A opção de dar um animal de estimação de presente de Natal sempre vem à tona. As razões são muitas, desde o pedido constante de crianças até o conhecimento de que a pessoa é apaixonada por pets. Mas, antes da decisão final alguns pontos devem ser levados em conta, afinal se trata de uma vida que precisa de cuidados e muita atenção.
“Sem o consentimento prévio da pessoa que vai cuidar do animal, esta decisão é muito arriscada”, alerta o veterinário Jorge Morais. “É muito importante saber se quem ganhará o animal dispõe de um local apropriado, recursos para alimentação e cuidados veterinários, tempo para exercícios e higiene do pet”, fundador da Animal Place.
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Ter a certeza disso evita problemas como o abandono. Segundo dados da ONG Gavaa (@adotegavaa), entre os meses de dezembro e janeiro o abandono de animais aumenta, em média, 60%. Já uma pesquisa conduzida pelo Ibope e pela Mars Petcare mostrou que 14% das pessoas justificam o abandono alegando motivos facilmente contornáveis, como falta de tempo, comportamento inadequado ou por que o filho nasceu.
Por isso, para evitar problemas e tomar a decisão acertada a dica é seguir os pontos abaixo:
- Quanto menor é a casa, menor deve ser o pet;
- Considere o tempo médio de vida do animal. Pergunte à família se todos estão de acordo, se há recursos necessários para mantê-lo e verifique quem cuidará dele nas férias ou em feriados prolongados. Não faça nada por impulso;
- Pesquise sobre as características do animal e veja se ele é compatível com o seu estilo de vida e perfil;
- O Brasil tem milhões de cães e gatos abandonados. Esqueça o mito característico da adoção: pets adultos se adaptam com facilidade às mudanças.
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Jorge Morais ressalta que cães têm o tempo médio de vida entre 10 e 15 anos, já os gatos até 20 anos. Por isso roedores, como o porquinho-da-índia, são uma boa escolha para quem vive em apartamentos, casas pequenas ou para pessoas mais velhas - eles têm um tempo de vida menor, de 6 a 8 anos. Mas lembre-se que todos os animais precisam de cuidado e atenção.