Levar o pet para tomar banho e dar aquela caprichada no visual é bom de vez em quando. Muitos tutores optam por deixar o animal na mão de profissionais para esse tipo de tarefa, e alguns pet shops oferecem um serviço a mais: o feedback sobre o comportamento do animal.
O assunto veio à tona quando a dona de um cão resgatado recebeu um bilhete de advertência falando sobre sua falta de cooperação na hora da tosa . O caso aconteceu nos Estados Unidos e abriu o questionamento: no Brasil os profissionais que tomam conta dos pets na hora do banho também avaliam os animais?
Como alguns cães não são muito amigáveis em um ambiente diferente e sem seu tutor por perto, Gabriela Bressan, do pet shop Filhotes & Fricotes localizado no Shopping Iguatemi, em São Paulo, afirma que essa troca de feedback é feita por telefone, com o responsável do animal, quando os funcionários identificam o comportamento.
“Geralmente a gente não tem problema com os pets, mas se um cão apresenta comportamento agressivo ou stress, paramos o banho e ligamos para o tutor vir acompanhar”, conta. “Na maioria das vezes desmarcamos e remarcamos para o primeiro ou último horário, quando não tem mais outros animais , e nem tantos secadores ligados”, completa.
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Já o Crystal Pet & Boutique, que fica na Vila Prudente, também em São Paulo, faz esse contato com a “avaliação” do animal em outras circunstâncias. “Sempre damos o feedback, principalmente quando é primeiro banho em pet shop, se o cão é filhote ou até mesmo se o animal já teve algum trauma em outro lugar”, explica Carolina Pires, gerente do Crystal. Essa avaliação é feita pessoalmente quando o tutor vai buscar o animal de estimação. “Muitos deles perguntam se o cão se comportou durante os procedimentos”, finaliza Carolina.
Frances Marie, veterinária e sócia, do Pet Fun, no Rio de Janeiro, conta que seus funcionários são treinados para lidar com cães e gatos que não cooperam muito bem, mas que às vezes, é necessário tomar medidas mais firmes. "Em alguns casos sugerimos até mesmo que os animais não venham ao pet shop e que tomem banho em casa, no seu ambiente de conforto, evitando assim risco para ele ou os funcionários."
Segundo ela, a comunicação é essencial quando o cão ou gato é considerado "animal de risco". "Sempre nos comunicamos verbalmente, por telefone, ou presencialmente com os responsáveis, alertando-os e orientando sobre a melhor maneira de cuidarem da higiene de seus animais de estimação. Não chamo de advertência, mas sim comunicação e orientação. É nosso dever profissional saber lidar com essas situações e orientar pessoas sobre cada caso individualmente", completa.
Por isso é sempre bom ter certeza que seu animal de estimação não fica estressado durante banho ou tosa, e se esse for o caso, esses estabelecimentos preferem que o tutor avise com antecedência, e se puder, levar uma focinheira para evitar acidentes. Quando for a primeira vez do cão no pet shop , tente ficar lá durante o processo, em um lugar visível para que o animal se sinta seguro.