Filomena e Guri foram adotados por meio do app Na.Mosca
Acervo pessoal
Filomena e Guri foram adotados por meio do app Na.Mosca

É amplamente conhecido que os animais de estimação proporcionam amor incondicional, momentos fofos e divertidos. Além disso, estudos científicos comprovam que a presença deles reduz os níveis de estresse e melhora a saúde mental dos humanos.

Ter um pet pode trazer mais vantagens do que desvantagens, especialmente quando a escolha do animal é feita de forma precisa, beneficiando tanto o pet quanto o tutor.

Para que isso seja possível, é essencial que o animal de estimação se adapte ao estilo de vida do tutor. Com isso em mente, foi criado o aplicativo Na.Mosca. A plataforma, surgida em 2021 no Rio Grande do Sul , já promoveu mais de 500 adoções.

O Na.Mosca oferece uma alternativa mais inteligente e objetiva para quem deseja adotar um pet. Seu maior diferencial em relação a outros aplicativos do mercado é a busca por combinações mais adequadas entre adotante e adotado, aumentando as chances de uma adoção bem-sucedida. 

O usuário cria um perfil e a tecnologia do aplicativo mostra quais animais são compatíveis. É como o Tinder — aplicativo utilizado para encontros amorosos —, mas para adoção, e com uma certeza: sem decepções, pois o animal se mostra exatamente como é, sem filtros.

"É preciso procurar um animal que tenha a ver com o modo de vida daquela pessoa ou do casal que quer adotar. É isso que o aplicativo vem trazer, ele faz um 'match' para mostrar: esse aqui é o que combina com vocês’", defende Márcia Messa, a idealizadora da plataforma que tem abrangência nacional.

Entrando em seu quarto ano de existência, o aplicativo continua crescendo e já superou a marca de 45,8 mil downloads orgânicos. Atualmente, apresenta animais disponíveis em 22 abrigos, instituições ou projetos, em sete estados do país: Rio Grande do Norte, Mato Grosso , Rio Grande do Sul, São Paulo , Alagoas , Minas Gerais  e Pará.

Outro diferencial importante é a seleção das ONGs que fazem parte do aplicativo. Elas são verificadas para atender a uma série de critérios que garantem a seriedade no tratamento de animais resgatados das ruas ou de situações de maus-tratos, que agora aguardam por uma família.

O Na.Mosca funciona como uma feira de adoção online 24 horas por dia, sete dias por semana, com total privacidade. Além do “match” por perfil entre adotante e adotado, que aumenta as chances de sucesso na adoção, o aplicativo também oferece um clube de vantagens para usuários e adotantes. 


Experiência de adotantes 

A arquiteta Mariana Rodrigues, 28, descobriu o app por meio do Google e, logo depois, adotou a cachorra Filomena, que já está com ela há cerca de sete meses.

“Queria uma companhia, já que moro sozinha e, com certeza, foi a melhor decisão”, diz a tutora, que conta que o processo de adoção pela plataforma foi muito rápido e tranquilo. Agora, ela não consegue mais viver sem a Filomena.

Filomena foi adotada por Mariana
Acervo pessoal

Filomena foi adotada por Mariana

Entre as poucas exigências que tinha no início, estava o desejo de encontrar um animal que a fizesse companhia.

“No começo tinha medo de não conseguir, mas desde a primeira vez que a vi foi amor.” 

Aplicativo nasceu de desejo pessoal

A criação do aplicativo nasceu como um desejo pessoal de Márcia Messa, a idealizadora da plataforma, que é voluntária da causa animal desde 2016, quando fundou a Bendito Bicho, uma associação de fotografia solidária que dá visibilidade a animais em busca de um lar. 

“Acompanhando o dia a dia de protetores e de adoções viabilizadas, entendi que havia um padrão naquelas que tinham sucesso. Este foi o primeiro esboço da metodologia abarcada no app, em que buscamos mostrar às pessoas que o que importa não é a raça, a cor, tamanho ou idade, mas a compatibilidade entre o perfil do animal e a do potencial adotante.” 

Assim como Mariana, o servidor público Cristiano Quadros, 35, também adotou um animal doméstico por meio do app, mas após recomendação de conhecidos. 

“O aplicativo é muito bom. Ele é prático. Demonstra as características dos animais, as condições e as circunstâncias em que eles estão. Assim a pessoa pode enxergar o que o seu lar pode recepcionar melhor entre os pets para adoção. Ou pode ir atrás de algum pet específico, se quiser”, compartilha ele, que decidiu adotar depois de uma separação que fez ele se despedir do cachorro que já tinha se afeiçoado na antiga relação. 

“Como já estava acostumado a ter um, fui atrás de um novo parceiro. Ele é lindo, cansativo e bobalhão, me ajuda a sair da rotina”, diz o tutor do Guri, resgatado também de uma ONG parceira da plataforma. 

No entanto, Cristiano destaca que é preciso ficar atento à distância da ONG que irá doar o animal: “Quando usei não era muito confiável nesse sentido. Marcava 100 km, e acabei percorrendo meio estado atrás do meu pet.”

Márcia destaca também que o objetivo é a plataforma chegar na marca de 50 instituições de abrigo animal dentro do app, o que permitirá ao usuário muito mais opções de animais.

Todavia, ainda há barreiras a serem enfrentadas, visto que o maior desafio, segundo a idealizadora, é engajar as ONGs e projetos de proteção animal a adotar a tecnologia nesse processo. 

Guri foi adotado por Cristiano
Acervo pessoal

Guri foi adotado por Cristiano

“Nosso objetivo sempre foi apoiá-los [ONGs e projetos de proteção animal], dividir conhecimento, trocar boas práticas entre todo o país, além de incentivá-los a ter um processo bem mais simplificado e menos desgastante de adoção. Porém, muitos ainda acreditam em esforços individuais e métodos tradicionais de divulgação, em que perdem muito tempo, gastam recursos que não dispõem e ainda estressam os animais. Mas seguimos acreditando que isso com o tempo vai mudar. A barreira da tecnologia ainda existe em muitos âmbitos de nossa cultura.” 

De acordo com um levantamento interno da plataforma, 77% dos adotantes são solteiros ou casais jovens, 79% são mulheres, 66% dos usuários estão na primeira adoção e, 80% dos adotantes são da região Sul e Sudeste do país. 

Como funciona o Na.Mosca? 

O app Na.Mosca é grátis e está disponível para iOS e Android. Ao fazer o login na plataforma, o usuário preenche alguns dados e é levado a um questionário cujas perguntas traçam o seu perfil como futuro tutor.

São cerca de 10 perguntas, que analisam rotina, preferências, disponibilidade de tempo e energia para dedicar ao animal, entre outras questões. Em seguida, o app identifica a compatibilidade com os animais disponíveis, fazendo uma seleção. O objetivo é um match perfeito entre o tutor e o animal. Não é obrigatório adotar somente um dos selecionados, é possível acessar a lista de todos os animais e escolher mais de um.

Quando o usuário faz sua escolha, a instituição que abriga o animal entra em contato para dar prosseguimento ao processo de adoção. O match no app não é a etapa final. 

Uma vez que a adoção é confirmada, o tutor receberá um login para uma área especial do aplicativo, que fornece vouchers de desconto e acesso a conteúdos exclusivos, que são disponibilizados pelas empresas parceiras da plataforma. 

“Estamos constantemente buscando funcionalidades que permitam uma jornada do adotante ainda mais memorável. Entendemos que adotar é um ato de amor sem igual e essa experiência precisa ser cuidadosamente pensada, do início até a chegada do bichinho em seu novo lar”, finaliza Márcia. 

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