Animais de estimação também levam lida de influenciadores nas redes sociais
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Animais de estimação também levam lida de influenciadores nas redes sociais

A vida dos influenciadores digitais costuma ser cheia de “glamour”. As redes sociais trazem um grande holofote para a vida dessas pessoas que têm um contato direto com o público, compartilhando por fotos e vídeos, diversos momentos do dia a dia (sejam eles orgânicos ou seguindo uma planilha roteirizada), curiosidades e, em muitos casos, campanhas publicitárias.

Mas como é a vida de um influenciador pet? Como é a relação com o público, com as marcas e como administram as redes sociais para que continuem atraindo novos seguidores e, claro, mantendo aqueles que já são fiéis adeptos aos vídeos de animaizinhos fofos nas redes sociais. 

O Canal do Pet conversou com os tutores Daniel Domingues e Lua Bittencourt (Cacau e Cookie), Karen Fujiwara (Bella Samoieda e Uidi), Polly Mayer (Super Noopy) e Patricia Camargo (Armandinho e Nina), para entender como funciona a rotina dos “Pet Influencers”.

O relacionamento com o público e com as marcas

Por trás do conteúdo produzido para as redes sociais “Cacausando”, Daniel e Lua afirmam ter uma relação de troca com o público, onde recebem e respondem muitas mensagens, especialmente por meio de um quadro que produzem especialmente para isso, chamado “Late que eu te Escuto”. 

“Muitas pessoas também mandam sugestões de notícias divertidas para aparecerem no nosso jornal, o ‘Dog News’. Inclusive, estamos sempre de olho nos vídeos de quem usa nossos áudios e músicas”, conta Cacausando, que tem como um dos destaques as músicas divertidas que produzem para os vídeos. 

“Os temas das músicas autorais e das paródias também costumam ser sugeridos pelo público por meio dos comentários ou mensagens”, diz.

Para as “publis”, eles dizem ter uma boa relação com as marcas, que dão liberdade criativa para que possam sugerir conteúdo. “Pensamos sempre numa forma de conectar o que é pedido no briefing com o que o nosso público gosta e o nosso estilo de humor e aí gravamos algumas opções de vídeos”, afirmam.

Karen Fujiwara diz que há certa cobrança, mas que tem um público fiel, que gosta de acompanhar o dia a dia dos animais. 

Quanto às publicidades, Karen afirma que prefere selecionar bem o que irá anunciar ao público. “Não costumo aceitar qualquer parceria. Quero que a publicidade seja de forma natural e que já esteja dentro da nossa rotina. Assim, é uma publicidade verídica e a marca é presente na nossa vida”, conta.

Polly Mayer explica que, por Noopy ser um cachorro com necessidades especiais, o público tem muito interesse em saber mais sobre os produtos e serviços que utilizam e os cuidados necessários com o cãozinho.

Patricia Camargo também aponta a cobrança do público, que afirma ser uma das partes positivas do trabalho nas redes sociais. "Quando nós ficamos sem postar nada nos stories as pessoas mandam mensagens perguntando. Para alguns pode parecer chato ter sempre alguém cobrando que você esteja on-line o tempo todo, mas eu não vejo assim”, conta. 

Para a tutora de Nina e Armandinho, saber que as pessoas sentem falta é um sinal de que estão fazendo o certo.

“Eu acho que quando nós nos ausentamos por causa de compromissos e notamos que as pessoas sentiram a nossa falta, e nos dão esse feedbak, para mim, é muito positivo. Eu fico muito feliz”, afirma.

Os conteúdos estabelecidos por contrato, com as marcas parceiras, Patrícia diz que são pré-agendados, para que sejam produzidos e entregues de uma forma divertida para o público, sem interferir no conteúdo do cotidiano.

Atualizações diárias, um prazer ou uma obrigação?

Daniel e Lua contam que buscam trabalhar de uma maneira que seja agradável, especialmente para Cacau e Cookie. Por isso, apesar de ter alguns momentos roteirizados, muito do conteúdo é totalmente orgânico. 

“O bem-estar deles é sempre a nossa prioridade. Nós anotamos as ideias que surgem e a partir delas montamos os roteiros. Além disso, filmamos muito os dois no dia a dia, em diversos momentos (dormindo, comendo, brincando, passeando), que usamos para os vídeos”, contam.

“As brincadeiras e travessuras deles inspiram muitos vídeos. As cenas roteirizadas são mais as que eles estão falando, ou com alguma roupa e acessório. Elas costumam ser bem rápidas para gravar. Damos uns petisquinhos e eles já fazem”, revelam.

Por manterem páginas que seguem uma linha mais humorística, em que os cães aparecem em situações mais engraçadas - cantando e apresentando um telejornal, por exemplo - os tutores também precisam estar afiados. “Temos uma rotina diária de treinos para a voz, por conta da dublagem, e de estudos para a parte de edição de vídeos, composição musical, criação de roteiros e outros assuntos”.

Para estarem sempre com as redes atualizadas, o casal busca publicar ao menos um vídeo por dia nos feeds das principais redes, além de mostrarem parte dos bastidores e do dia a dia dos cães nos stories, além de manterem um site, que conta com uma área de blog.

