Existem algumas raças de cachorro que são legitimamente brasileiras e entre elas está o Terrier Brasileiro . Apesar de ter surgido primeiramente no interior de São Paulo , a capital paulista, que hoje comemora 470 anos, tem uma grande relação com o desenvolvimento da raça, que ficou popularmente conhecida como "Fox Paulistinha".
Os primeiros ancestrais da raça paulista chegaram ao Brasil no final do século 19 e início do século 20, quando muitos jovens, que estudavam em universidades europeias, especialmente na França e Inglaterra, retornavam casados para o Brasil e suas esposas traziam com elas pequenos cães do tipo terrier.
Esses cachorros foram primeiramente criados em fazendas, se adaptando ao novo ambiente e, em pouco tempo, se misturaram com raças locais, dando origem ao que se tornaria o Terrier Brasileiro.
Conforme o desenvolvimento da urbanização, os fazendeiros foram atraídos para os grandes centros urbanos, fazendo com que o pequeno cão passasse por uma nova mudança de ambiente. E assim a raça brasileira se popularizou e ficou conhecida como Fox Paulistinha.
Quem lembra a história da raça é a influenciadora Carol Botelho Mattar, uma admiradora do animal e tutora dos cãezinhos Cacau e Dingo, de 7 anos, que somam mais de 747 mil seguidores com o perfil Os Paulistinhas, no Instagram.
“Houve uma época em que o Fox Paulistinha foi a preferência nas residências. Com certeza há adultos que, quando eram crianças, tiveram amigos de quatro patas dessa raça, tanto que o sentimento que eles nos remetem é de nostalgia”, diz Carol.
A tutora, dedicada a informar sobre características da raça, produz conteúdos nas redes sociais para mostrar a importância e as qualidades do Fox Paulistinha. “A Cacau e o Dingo são a alegria aqui de casa, a energia que essa raça tem é surreal”, conta a tutora.
Entusiastas como a Carol e criadores do Fox Paulistinha lutaram para conquistar o reconhecimento da raça mundialmente por anos, mais precisamente desde 1964. O reconhecimento veio, de forma provisória, em 1995. A raça só foi oficializada de forma definitiva pela Federação Cinológica Internacional (FCI) em 2006.
São Paulo tem uma contribuição muito grande para o desenvolvimento dessa raça, pois o crescimento dela aconteceu na cidade, como comenta a tutora de Cacau e Dingo: “A gente conhece a história e muitos fazendeiros aqui de São Paulo que criavam os Fox Paulistinha. Com certeza é a raça mais paulista de todas.”
Hoje a raça é registrada como parte do Grupo 3, no qual estão os cães do tipo Terrier, tendo seu padrão mais atual registrado com o número 341, junto à FCI e à Confederação Brasileira de Cinofilia (CBKC).
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