Uma cadela chamada Maia foi finalmente encontrada, neste último sábado (9), após desaparecer de um voo da companhia Delta Airlines, no Aeroporto Internacional Hartsfield-Jackson , de Atlanta, na Geórgia (EUA), no dia 18 de agosto.
A mistura de Chihuahua estava escondida debaixo de um bagageiro externo do aeroporto quando foi encontrada pela ativista Robin Cole Allgood. “Eu não disse uma palavra e caminhei até o final do rack e comecei a passar por baixo dele nas minhas costas. Estava a cerca de 25 centímetros do chão”, disse Robin, no Facebook.
“Cheguei até ela e ela ainda não tinha percebido que eu estava atrás dela... Respirei fundo e apenas agarrei-a pela cintura sem hesitar. A próxima coisa que ouço é alguém gritar 'Robin está com ela!!!!'”
Apesar de bastante cansada, a cadela parecia estar com boa saúde e foi encaminhada para um médico-veterinário para uma avaliação completa, informou a equipe do aeroporto em publicação no X, acrescentando que Maia deve voltar para casa em breve.
Entenda o caso
Maia estava desaparecida desde o dia 18 de agosto, quando sua tutora, Paula Rodriguez, natural da República Dominicana, estava sendo interrogada por agentes de imigração, conforme disse seu advogado.
Por irregularidades no visto, Paula foi forçada a retornar para seu país de origem, em vez de seguir para seu destino em São Francisco, na Califórnia, mesmo após ser informada de que seu animal de estimação havia se perdido pela companhia aérea depois de escapar de sua caixa de transporte e não era encontrado em lugar nenhum.
Há cerca de uma semana, a Delta chegou a oferecer uma quantia de US$ 1.8 mil (equivalente a cerca de R$ 8.9 mil na cotação atual), o que a tutora de Maia afirmou considerar um “insulto”, que não poderia substituir seu animal de estimação, disse seu advogado.
O resgate de Maia
Com a impossibilidade de Paula, Robin decidiu assumir a tarefa de procurar a cachorrinha desaparecida, espalhando cartazes com uma foto de Maia pelo aeroporto, o que foi de vital importância para encontrá-la.
Uma funcionária de uma companhia de logística ligou para Robin às 2h30 de sábado para avisar ter visto a cachorra no dia anterior, o que a fez correr imediatamente para o aeroporto.
Robin disse que a equipe do aeroporto a conduziu em várias “perseguições inúteis” antes de finalmente acompanhá-la até as instalações da North Cargo por volta das 18h. A essa altura, ela percebeu que perderia o voo para o Havaí com a família – mas decidiu que as férias poderiam esperar mais um dia, enquanto a cachorrinha não.
“Eu não poderia sair sem encontrar Maia. Eu tinha prometido a Paula no começo que iria encontrá-la! Tudo bem”, disse.
O grupo de funcionários do aeroporto se uniu a Robin e finalmente descobriram Maia escondida sob os bagageiros externos, mas tiveram dificuldade em alcança-, pois estava assustada.
Dezenas de funcionários tentaram removê-la de seu esconderijo estreito com redes, varas de resgate e barricadas ao redor do local. Mas os esforços revelaram-se infrutíferos.
“Todo mundo estava parado conversando sobre o que fazer a seguir... eu, sendo eu, decidi que vou atrás desse cachorro”, lembrou a ativista, que rastejou por baixo do rack e trouxe Maia para um local seguro.
Exames veterinários concluíram que Maia estava bem de saúde, e não sofrera danos devido ao calor intenso de verão durante os 24 dias em que ficou perdida. Acredita-se que ela tenha ficado escondida durante o dia e se locomovido pelo local apenas durante a noite, por isso não era vista.
A cadela será devolvida para a tutora, na República Dominicana, em questão de dias. A mãe de Paula voou até Atlanta para encontrar o animal de estimação. As próximas medidas legais que a família Rodriguez tomará não estão claras.
Seu advogado esteve em negociações com a Delta após o desaparecimento de Maia, especialmente depois que a companhia aérea a ofereceu a dinheiro, que mais tarde a companhia se defendeu, alegando que não era uma “oferta de compensação”.
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