Para as redes do Super Noopy, Polly diz que procura fazer ao menos quatro publicações semanais, e todas precisam seguir um roteiro bem definido.

“Vários vídeos precisam ser feitos sobre um mesmo tema (já que os pets não fazem nada que não queiram) e é necessário fazer edições em cada um dos posts para deixar tudo divertido, útil e dinâmico”, explica.

Karen segue uma rotina com menos “obrigações”, como ela explica, não segue o tipo de conteúdo viral, apenas compartilha o que acontece no dia a dia dos pets. “Não apostamos nesta obrigação de criação de conteúdo. Postamos mais nossas vidas e a personalidade de cada pet de como [eles] são de verdade”.

Para Patrícia, a rotina também é um pouco diferente, já que se trata de um perfil apenas pet, mas sim de uma família multiespécie, como ela explica. “No caso do ‘Eu, Você e os Pets’, não sou eu a influenciadora, ou os cachorros apenas, é a nossa família. Nós buscamos compartilhar o nosso estilo de vida, de uma família multiespécie”.

A tutora de Armandinho e Nina conta ter um cronograma, o qual se faz necessário para que possa administrar todas as redes sociais. “Eu preciso organizar o Instagram, o Facebook, o YouTube (e os shorts), o TikTok e, além de tudo, o nosso site, que tem uma área de blog, e os grupos de WhatsApp. Eu preciso de um cronograma para que eu consiga estar ativa em todas essas redes sociais e não ficar na mesmice, postando a mesma coisa em todas elas”, conta Patrícia. 

Além do que está programado para a semana - conteúdos que são roteirizados e editados previamente -, Patrícia utiliza das lacunas, quando não haverá nenhum conteúdo novo, para compartilhar momentos do dia a dia da vida com os cãezinhos e possíveis novidades, de um modo que tudo seja natural, sem deixar um conteúdo “mecânico”.

As principais redes sociais e o que atrai o público 

Hoje são diversas redes sociais, sendo as principais o TikTok e o Instagram, especialmente para quem produz conteúdos em vídeo e, especialmente, em áudios que serão replicados à exaustão pelos usuários.

Como é o caso do Cacausando, que produz vários dos hits que os “pais de pet” amam reproduzir com os seus bichinhos. “Nos últimos meses, mais de 150 mil vídeos foram criados usando os nossos áudios e músicas nessas redes. Adoramos assistir aos vídeos criados”, contam. 

Para Daniel e Lua, o que os seguidores curtem ver mais do que apenas a fofura dos animais, e se identificam com as histórias que são contadas. “Eles gostam muito da dublagem, principalmente quando o Cookie fala palavras como ‘cachorrinho’ e ‘comida’, ou dá uma risadinha. O público costuma comentar; ‘meu cachorro falaria isso e teria essa voz’. E costumam conversar com os seus cães imitando a voz do Cookie. Como os áudios são muito usados, é como se a página desse uma voz para os cachorrinhos”.

Para Polly e Karen a principal rede ainda são Facebook e Instagram, para a tutora de Bella a rede social de fotos conta com uma “melhor filtragem de seguidores” para o tipo de conteúdo que produzem''.

Karen explica que a Samoieda se tornou uma pet influencer de forma despretensiosa, quando um único vídeo viralizou na rede, em 2015. “Depois de lá, foi construído um relacionamento com o público que se aproxima da Bella. Para que eles pudessem conhecê-la como de fato ela é, principalmente sua personalidade”.

Já Noopy, por suas dificuldades, serve como inspiração para as pessoas, mostrando que animais com dificuldades podem ter uma vida feliz e, além disso, é uma inspiração para que as pessoas superem os próprios obstáculos.

“Eu queria que o mundo conhecesse o quão incrível ele é. O Noopy por si só atrai atenção de todos por ser bípede”, conta a Polly. “Nos nossos posts o que mais se destaca é a inspiração e desejo de superação que ele causa nas pessoas”.

O segredo para ser um pet influencer

Mesmo compartilhando diversas características, como a espontaneidade nas brincadeiras e a fofura dos pets, cada um tem seu próprio perfil e, dessa forma, têm sua própria maneira de atrair o público.

“No nosso nicho de humor pet, as pessoas querem entretenimento: acompanhar a rotina de cachorros fofos com histórias engraçadas para ter momentos diários de alegria. Quando você faz isso com autenticidade, as pessoas se identificam”, explicam Daniel e Lua.

Polly ressalta que, para o Super Noopy, o que traz mais interação e compartilhamentos são os vídeos espontâneos do cãozinho brincando e sendo independente. Karen concorda, “quando roteirizado notamos que não há o mesmo engajamento”.

“O público gosta de inspiração, dicas e de posts leves que trazem felicidade ao dia a dia, que já anda tão complicado”, reflete a tutora de Noopy. 

“Todos temos o pet perfeito em casa, nós só precisamos conseguir transmitir isso para o público, e essa mágica vem mais do humano. Acredito que o público busca conhecimento e entretenimento. E os influencers, muitas vezes, se tornam um exemplo a ser seguido ou inspirado”, completa Karen.

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