O Carnaval está chegando, e com ele, a folia dos blocos de rua. Para aqueles que são tutores de animais de estimação, surge a dúvida do que fazer para incluir os bichinhos na festa, ou como curtir os blocos deixando os animais em segurança.
Para ajudar nessa tarefa, o Canal do Pet conversou com o médico veterinário Francis Flosi, diretor da Faculdade Qualittas, e Patrícia Camargo, influenciadora digital da página "Eu, Você e os Pets", tutora dos yorkshires Nina e Armandinho, de 7 e 10 anos.
Para Patrícia, que já levou seus cachorrinhos em blocos de Carnaval quando eram menores, é essencial conhecer seu pet.
“Tem cachorro que gosta de uma bagunça, gosta de estar em contato com vários cachorros, e não se importa de colocar uma fantasia. Já há outros cães que não têm esse perfil, então o tutor precisa ter sensibilidade e respeitar o limite de cada bichinho.”
Francis corrobora com a influenciadora, deixando claro que é preciso respeitar a individualidade de cada animal no momento da folia.
“Barulho, calor, excesso de informações e pessoas podem trazer estresse ao seu animal e causar problemas de saúde. O ideal é que ele esteja em ambientes arejados, que possa se proteger do sol e tenha espaço suficiente para se locomover.”
Patrícia conta que quando Armandinho era menor, era mais fácil levá-lo aos bloquinhos, já que ele possuía mais energia e era mais agitado. Com o comportamento mais dócil e tranquilo, que veio com a idade, a tutora percebeu que a folia já não poderia mais fazer parte da rotina do animal.
Outra preocupação importante é com o uso de fantasias, considerando o calor na época de Carnaval. Sobre isso, o médico veterinário é categórico, avisando que a exposição excessiva ao sol, ainda mais no uso de roupas mais quentes, pode trazer problemas, como o câncer de pele.
“A recomendação é sair em horários de menos sol e dar preferência a lugares com grama e sombra. Raças como o Pug e o Bulldog são mais suscetíveis ao calor e devem receber atenção especial.”
Patrícia também apela para o bom senso dos tutores, em relação a fantasias e adereços. Há fantasias, por exemplo, que podem limitar o movimento do animal e estressá-lo, acabando com a felicidade que a festa deveria proporcionar.
“Às vezes, o pessoal utiliza tintas inapropriadas para pintar o pelo do cachorro, sabe? Então tem que ter um limite para a criatividade e para o seu bichinho. [Se ele] não suporta a fantasia, ele acaba não brincando, não se divertindo. Vai ser uma tortura para ele, então, de repente, [a saíde é] colocar um adereço menorzinho [...] O importante é o bem-estar dos nossos amores, né?”
Outro ponto importante que Francis chama a atenção é a alimentação do animal. É necessário alimentá-lo pelo menos duas horas antes do evento. Andar com uma garrafinha de água também é imprescindível, e oferecê-la sempre que possível é essencial para o bem-estar do bichinho.
Ele também alerta para a segurança dos pets durante a folia: “Eles podem fugir e se perder, pisar ou comer objetos estranhos no chão, ser pisoteados, ficar estressados com o barulho e a quantidade de pessoas, e até mesmo serem roubados”, alerta.
Para aqueles que não tem onde deixar o animal de estimação e não querem perder a festa, o veterinário também recomenda o serviço de uma dog-sitter que oferece cuidados em domicílio quando não for possível deixar o pet com algum familiar.
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