Gripe, diabetes, cistite, câncer, hipotireoidismo. Caezinhos e gatinhos podem apresentar diversas doenças
que os seus tutores conheciam somente em seres humanos. A evolução da medicina veterinária e a vivência nos grandes centros urbanos, que influenciam o estilo de vida também dos animais, são algumas das causas para o surgimento e a descoberta desses problemas.
De acordo com Aline Sato Ferreira Leão, veterinária da AmahVet, os seres humanos, os gatos e os cachorros podem ser muito semelhantes em algumas questões de saúde. Não só as doenças são muito parecidas, mas também as formas de prevenir e tratar são semelhantes.
“Tanto o cão quanto o gato possuem doenças muito parecidas com as dos humanos. Podemos subdividi-las em categorias: doenças de pele, principalmente as alérgicas; doenças do trato gastrointestinal; doenças do coração; obesidade, entre outras”, pontua Aline.
A veterinária explica que assim como um ser humano pode ter uma reação alérgica a uma picada de um pernilongo, um gato pode ter alergia a uma picada de uma pulga, por exemplo. Isso pode tomar uma proporção grande, dependendo de como o sistema imunológico vai reagir.
"Se pensarmos em doenças do trato gastro-intestinal, cão e gato pode ter gastroenterite, vômito, diarreia. È bem frequente, assim como nos seres humanos”, diz a médica.
Ela cita ainda outros problemas relacionados, como intolerância alimentar e reações de hipersensibilidade a algumas comidas. Além disso, animais mais velhos podem sofrer de artrose e artrite, além de problemas do coração, principalmente em cães de pequeno porte.
“Os animais hoje são membros da família. Eles não vivem mais no quintal, sem que a gente possa observar o comportamento e quando tem algo de errado. Essas doenças sempre existiram, mas agora o ser humano percebe elas melhor, principalmente durante esse período de pandemia, quando muitas pessoas tiveram o privilégio de trabalhar em home office, passando mais tempo com seus cães e gatos”, afirma.
Uma das doenças mais comuns nos pets e relacionada ao estilo de vida é a obesidade, que pode provocar outros problemas de saúde, como colesterol alto e diabetes.
"O gato vivia livre, caçava, gastava energia. Hoje em dia ele fica dentro de um apartamento e, entediado ou por ansiedade, ele come o dia inteiro. O mesmo acontece com cães e seres humano" , explica. A veterinária acrescenta que o convívio com os seres humanos está relacionado com alguns quadros que podem ser endocrinológicos.
"Por outro lado, outros quadros como gripe, câncer, problemas no coração, esses a gente não pode dizer que está diretamente relacionado com o convívio com o ser humano, porque há um fator genético preponderante”, explica Aline.
De acordo com a veterinária, para evitar esses problemas é importante que a alimentação dos animais seja adequada e que os tutores levem seus pets ao veterinário para fazer consultas periódicas. "É preciso respeitar a faixa etária de cada pet, oferecendo uma alimentação adequada para cada idade. Filhotes tem necessidades nutricionais diferente dos adultos e dos idosos". Ela recomenda oferecer ao pet um alimento de boa qualidade, de preferência uma ração superpremium.
"Se optar pela alimentação natural, é importante fazer uma consulta com um nutrólogo, para que a alimentação seja balanceada, tendo as vitaminas e os minerais que esses animais precisam e que não tem na alimentação humana.Assim como nos seres humanos, é importante ter uma alimentação equilibrada. Uma alimentação adequada a cada etapa da vida e a cada espécie”, afirma.