural de Conqueiros, em Leiria, com a família Costa, que tinha apenas 8 anos quando o filhote nasceu como um dos quatro filhotes machos em um anexo onde a família armazenava madeira – mas a família já tinha muitos animais.

“Meu pai era caçador e sempre tivemos muitos cachorros”, disse o tutor, contando que seus pais aproveitaram um momento em que Gira, a cadela mãe, não estava por perto para retirar os filhotes apenas um dia depois de nascerem.

“Infelizmente, naquela época era considerado normal pelas pessoas mais velhas que não podiam ter mais animais em casa […] enterrar os animais em um buraco para que não sobrevivessem”, explicou Costa.

O tutor lembrou que ele e os irmão ficaram perturbados depois que os filhotes foram levados, mas eles notaram que Gira – que viveu até os 18 anos – voltava frequentemente até o local onde anteriormente estava a ninhada.

“Achamos estranha a situação, porque se os filhotes não estivessem mais lá, por que ela iria lá?!”, lembrou.

 Os irmãos seguiram Gira e descobriram que um dos filhotes passou despercebido quando os pais recolheram a ninhada, então eles o mantiveram em segredo.

“Sabíamos que quando o cachorro abrisse os olhos, meus pais não iriam mais enterrá-lo”, disse Costa. “Era de conhecimento popular que esse ato não poderia ou deveria ser feito.”

Acompanhe o Canal do Pet também nas redes sociais:  Instagram, X (Twitter)Facebook.

    Mais Recentes

      Comentários

      Clique aqui e deixe seu comentário!