Atualmente os animais de estimação são tratados e vistos como filhos de seus donos. Esse comportamento já ultrapassou as barreiras do lar e começou a ser visto também dentro do mercado pet que passou a oferecer opções como creches, "babás" e aulas de natação para os bichinhos. Na Itália, porém, foi alcançado um novo nível.
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Anna, uma mulher que mora sozinha com sua cadelinha Cucciola, de 12 anos, precisava dar uma atenção especial para a companheira. A Setter Irlandês estava com um problema de saúde grave e precisava passar por cirurgia, mas para isso era necessário o acompanhamento da dona dedicada.
Sabendo que a vida da cachorrinha dependia disso, Anna decidiu entrar na justiça para pedir uma liberação do trabalho. Com a ajuda da LAV (Liga Anti-Vivissecção), uma grande organização de proteção aos animais que atua na Europa, ela acabou conseguindo a autorização para cuidar de Cucciola. Os dois dias de folga remunarada concedidos foram suficientes para que todo o procedimento veterinário fosse realizado.
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A conquista veio a partir da alegação de que Anna, professora de uma universidade, precisava faltar ao trabalho por "motivo pessoal grave ou familiar". O fato de a Itália ser uma país que valoriza e se preocupa muito com os animais ajudou bastante. Lá existe uma lei que estabelece multa de alto valor ou até prisão para quem abandonar um bichinho ou deixá-lo em condições de sofrimento.
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"Agora, apresentando certificação veterinária, os donos que estão na mesma situação poderão citar esse importante precedente para adquirir o direito. Outro ponto importante desse acontecimento é que ele prova como os animais não devem representar fins lucrativos ou de produção, mais sim integrantes da família. Isso pode ajudar a fazer com que uma reforma do Código Cívil aconteça", disse Gianlucca Felicetti, presidente do LAV que apoiou Anna na disputa para conseguir cuidar de seu cachorro doente.